O que ando a re-ouvir neste momento, e devo dizer que me sabe que nem ginjas, são estes rapazes:
Passem os ouvidos, pelo menos, pelas seguintes três faixas:
* Cross-eyed Mary
* Thick as a Brick
* Locomotive Breath
E depois digam-me se estes gajos não são uns autênticos flibusteiros sonoros, dignos de tocar à abordagem num qualquer bergantim de danados.
O tal de Ian Anderson usa mesmo o raio da flauta como se levasse um sabre nos dentes. Animais, é o que eles são!...
E agora vou regalar-me mais um bocado!...
14 comentários:
Bom proveito sonoro! O Locomotive breath e o cross-eye Mary, encontram-se originariamente na obra prima Aqualung que contém ainda wondrin´aloud e my god!
Vale a pena a audição, na versão do cd de luxo que saiu aqui há uns anos, para comemorar os 25 anos de lançamento ( 1971-1996). Além do mais remasterizado, traz algumas canções suplementares em versões ao vivo.
Grande álbum!
E música portuguesa ? Anda a re-ouvir alguma ou nem ouve ?
Música portuguesa oiço a minha.
Venho ainda de trás. Jehtro Tull, é claro, esuqeci-me, pronto, fã desde Aqualung de 71, e Zappa, um monstro eclético? Não um monstro de um músico.
De regresso aos Beatles, eu espero que não tenho passado a mensagem de que não os considero - é que a dupla foi a mais profícua obreira de canções pop/rock.
Só deste fenómeno - Beatles - resultaram duas vias (é reducionista, mas percebe-se melhor): a pop das canções (McAtney evolui para Cat Stevens e Elton John) e o rock (Lenon, e todos os grupos sinfónicos que surgitam nos finais de 60 à custa do "Revolution" dos Beatles.
Que dizer de Gershwin, Porter Hart & Rodgers? Não são para aqui chamados, assim como não foram Schostakovitch, Xenakis ou Boulez. Não era disso (julgo eu) que estávamos a falar.
carlos a.a.
Achas mesmo o Revolution como o starting point da revolução progressiva?
Repara:
O primeiro disco dos King Crimson, o justamente celebrado In the Court...é dos início de 69 e o grupo formou-se um ano antes, altura do aparecimento do White Album dos Beatles, onde cantava o Revolution nº9.
É verdade que os King Crimson também apanharam a onda que estava em formação, pois foi nessa altura que apareceram ainda os Van der Graaf Generator ( o primeiro disco é de 69, mas algumas composições são de 67 e há uma compilação de temas de 68); os Gentle Giant ( 70), os Genesis, aparecem em forma já em 69 ,mas a história começa antes.
Os Moody Blues, em 1967 tinham publicado o esquecido Days of Future Passed, com Nights in white satin e Tuesday´s afternoon e algumas pequenas composições orquestradas e experimentalismos electrónicos.
O Piper at the gates of dawn dos PInk Floyd já era também de 1967.
Enfim, tudo isto para dizer que o Revolution, para mim, tal como o Tomorrow never knows, anterior, é apenas o sinal de uma evolução e não o início de qualquer revolução verdadeira.
Aliás, na pop inglesa, o chamado rock sinfónico precisa dos Beatles para nada, parece-me a mim que gosto bem dos Beatles de Come Together.
E...quanto à música portuguesa, "qual é a tua, ó meu"?!
Sim, José, tens razão, o movimento para o rock sinfónico tinhe já iniciado, mas o que eu entendo é que a separação de Paulo e John teve muito a haver com o caminho futuro dos Beatles - os do Come Together e os do Revolution.
Não sei responder com precisão se o rock sinfónico precisou dos Beatles ou não (acho que, provavelmente, não), mas que o Revolution lhe deu grande visibilidade e estímulo, disso não tenho dúvida.
Não se esqueçam dos Procol Harum e o seu Whiter Shade of Pale de 1967!
Jethro Tull foram, na minha humilde opinião os melhores do Rock Progressivo.
O "Whiter Shade of pale" é a música mais destroçadora de corações da história o rock, passe o exagero.
Bem lembrado, Luís!
O Whiter shade of pale é de facto um clássico que muitos acham intragável, mas que ouvido em certas ocasiões espaçadas, relança a sonoridade de um órgão Hammond muito para além da taprobana! Lembra, aliás, que nunca é demais escutar Bach e uma certa ária... ahahahaha!
Curiosamente, o Whiter liga muito bem com o Je t´aime...moi non plus, da escandalosa Jane Birkin.
Slows, só slows! Como estes slows era esperados nos bailes da paróquia!
Botem aí mais lentos para dançar agarradinhos, numa altura em que as rapafigas encostavam-se os cotovelos, para se protegerem das investidas maldosas de quem queria "tirar uns troços"!
Mas..ó dragão! Então qual é mesmo a tua, ó meu?! Refiro-me à mpp, claro!
Luís bonifácio:
Quanto mais ouço em reprise, o chamado rock progressivo, mais aprecio a música e a sonoridade vocal dos...Gentle Giant.
Quanto mais relembro os sons de setenta, mais me agrada voltar a ouvir man-erg e refugees dos Van Der Graaf ou o Still Life inteirinho com destaque para a música In my room, apenas com baixo, bateria e voz!
Mas para a receita completa do imaginário, sugiro a audição de man-erg que começa assim:
"The killer lives inside me: yes, I can feel him move.
Sometimes he's lightly sleeping in the quiet of his room
but then his eyes
will rise and stare through mine;
he'll speak my words and slice my mind inside...
Yes the killer lives."
Que tal?! É ou não a la dragão?!
Acabei agora mesmo de passar uma vista de olhos no Abrupto.
O tipo traduz "make my day", por "faz-me o dia"! Ahahahahahahahah! Que tipo divertido, este Abrupto.
"Faz-me o dia"!!!! Ahahahahah!
caro José,
"mpp", o que é isso?...
E como vocês perdem tempo da vossa curta vida com "abruptos" e "barnabés" sempre me há-de fascinar.
É quase tão mau como gastá-la em "dragoscópios" e coisas assim...
mpp equivale a música popular portuguesa, em derivação da designação brasileira que se tipifica como mpb.
A nossa mpp tem que se lhe diga, mas não é no rock, o qual nunca passou de um ersatz do que se produzia e apresentava nos charts do Melody Maker, Billboard e outros NME.
A nossa mpp marca pontos em certos contos:
Filarmónica Fraude, Petrus Castrus, Banda do Casaco, Fernando Pereira do Fernandinho vai ao vinho e outras aventuras e ainda Rui Veloso.
A corrente actual da mpp que me agrada percorre as veredas dos Humanos e outros Gil, Carrapa e Cª muito limitada.
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