«Matou a mulher com tiro na cabeça».
Logo à partida, há qualquer coisa de estapafúrdio e redundante neste título. É evidente: se ministrou um tiro na cabeça da coitada, a morte seria a consequência mais óbvia e natural. Espantoso seria se a tivesse assassinado com um tiro no pé. Ou no braço. E o espantoso é que seria sobremaneira apelativo para a horda gulosa de desgraça alheia. Ora, não será com banalização e trivialidade que se atraem basbaques, pelo que já nem as regras elementares do chamariz aberrante se cumprem. Ao não deixar nada à imaginação do leitor, o próprio pasquineiro retira o recheio atraente à notícia. Mutila-a do "junk-appeal". Porém, não é esse frenesim chacal e patético dos açougueiros mentais das massas -vulgo "jornalistas" -, o que para agora nos interessa. Fica apenas a nota, que serve simultaneamente de preâmbulo ao que se segue. E o que se segue pertence a outro reino. Abandonemos pois a realidadezinha sórdida e saltemos para outra dimensão mais interessante: a da arte. Da ficção tanto quanto do humor negro.
Um redactor com um peculiar e refinado sentido de humor, escreveria então: "divorciou-se abruptamente". Ou "enviuvou por sua livre e espontânea vontade."
Da mesma forma, entre atenuantes, justificações ou desculpas para o acto, pela voz do perpetrante, também nos ocorrem alguns alibis angélicos - ou teses imaculadas - que passo a enumerar:
1. "Nunca parava quieta. Apontei-lhe ao pé direito, mas ela meteu a cabeça à frente."
2. "Na verdade, eu queria era suicidar-me, mas ela, no último momento, interpôs-se."
3. "A culpa foi dela e mais a sua maldita mania das limpezas. Por mim, nunca teria ido limpar a porcaria da arma."
4. "Eu estava a atirar ao calhas. Para ver se me passava a dor de dentes. É assim que eu faço. Logo por azar, ela ia a passar."
5. "Só puxei o gatilho. Não tenho culpa que atrás viesse o cão, a agulha do percutor e a sacana da munição mandada pela puta da culatra. E a seguir a vizinhança, as sirenes da polícia, os telejornais... Confesso que não esperava tanto barulho por causa dum pinchavelho tão pequeno."
6."Não acredito que esteja morta. Aposto que está a fingir. É tudo um truque para não ter que fazer o jantar."
7."Arranjou esta tramóia toda só para me prejudicar. Um raio me parta se a mãe não está por detrás disto. Conheço bem a minha sogra."
8. "Eu só atirei, não tenho culpa de que ela tenha morrido. Se querem incriminar alguém, culpem Deus, que nos criou efémeros e mortais."
Da mesma forma, entre atenuantes, justificações ou desculpas para o acto, pela voz do perpetrante, também nos ocorrem alguns alibis angélicos - ou teses imaculadas - que passo a enumerar:
1. "Nunca parava quieta. Apontei-lhe ao pé direito, mas ela meteu a cabeça à frente."
2. "Na verdade, eu queria era suicidar-me, mas ela, no último momento, interpôs-se."
3. "A culpa foi dela e mais a sua maldita mania das limpezas. Por mim, nunca teria ido limpar a porcaria da arma."
4. "Eu estava a atirar ao calhas. Para ver se me passava a dor de dentes. É assim que eu faço. Logo por azar, ela ia a passar."
5. "Só puxei o gatilho. Não tenho culpa que atrás viesse o cão, a agulha do percutor e a sacana da munição mandada pela puta da culatra. E a seguir a vizinhança, as sirenes da polícia, os telejornais... Confesso que não esperava tanto barulho por causa dum pinchavelho tão pequeno."
6."Não acredito que esteja morta. Aposto que está a fingir. É tudo um truque para não ter que fazer o jantar."
