O motorista Silvino, mais conhecido pelo Bibi (da Casa Pia, nada de confusões com Israel); veio agora declarar em tribunal que tudo quanto declarara anteriormente não passara de mentiras e falsidades forçadas.
Esta paixão pelo impossível, esta vertigem mitómana, só podia mesmo ser portuguesa: numa primeira fase, o sujeito jura ter cometido uma acto de todo imraticável no nosso país - a pedofilia; numa segunda fase, e para reforço da primeira, garante ter perppretado em lugar daquele, um outro tão ou ainda mais irrealizável na nossa nacinha: a mentira.
Assombroso? Pérfido? Bem pelo contrário, típico. Estaremos mesmo perante o modelo chapado do português actual: a vontade cega e obstinada de superar a ausência através da reincidência.
PS: Esta fórmula extraordimária funciona por toda a parte e a todos os níveis, mas tem na própria "governação" o seu zénite emblemático: confrontados com a ausência de governo, desde 1974 ( a ideia, se bem me lembro, na altura, era substituir um governo casmurro por um governo razoável, e não por governo nenhum ou desgoverno, como se tornou regra), os portugueses reincidiram (e tornarão a reincidir se os deixarem) na condução de desgovernos por cima de desgovernos, empilhando desastres sobre desastres, e défices sobre défices, acreditando assim, e piamente, que pela repetição do nada acabarão por vencer, quiçá por cansaço, o próprio vazio.
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