A liberdade não se apregoa: exerce-se!
Por isso mesmo, não há regimes livres, nem economias livres, nem sociedades livres, nem, tão pouco, ideologias ou religiões libertadoras. O que há ou não há é homens livres. E a única dimensão em que o homem consegue manifestar genuinamente a sua liberdade -que é a sua,intrínseca e humana liberdade, mas jamais absoluta ou dissoluta - é a dimensão do espírito. Ora, o que geralmente se assiste é a espíritos atrofiados, soterrados e acorrentados a bandulhos pantabsorventes em vociferante pregação e descabelada pugna por regimes livres, mercados liberalíssimos, sociedades liiberdadérrimas! Não admira: o paraíso terreal sempre foi uma ânsia e uma construção de escravos. Donde decorre que o éden planificado descambe invariavelmente no parque policiado, no presídio geral e na masmorra colectiva.
A liberdade, como exemplifica (segundo Aristóteles) o único Ser realmente livre do cosmos, tem um preço: a solidão.
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