7."Arranjou esta tramóia toda só para me prejudicar. Um raio me parta se a mãe não está por detrás disto. Conheço bem a minha sogra."
8. "Eu só atirei, não tenho culpa de que ela tenha morrido. Se querem incriminar alguém, culpem Deus, que nos criou efémeros e mortais."
9. "Eu estava fora de mim, há testemunhas. Não posso ser incriminado por algo cometido por quem estava lá dentro."
10. " Sou inimputável. E tenho como comprová-lo: eis o cartão de sócio do SL. Benfica."
11. "Fui compelido pelas circunstâncias. Era uma engrenagem fatal. Qualquer outro teria feito o mesmo."
12. "Ela era uma santa e excelente pessoa. Um anjo em forma de gente. Por isso mesmo, despachei-a em boa velocidade para o Céu. Por um glorioso instante, superei todo aquele meu nojento egoísmo. Não entendo como podem chamar crime a um gesto tão nobre!..."
13. " A intenção não era matá-la, mas apenas colocar um ponto final na discussão. Terapia, essa, que foi plenamente eficaz. Vamos culpar o médico pelo efeito secundário do medicamento?..."
14. "Não está morta. Apenas não se mexe nem respira. Ninguém consegue explicar cabalmente o que é a vida ou o que é a morte. Ainda menos o que é o Homem, donde vem, para onde vai, ou sequer se Deus existe. A Metafísica Ocidental anda há milénios de volta disso e continua tão ignorante quanto no início. Por conseguinte, não posso ser condenado por algo que ninguém até hoje conseguiu explicar ou definir indubitavelmente. Não sou inocente, nem sou culpado: sou uma incógnita. Uma aporia. Aliás, nem o verbo Ser sabem o que seja!..."
15. "Mesmo que tenha morrido, como é que podemos ter a certeza de que não vai ressuscitar?... Terei eu culpa da miserável falta de fé que campeia nestes ignóbeis tempos?..."
16. "Ela não morreu em consequência do tiro, mas do ferimento. Sou apenas responsável pelo tiro. Até porque se vamos pôr-nos com rigores desses, então ela também é culpada de negligência grosseira: andava pela casa sem capacete."
17. "Apresentou-me o seguinte projecto para apreciação: pretendia fazer um aborto. Chumbei-o liminarmente. "
18. "Não podem acusar-me de lhe ter rebentado com os miolos. Não, isso não aceito. Não podia rebentar-lhe com algo que ela, de todo, não tinha. Por isso mesmo lhe apontei à cabeça - como até lhe podia ter apontado ao coração: de modo a não atingi-la em nenhum órgão vital. Para ser franco, só queria assustá-la."
19. "Ultimamente, andava a ouvir mal. Confundia tudo o que eu lhe dizia. Era mais que evidente que tinha os ouvidos entupidos com rolhões de cera monumentais. Convenci-me de que lhos conseguia limpar com um único tiro bem apontado. Era só questão de escolher a trajectória adequada, de modo a fazer com que o projéctil entrasse pelo direito e saísse rectilineamente pelo esquerdo. Afinal, não sou tão bom atirador quanto julgava. Ou então a munição vinha defeituosa de fábrica, vá-se lá saber... O certo é que em vez da cera, limpei-lhe o sebo. Um pequeno desvio na higiene será assim tão grave?»
20. "Na altura pareceu-me importante - indispensável mesmo - dar-lhe um tiro. Mas agora já não me lembra bem porquê. Tenho uma vaga ideia da defunta. Acertei-lhe, foi?... "
21. "Acabei-lhe com a tosse. Que isso lhe tenha custado a vida foi o preço que, assim de repente, me ocorreu cobrar-lhe. Homicídio voluntário? Ah, não exageremos! Quando muito exagerei nos honorários. Mas a saúde não tem preço, sempre ouvi dizer."
