«Portugal precisa dum novo aeroporto», proclama o primeiro-Ministro.
Sem dúvida, precisa, sim senhor - precisa como de pão para a boca! Em pleno século XXI, não se admite que os portugueses emigrem de autocarro, de comboio ou até a penates, como no tempo do fassismo. Não, senhor! Agora, graças à democracia, é fundamental que cavem em boa velocidade, para o mais longe possível, e o mínimo exigível -enquanto não chega o vaivém espacial -, é que vão de avião (ou, vá lá, em último caso, de TGV)!
Vão e não voltem. Modernização oblige.
Sem dúvida, precisa, sim senhor - precisa como de pão para a boca! Em pleno século XXI, não se admite que os portugueses emigrem de autocarro, de comboio ou até a penates, como no tempo do fassismo. Não, senhor! Agora, graças à democracia, é fundamental que cavem em boa velocidade, para o mais longe possível, e o mínimo exigível -enquanto não chega o vaivém espacial -, é que vão de avião (ou, vá lá, em último caso, de TGV)!
1 comentário:
Ah, mas depois há a argumentação que prolifera por aí, pelas camadas sociais mais optimistas, que impõem tal projecto como necessidade: constrangimentos urbanos, no sentido de afirmar que a Portela está muito próxima dos prédios, há riscos de aviação iminentes.
E o TGV, também já ouvi que é essencial estar ligado à Europa, se eu quero ficar para trás. O tgv, esse one way para a entrada de mercadoria espanhola, agora mais depressa; enquanto isso, caem pontes em Entre-os-rios, caem combóios no Tua, o alentejo continua a transformar-se no Sahara e o Algarve passa a chamar-se, e muito bem, ALLgarve. Portugal, esse, poderia muito bem mudar de nome: ALLmerda. Numa espécie de homenagem aos tempos em que metade disto tudo era Moura, e a outra metade espanhola.
Enviar um comentário