sexta-feira, agosto 04, 2006

12 Normas de Procedimento para os Porta-vozes de Israel em tempo de guerra

Uma italiana, presumo, bonita e com um refinado sentido de humor:

«1. O nosso exército é o exército mais humanista –e humanitário! - do mundo.

2. O nosso exército informa sempre as vítimas indefesas antes de lhes despejar toneladas de bombas em cima.

3. Existe algum outro exército no mundo que espalhe panfletos antes de cometer genocídio?

4. E como se isto não bastasse, nós sempre “lamentamos profundamente” depois de termos cometido atrocidades.

5. Não pedimos nós “sinceramente desculpa” depois de pulverizarmos quatro observadores da ONU?




9. E nunca esqueçam: nós somos a única democracia do Médio Oriente. Quando praticamos este ou aquele crime de guerra, quando atropelamos a Convenção de Genebra, quando nos borrifamos para todo e qualquer apelo humanitário, exprimimos sempre a escolha democrática e soberana do nosso povo. Fazemo-lo, invariavelmente, em nome do nosso povo. Nunca esqueçam, esta Guerra foi desencadeada por uma coligação centrista nacional e unitária de Israel. Esta guerra representa o clamor da voz judaica moderada e amante da paz. Ao contrário do Hezzbollah, um minúsculo grupelho de milícias para-militares, o nosso terror não é senão terrorismo de estado desde a origem. O nosso terrorismo de estado é a nossa opção democrática e é apoiado pelos maiores líderes democratas do mundo: Bush e Blair.

10. Ao contrário dos cobardes do Hammas e do Hezzollah, que se escondem detrás de mulheres e crianças, nós somos valentes, heróicos e tecnologicamente superiores – alvejamos com grande sucesso as mulheres, os velhos e as crianças que podem –ou não – servir de escudos humanos aos terroristas islâmicos. Pulverizamo-los a eles e a eles apenas. Obviamente, acreditamos no assassínio selectivo e bem focado.

11. Embora punamos claramente os Árabes pelos crimes cometidos contra nós pelos Nazis, sendo humanistas imaculados, nunca nos comportamos como os Nazis: nunca arrebanhamos árabes inocentes para dentro de comboios, nunca os despachamos para campos de extermínio, nem, tão pouco, os gaseamos de empreitada; em vez disso, com o apoio sempre solícito do nosso Grande Irmão Americano, trazemo-lhes directamente a morte ao domicílio, liquidamo-los na cama, sem sequer precisarem de se levantar, algumas vezes mesmo antes da alvorada, no conforto dos seus pijamas.

12. Em suma, não apenas somos humanistas, como somos o próprio conceito, a epítome do humanismo. Duvidar disto não é outra coisa que anti-semitismo puro e cru.

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