22. "Foi contra minha vontade que lhe dei um tiro. De facto, só usei a espingarda porque a moto-serra avariou inesperadamente. A mim, quando muito, deviam constituir-me testemunha de acusação. Arguir, vão arguir o Acaso!."
23. "Sim, dei-lhe um tiro e não compreendo tamanho escândalo. Daqui, da cadeira de rodas, queriam que a liquidasse como - à paulada? Sou deficiente motor, não sou deficiente mental."
24."Era ela ou eu. Ou dava um tiro na cabeça dela ou dava um tiro nos meus miolos, ou até nas pessoas todas que encontrasse no supermercado. Assim, na medida em que cometi um mal para evitar um mal muito maior, cometi um bem. Em vez de me julgarem em tribunal, deviam era de homenagear-me no parlamento. Sempre achei o meu nome predestinado a uma rua, praça ou jardim."
25. "Foi a eutanásia possível. Ela padecia duma timidez incrível, mórbida. Era só por isso que não me pedia. Não queria causar-me transtornos nem maçadas. Mas eu, que sou deveras sensível ao sofrimento alheio, lia-lhe a súplica no olhar. Aquele sangue todo? A culpa é do Estado que não nos disponibiliza os equipamentos adequados. Eu também tinha preferido não sujar a carpete, nem alarmar os vizinhos com estampidos desnecessários. "
26. "Acabo de perder a minha mulher, caro senhor. Acha que é altura para responder a inquéritos?... É da polícia? E eu tenho porventura culpa de vossência não ter arranjado um emprego melhor?..."
27. "Falta de amor, falta de dinheiro, falta de pachorra. Acusava-me de ser um falhado, um nada-na-vida, só porque não a enchia de ouro. À falta de ouro, enchi-a de chumbo. Na Alquimia, dizem que resulta. Com ela não resultou. Querem agora fazer de mim o bode expiatório para estes mistérios e caprichos esotéricos? Tenham paciência."
28. "Confundi-a com a mãe dela."
29. "Confundiu-me com o amante dela. Qual deles? Foi precisamente essa questão que a matou. Eu fui só o instrumento dessa incerteza assassina. Eu e a espingarda, bem entendido."
30. "À velocidade a que ela corria, foi um verdadeiro milagre acertar-lhe na cabeça. Ora, se fiz um milagre, sou um santo. Jamais um criminoso!..."
31. "Sai mais barato um advogado de homicídio do que um advogado de divórcio. Com a dupla vantagem do homicídio resolver instantaneamente o divórcio."
33. "Do pescoço para baixo era um hipopótamo, do pescoço para cima uma galinha; da língua para fora uma autêntica víbora. Agora acusam-me de ter morto uma mulher. Sei do que falo: exterminei uma quimera, isso sim. Livrei o mundo dum monstro. Pena maior? Eu merecia era um Sófocles que me imortalizasse numa tragédia."
32. "Aqueceu-me tanto a cabeça, que, por lei da compensação cósmica, tive que lhe arrefecer a dela. A Física Quântica justifica-me plenamente."
32. "Aqueceu-me tanto a cabeça, que, por lei da compensação cósmica, tive que lhe arrefecer a dela. A Física Quântica justifica-me plenamente."
33. "Foi um péssima ideia ter disparado. Mas criminosa mesmo foi a triste ideia de casar com ela. Portanto, se agora me acusam de homicídio, o padre é meu cúmplice. E mentor."
34. "Crime passional uma ova! Eu nunca gramei a gaja!..."
35. "Não foi de propósito: foi de emboscada. Não tive intenção: só tive pontaria."
36. "Para variar, fui dormir a casa. Estava esfalfado, precisava mesmo de descansar. O problema é que sou sonâmbulo e tenho o vício da caça."
37. "Ela ficou possessa. Eu fiquei nervoso. O exorcismo não correu lá muito bem. Mas era o diabo ou eu!..."
20 comentários:
Fantástico! LOL
Muito bem Sr. Dragão.
