Por enquanto é só a escumalha-infra a atirar pedras à polícia de intervenção, e a polícia de Intervenção, como lhe compete, a varrer à cacetada a excursão lapidadeira. O episódio encheu de satisfação a escumalha-supra. De dentro dos edifícios guardados pela polícia, vai sentir-se (auto)estimulada a continuar a catapultar pedregulhos e baldes de excremento sobre toda a gente, a polícia incluída.
Chegará o tempo em que a polícia hesitará. Não em carregar sobre a escumalha-infra, que isso é sempre algo que faz por prazer; mas em subdividir-se e carregar stambém sobra a escumalha-supra, bem mais criminosa e reincidente que a sua projecção infra. Ou seja, virá o dia em que a polícia ponderará se ao prazer não competirá também adicionar o dever.
É que há os que querem destruir as instituições a partir do exterior e os que as vêm minando, carcomendo e desacreditanto por dentro. Na verdade, trabalham em conjunto: os de fora acolitando e sacristando os de dentro.
Neste recente episódio, ficou cruamente patente todo o regime de falsa-representação que impera e estrangula o país: os representantes do povo não estavam no hemiciclo nem, tão pouco, nas farisaicas transumâncias sindicais - estavam sob a farda da polícia.
E nunca esqueçam. as escumalhas-infra de hoje serão sempre as escumalhas-supra do amanhã. Pensem no Durão barroso, por exemplo.
Pelo que não adianta espancá-los na sua fase juvenil se depois, na fase adulta, acabam a venerá-los e entronizá-los, com todos os regalos e mordomias.
1 comentário:
«os representantes do povo não estavam no hemiciclo nem, tão pouco, nas farisaicas transumâncias sindicais - estavam sob a farda da polícia.»
Olha que é isso mesmo. A polícia foi o nosso orgulho possível.
Quanto ao demais, é claro que é repetição- estes mcdonalds são os mrpps da altura.
Mas eu até acho que isso é bom. Estraga a farsa dos que se querem fazer passar por "esquerda democrática"; ou pior- por sindicalistas.
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