A chalaça era simplória, duma previsibilidade óbvia, senão mesmo rafeira. Por isso mesmo, ao nível do clube em questão e óptima para chatear o Caguinchas, esse talibã lampião (ele, sim, o genuíno, e não o pobre Altino, como eu –em pretérita data – vilmente injuriei. Aliás, ao pé do Caguinchas, o Altino, em bom rigor, é do Salgueiros; confunde é um pouco as camisolas).
De qualquer modo, lá afixei o postalzito manhoso, assaz pindérico, sem imaginar as prodigiosas revelações que o mesmo, no futuro, me reservava. Mas, oito dias depois, elas fizeram questão de se me apresentar...
Blogozapava eu, com certo tédio, quando, na conspícua montra da Grande Loja, se me deparou o original que eu uma semana antes – claramente por artes de solércia inaudita e aruspiciência ao nível, no mínimo, dum Luís Delgado – antecipara. Banzei e, em simultâneo, lancei toda a minha inteligência –que sendo modesta e raquítica não impede, todavia, que pedale, veloz e obstinada, levada de seiscentos diabos -, no encalço duma explicação. Dessa saga extraordinária poupo-vos a crónica. Sintetizo apenas que, após um contra-relógio empolgante, para além de épico, desembarquei no conceito que dá título a este postal. Sim, só havia uma explicação possível: eu acabava de inventar o prognoplágio.
Em que consiste? Resume-se a um portento bem simples: se até aqui todos plagiavam à posteriori, servindo-se dum modelo prévio, eu, sempre dado a peregrinações, consumei uma revolução no sector: plagio por antecipação. Se fosse pintor, seria capaz de pintar monos ainda antes de eles terem nascido.
Como é que estas prodigalidades me emboscam a toda a hora é um enigma deveras denso, um hermetismo levado da breca! Sei que me irrompem da vereda, a cada passo. Da vereda e da cachimónia, bem entendido. Prodigalizo como respiro. Pergunto-me mesmo se não me deveriam mandar abater. A bem da humanidade e da democracia. Ah!, e, claro está, dos direitos de autor.
Agora, porém, queiram desculpar, mas vou concentrar-me. A ver se, ao menos, prognoplagio alguma coisa de jeito. Ora deixa cá ligar o progno-radar, a Tola de Cristal...
De qualquer modo, lá afixei o postalzito manhoso, assaz pindérico, sem imaginar as prodigiosas revelações que o mesmo, no futuro, me reservava. Mas, oito dias depois, elas fizeram questão de se me apresentar...
Blogozapava eu, com certo tédio, quando, na conspícua montra da Grande Loja, se me deparou o original que eu uma semana antes – claramente por artes de solércia inaudita e aruspiciência ao nível, no mínimo, dum Luís Delgado – antecipara. Banzei e, em simultâneo, lancei toda a minha inteligência –que sendo modesta e raquítica não impede, todavia, que pedale, veloz e obstinada, levada de seiscentos diabos -, no encalço duma explicação. Dessa saga extraordinária poupo-vos a crónica. Sintetizo apenas que, após um contra-relógio empolgante, para além de épico, desembarquei no conceito que dá título a este postal. Sim, só havia uma explicação possível: eu acabava de inventar o prognoplágio.
Em que consiste? Resume-se a um portento bem simples: se até aqui todos plagiavam à posteriori, servindo-se dum modelo prévio, eu, sempre dado a peregrinações, consumei uma revolução no sector: plagio por antecipação. Se fosse pintor, seria capaz de pintar monos ainda antes de eles terem nascido.
Como é que estas prodigalidades me emboscam a toda a hora é um enigma deveras denso, um hermetismo levado da breca! Sei que me irrompem da vereda, a cada passo. Da vereda e da cachimónia, bem entendido. Prodigalizo como respiro. Pergunto-me mesmo se não me deveriam mandar abater. A bem da humanidade e da democracia. Ah!, e, claro está, dos direitos de autor.
Agora, porém, queiram desculpar, mas vou concentrar-me. A ver se, ao menos, prognoplagio alguma coisa de jeito. Ora deixa cá ligar o progno-radar, a Tola de Cristal...
2 comentários:
Não gosto de comentários, são sempre "achegas" ou "merdice". Era só para lhe dizer isto, antes de ir de férias, e já me despedi no meu cantinho: o "Dragoscópio" é muito, muito bom.
Desculpe o entusiasmo, fique bem, e até sempre.
foda-se! um comentário do besugo é um quilhão de vezes muito melhor que uma bomba de ouro!!! boas férias.
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