O pior disto tudo é que o pobre coitado provavelmente não tem dinheiro para pagar um advogado ilibador, que utilizaria certamente uma destas justificações, e que o poria certamente em liberdade, agora com um oficioso, duvido muito, a não ser que tenha lido o belo livro "do assassínio como uma das belas artes".
Saudações
Está excelente. Nem sei como desbarataste logo 37 num só poste.
Se eu conseguisse inventar uma, já me dava por muito feliz
":O))
Mas sou algum burguês para carburar às mijinhas?!... Tenho ou não tenho uma arma maciça?!... :O)
Dragão
Loooll!!
Loooll!!
http://admiravelmundonovo-1984.blogspot.com/2007/05/entretanto-na-polnia.html
ahahahahahhaha
":O)))))
:):):) LOL!!
Este labaredas é completamente alucinado.
PF
Eu não largo isto. Sempre que cá volto é um ataque de riso .Agora foi aquela 23 do deficiente motor que não ia matar à paulada
":O)))))
"Sou inimputável. E tenho como comprová-lo: eis o cartão de sócio do SL. Benfica"
T´ás feito meu caro, vais ter SEIS MILHÕES à perna e todos com a suprema desculpa - Porra! o gajo até dava pelo nome de Dragão, c'um caralho! O que é que ele precisava senão um tiro nos cornos!
ahahahahahah!
Abraço
Legionário
Ui, estou aqui cheio de medo dos "seis milhões"!... :O)
E esse número, não sei porquê, tem qualquer coisa de mágico...
kuando não se conseguem precisar números, e as pessoas acham que é um nº enorme atiram com o 6 milhões,
6 milhões de benfiquitas
6 milhões de judeus mortos no holocausto
não me lembro de mais nenhum, a não ser os 6 milhões de portugueses que são sócios e com quotas em dia do Grandioso Clube Futebol Estrela da Amadora
saudações
Sr. Dragão:
Perdoará que faça comentário arredio do tema do postal - aliás desopilante e hilariante, a mais de sagaz e tudo como de costume.
O júbilo, porém, fala mais alto do que a educação; neste caso, grita.
Sim, é com gritas de contentamento que anuncio ter enfim chegado à minha posse o livro que Vexa. em boa hora concordou ceder-me, por preço que de tão ridículo tomo por um dom que me faz.
Registo, com maior agrado, a dedicatória que me outorgou. Aceito, nela, e com momentâneo desprezo da modéstia que a um cavalheiro sempre convém, o elogio das minhas muitas qualidades de pescador de trutas, adquiridas agradavelmente a poder de honesto estudo com longa experiência misturado.
Excede-se contudo V. Senhoria, na bondade que me manifesta, em entrever-me qualidades de lavrador de palavras. Enquanto viver não me sairá da mente tamanho cumprimento.
Porém, infausto, não sei fender com charrua hábil e funda o campo fecundo das letras, que apenas relho com desastrado e rombo arado.
Ai de mim, são mais as palavras que nem por me desferirem nas meninges gilvazes medonhos trespassam até ao fraco entendimento, do que aquelas que obedientes me cumprem a vontade.
Nesta matéria sou, creia, um muito modesto aprendiz de Vexa.
Guardarei o elogio, como estímulo, tal é também tantas vezes o poder das patranhas piedosas. Por agora, vou ler o livro, com prejuízo de tudo o mais que me entumesce a mesa de cabeceira.
Caro Kzar,
não retiro uma vírgula ao que escrevi. E se o outro raramente se enganava, eu sou mais completo: nunca me engano.
Porfie, porfie, que isso recebe-se por (des)graça, mas apura-se com nervo, sangue e músculo.
Dragão
Caro Dragão,
“Ela não me deu alternativa. Em frente do computador ameaçou: ou eu ou o Dragoscópio!”
Vamos com calma, ó caro fcs!...
