Notícia de abertura dum telejornal de ontem...
A “pivô”, em êxtase semi-orgástico:
«Portugueses correm aos bancos a endividar-se. No último mês, bancos emprestam para cima de “não sei quantos” milhões de euros em crédito à habitação. Que maravilha! Sinais da retoma, hurra!...»
Devemos todos rejubilar, entoar hossanas e agradecer o maná que, pelos vistos, começa a jorrar dos céus!...
E eu, que já não percebo nada de coisa nenhuma, pergunto: retoma de quem? Do país ou dos bancos? O país são os bancos, ou os empreiteiros? Vamos todos comprar casas e isso significa o quê? Que andamos todos a dormir debaixo da ponte? Que por nos endividarmos ficamos melhores, mais livres, mais felizes? Que estivemos a ressacar, de castigo, e agora o traficante já nos concede o beneplácito de outra dose? Que devia mudar-se o nome do país de “portugal” para “Otariolândia”?
Se a notícia fosse “portugueses correm a assaltar os bancos” eu ainda acreditaria nalguma espécie de retoma. Uma retoma justa, diga-se de passagem, urgente, necessária: a dos portugueses a retomarem o seu dinheiro, pois claro. Ao menos sempre íam comprar mais casas, carros e telemóveis a pronto. Já que não servem para mais nada...Os portugueses, quero eu dizer.
1 comentário:
desculpa lá mas um telélé fica sempre muito bem em cima do naperôee do peciché do óle de entrada.
e o jipe é super prático para ir à cabeleireira da esquina...
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