O leitor e colega bloguista Joshua espraia na caixa de comentários do postal anterior um conjunto de prolegómenos típicos dumas certas franjas farisaicas da nossa blogosfeira. Aproveito para responder, mais que ao Joshua, a todo um "pensamento em espécie" que a tantos faz salivar e resfolegar tão descompassadamente.
1. "Os judeus não estão a promover lavagens cerebrais a crianças em campos de treino-militar", mas estão a promovê-las nas nossas escolas, nos nossos cinemas, nas nossas redacções e também nas escolinhas religiosas deles, vulgo yeshivas. É só escolher entre o fanatismo religioso duns e o fanatismo comercial doutros
2. "Os judeus não sequestram aviões nem matam atletas nos Jogos Olímpicos", nem, já agora, gaseiam de empreitada, mas montam banca de proxeneta nisso tudo. Lembra a lógica do formigueiro: as formigas que tombam são logo transportadas pelas outras para a despensa.
3. "Não há um único judeu que tenha destruído uma igreja"... E depois ficavam sem padres onde escarrar, o que seria uma maçada e a perda dum grande divertimento nacional.
4."Os judeus não traficam escravos"... Pois, é mais escravas. As maiores redes mundiais de tráfico de carne branca, de órgãos, de droga, de diamantes e de armas, têm judeus em plano de destaque na respectiva gestão e aprovisionamento.
5. "Talvez os muçulmanos devessem queixarem-se menos dos judeus"...Sem dúvida. Tal qual os judeus, seguramente, deveriam queixar-se menos da humanidade em geral e de todos os povos onde se hospedam, especialmente os europeus, em particular. Maiores queixinhas e ladainheiros crónicos profissionais não se conhece ao cimo da Terra. Com a agravante da queixa aparecer invariavelmente acompanhada de pedido de indemnização com retroactivos e alcavalas. Agora se ficarmos todos à espera que os muçulmanos deixem de se queixar dos judeus a partir do dia em que os judeus deixem de se queixar de toda a gente, então, bem podemos ficar à espera do dia de São Nunca à Tarde.
6. "Os muçulmanos deviam perguntar o que poderiam fazer pela humanidade?"... Desocupar a Palestina e arredores, seria, presumo, o primeiro passo. Suicidarem-se em bloco, seria o segundo, talvez, não? Bem, já fornecem, há quase um século, grande parte do petróleo que alimenta o motor da democracia. (e, por inerência, da humanidade) É mais do que nos podemos gabar nós, os portugueses, que também somos uns belos lamuriosos da treta. Daí que talvez a humanidade nos respeite ainda menos do que aos mouros. Além disso, só para citar outra gigadência, foram os muçulmanos que, recentemente, acudiram com petrodólares à economia semi-falida da "humanidade". O presidente do sócio maioritário desta, o tal Obama, sabe-o bem. E tem agido em conformidade.
A questão, verdade seja dita, tornou-se, assim, cultural: onde as civilizações antigas experimentavam admiração e emulação pelo heróis, estas infestações actuais contraem um fascínio danado e uma volúpia macaqueante por todo e qualquer filho da puta resplandecente.
Quanto ao confronto judeu/muçulmano, parece-me que o destino estará mais ou menos traçado: os israelitas não descansarão enquanto não erradicarem os palestinianos; os muçulmanos em geral não repousarão enquanto não erradicarem os israelitas. Parece-me que a nós, europeus, uma vez despertos da catalepsia induzida, compete duas coisas: deixá-los em paz, a judeus e muçulmanos, nos seus afazeres domésticos; promover para que aqueles que se encontram entre nós regressem , o quanto antes, aos seus povos natais. Para o intenso debate que se aproxima, todas as vozes serão poucas.
Num próximo postal, explicarei então porque sou ultra-sionista.
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