Está bem que essa seria uma imaculada justificação, mas espero nunca ter um alibi desses na consciência. Aliás, mais que um alibi, seria um alibum! Ou um alibang, ou um alibang-bang, dito à americana.
Dragão
Caro Vlad Drakul,
Chama aos jornalistas açougeiros mentais das massas, mas não seria simpático se de facto o fossem? Porque isso significaria duas coisas: que as massas tem mente, coisa que duvido, e que elas existem, coisa que também duvido.
Eu acho que esses tais de açougeiros ceifam em matéria morta, em vinha granizada, em cestos velhos e além disso, de resto, as massas, se é que existem, para lá dos cérebros soviéticos, merecem os jornalistas que tem.
Se quiser eu não vejo remédio social para as coisas que são sociais, porque a própria sociedade é coisa absurda, doentia, erguida contra o destino, o kairos, de quem o tem. No entanto, gostava de estar enganado, se bem que terão que mo provar com muita claridade, pois não gosto da inexactidão.
Eu desde há muitos anos estou contra a massa e contra as massas, que mesmo não tendo vitalidade tem um peso morto de inércia incalculável. Gostava de poder viver, mas verifico que só estou a sobreviver, o que já não é mau, convenhamos, em tempos de pior do que demência, de amência televiseira generalizada.
Quanto às terapias a aplicar a este país cheguei à conclusão que não só não as há, como se as houvesse, não as aplicaria. Se em algo tivemos alguma grandeza (Periodo das Descobertas, por exemplo) foi apenas devido a rasgos individuais, com apoio minimo, ou com contradição feroz erguida contra eles desde o primeiro instante.
Depois das descobertas só descobrimos que não tínhamos descoberto mais nada, nem sequer a nossa inépcia.
Por isso chamem-me pessimista ou pirandelliano mas já levo aqui umas boas décadas na Lusiputânia, como lhe chama o Drummond de Castro, e não vejo redenção para esta Autarquia Inóspita e Piranheira em que este país se transformou.
As coisas, como sabe, não só vem deste governo, que já veio escarrado do anterior, que por seu turno...
Talvez Thot e Thor me tenham posto aqui nesta falência colectiva e cognitiva para servir de Pólo de pessimismo Tónico e completo. Que se resume assim: desde a Cruz Vermelha às Filhas de Maria, desde o Futebol ao Procurador geral da República, desde a Comuna soviética ao Sebastianismo, desde a queca fraca colectiva ao solipsismo monástico, não acredito em nada disto. Por isso, vivo só com uma centena de garrafas de rum à frente, cada uma delas emoldurada com pele de almirante. Belos tempos, outrora! Talvez ainda voltem, pelo menos tonifico a energia que me resta para isso.
À sua saúde,
Pelo Sul no centro de tudo!
Vidor Viking
Caro Vidor,
pressinto em si um Irmão de Costa. Só não partilho os tons lúgubres (mas em grande parte justos) do seu pessimismo, porque toda esta choldra apoteótica, em vez de me deprimir, diverte-me. Faz-me rir a bandeiras despregadas. Claro que é um defeito meu - todavia, incorrigível.
Esse termo "lusiputânia" é formidável. E certeiríssimo.
Caramba, que fiquei aqui satisfeitíssimo com este seu comentário. E, finalmente, alguém que me trata pelo nome próprio.
Volte sempre. O castelo é seu.
Dragão
Um amigo mandou-me o endereço deste blogue, escrevendo, que me iria fartar de rir. Tretas, tretas, tretas. Já li, reli, tornei a ler de cima p´ra baixo da esquerda p´ra direita e vice-versa, até em diagonal, e nada. Nem um pequeno sorriso. Só tristeza que me inundou a alma. Não pode ser! Então é este o país que temos? Os políticos que fabricamos? Afinal, o general romano que disse: - Na Lusitânia, vive um povo que nem governa, nem se deixa governar, tinha razão. A nossa salvação está nos degelos que se aproximam.
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