Um tipo que tem vários cargos ou empregos, necessariamente tende a ter também igual número de carros, de amantes para passear nos carros, de viagens e mariscadas onde se refastelar com as/os amantes. É uma reacção em cadeia, pois é; ou efeito dominó, se preferirem.
Concomitantemente, as férias, período essencial para tais folguedos, obedecem a matemáticas similares: se um gajo com um emprego, em regra, tem direito a vinte dias úteis de férias por ano, ou coisa que o valha, um outro mamífero que aufira de dois empregos tem direito a quarenta; e um papa-tachos de grande envergadura, com dez cargos/empregos em simultâneo e outros em stand-by, goza, pelo menos, duzentos dias em cada ano, fora os feriados, domingos e baixas por doença fictícia. Quer dizer, um tipo com dez empregos, pura e simplesmente não trabalha nem produz. Ou seja, quanto mais cargos/empregos tem, menos faz. Sendo certo que quanto menos faz, melhor vive, mais considerado, condecorado e invejado é O que nos recambia ao primado necessário e suficiente da nossa economia: Entre nós só trabalha e produz alguma coisa quem não tem nada de inútil ou supérfluo para fazer.
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