CXVIII
Eu acredito no Pai Natal.
Acredito que as cegonhas trazem os bebés
e acredito em fadas.
Porquê?!...
Ora, eu tenho que acreditar em qualquer coisa, não?
CXIX
Os adultos do meu bairro
não acreditam no pai Natal,
Nem nas cegonhas, nem nas fadas.
E dizem que isso é tudo mentira!
Eu, como sou ingénuo, acredito em tudo
- Só não acredito nos adultos do meu bairro.
CXXX
Gosto muito de ouvir contar histórias imaginárias
Porque sei que nada
Do que nelas se narra
Aconteceu na realidade.
É por isso que ainda escuto
Os adultos do meu bairro.
3 comentários:
Infantilidades natalícias? Julgo que foi o pensamento natalício mais sério, profundo e verdadeiro que li nos últimos tempos.
Eu também não acredito em adultos. Acredito em fadas (tenho uma em casa)e no Pai Natal. Agora as cegonhas é que acho que foram substituídas por voos low cost.
A mim, desde a infância, disseram-me que era o menino Jesus quem trazia as prendas no Natal. Deixava-as algures num ponto da casa, incerto e variável de ano para ano. E nem sequer eram certas.
As prendas de Natal mais estimadas, foram sempre aquelas por que nunca contava. Uma vez, foi uma bola.
Uma simples bola, azul e de borracha plástica que saltava por força do ar reprimido.
A borracha cheirava a qualquer coisa que me lembrava, sei lá, os bonecos dos anõezinhos da Branca de Neve, da Disney, pois claro.
Estranho, como depois de mais de quarenta anos passados, ainda me lembro disto.
Memórias doces.
Ai os adultos e os ingénuos, e os crentes já agora ^_^
Um bom Natal para todos!
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