sexta-feira, março 23, 2007

Estirpes e linhagens

O pai morreu numa troca de tiros. A mãe fugiu com outro homem. Ele, com dois anos, foi parar a casa do avô. Que lhe pôs uma corda ao pescoço e o acomodou no canil, com três cães Pitbull, ao que tudo indica, mais bem alimentados que ele.
O ser humano, frequentemente, não o é. E se muitos, cada vez mais, descendem dos macacos, outros, em números ainda menos tranquilizantes, nem isso: derivam claramente das hienas. Ou então, hipótese nada inverosímil, provêm de macacos e estão a evoluir para ratazanas. Contra-senso? Está-se bem marimbando para a lógica e para as altas costuras teóricas, a realidade.
Se isto obedece a um plano e há alguém aos comandos desta nave de loucos, então só vislumbro um sentido: a transformação prévia em ratos facilita o extermínio. Podem até chamar-lhe desinfestação.

4 comentários:

kommando disse...

Socorro, alguém me tire desse país!

lusgon disse...

O plano é o tipo ir para a cadeia. Pode-se sempre argumentar que não deveria ser possível um ser humano fazer isto a outro ser humano. Mas acredito que semelhante coisa só pode ser restringida a jusante. Se todas estas coisa fossem corrigidas a montante o grau de complexidade do universo ficar-se-ia pelos átomos. Por células de nada protegidas do vazio por grades de energia. Mas no fim é mesmo isto que somos: Um imenso vazio protegido do vazio geral por um complexo e falível casco, com a única função de ser enchido e de se encher.
Não era o Humberto Eco que dizia que a sociedade era um compromisso de todos assumimos cumprir certas regras e a regra principal é dispor-mo-nos todos a castigar quem não as cumpre? Por essa lógica isto nunca foi uma verdadeira sociedade.

Erecteu disse...

Porra, e mais não digo.

lusgon disse...

Não, não era. Era ou o John Maynard Smith ou o Eors Szathmary em "The Major Transitions in Evolution". Quando se começa a confundir filósofos com biólogos é altura de se ficar calado por uns tempos.