segunda-feira, julho 25, 2022

Mudanças climatéricas, pois.

 O Oxident, enquanto Circo de Aberrações e Contra-Civilização em curso, está de boa saúde e recomenda-se.

Pensem por exemplo na trilogia Freudeana do Id (inconsciente), Ego e Super-Ego. A acção deste último traduz aquilo que se foi sedimentando ao longo dos séculos enquanto civilização. As estruturas sociais - legais, morais, políticas, etc - são projectadas (e gravadas) na cabeça dos indivíduos pela educação, instrução e mimética dos costumes. A esse aparato, que nos inibe, humanos, de nos matarmos, roubarmos, fornicarmos entre pais e filhos, irmãos e irmãs, adultos e crianças, ou de nos devorarmos uns aos outros, chamou, Freud, o Super-Ego. A civilização e o super-ego estão umbilicalmente interligados. Ou seja, o super-ego representa o colectivo, o social, o comunitário no individuo. Na medida em que o Ego concilia o Id (as pulsões vitais/instintos) e o Super-Ego (as representações/determinações sociais), assim o indivíduo aufere duma psicologia saudável ou patológica. Consoante haja um equilíbrio ou um desequilíbrio para qualquer dos lados, assim se manifestará a normalidade ou a patologia. A norma, por conseguinte, em nada contradiz a tradição: equilíbrio. Voltamos, aliás, num certo sentido, a Aristóteles: o problema reside ou num excesso ou num defeito de repressão.

Vamos traduzir isto em exemplos práticos: Caso 1: a Reprodução; Caso 2: a Alimentação.

1.a) Ausência (proibição geral, por ex.) de sexo. Resultado: a Humanidade extingue-se. Os indivíduos contraem sérios problemas mentais. (Embora no momento actual da teconologia, eu sei, já se conseguisse criar pessoas por incubação artificial, mas, para já, coloquemos isso de parte). 

1.b) Desenfreamento absoluto do sexo: todas as parafilias (da homossexualidade à pedofilia, passando pelo incesto, a necrofilia, o bestialismo, que sei eu...) ascendem à normalidade. Logo, o paradoxo interessante: a anormalidade devém normalidade, isto é, tornam-se indistintas, a coisa e o seu contrário. A Humanidade mergulha num caos que a conduzirá, senão à extinção, seguramente a uma balbúrdia destrutiva donde emergirá, se tanto, uma nova era ou ciclo.

2.a) Proibição de comer carne, por exemplo. Resultado: Vegetarianismo obrigatório ou insectivorismo alternativo. Eventuais disfunções nutritivas ou mutações psicocomportamentais. 

2.b) Permissão de comer todo e qualquer tipo de carne. Resultado: Canibalismo legalizado. Se não existem restrições nem inibições, vale tudo. A carne humana pode até ser considerada como muito nutritiva e o seu consumo amigo do ambiente e da salvação planetária, dado que redutora do principal agente fomentador do aquecimentro global: o homem. 

Não é difícil perceber, portanto, que no equilíbrio reside a virtude, ou seja, a forma benigna e comunitária do costume. Costume que, em grego, se diz "ethos". Donde a Ética.

A tradição na civilização (seja ela ocidental, oriental, meridional, dos antípodas ou esquimós) é essa: um balanço entre voluntariedade/voluptas e repressão/inibição. Não augura boa saúde ao tecido/organismo social tanto a ausência de repressão como o excesso da mesma. Ora, há inibições que se tornaram naturais - ser humano é não matar, devorar ou, de alguma forma mais ou menos sádica ou aleivosa, tripudiar o seu semelhante -, essa é a "natureza humana"; assim como existem desinibições que são puramente artificiais, porque mero  desbobinar de sofisticações pseudo-avançadas. Entramos aí no domínio da seita religiosa ou da superstição tribal/totemística. Não se trata dum cultura transgeracional adquirida ao longo de séculos e hábitos verificados e autenticados, mas duma irrupção virulenta e desatada duma fantasia qualquer peregrina, fruto, quase sempre exuberante, de desequilíbrio mental induzido e multiplicado. Exemplo evidente disso, na actualidade, é, por exemplo, o delírio LGTBQ Etc e ad infinitum. Passa por uma sofisticação cultural (contra obscurantismos retrógrados e opressões hetero-patriarcais), mas outra coisa não significa que ausência de freio e tino em todo um esplendor de esgoto a céu aberto. Brota apenas da diluição de fronteiras/definições, a principal das quais aquela que delimita o espaço público e o espaço, mais até que privado, íntimo. Ora, isto, logo à partida, reflecte não uma rusga na direcção da liberdade, mas, antes pelo contrário, um perigoso descambe rumo a um totalitarismo aberrante. Não é por acaso que a procissão do espalhafato se faz acompanhar dum aparatoso reforço de medidas repressivas legais, judiciais e comunicacionais. A tolerância decretada e implementada a chicote. Todo um novo policiamento de choque, escorado em redes de bufos de plantão e tribunais publicitários de serviço.

 Voltando ao equilíbrio. Uma cultura radicada no equilíbrio dos costumes almeja, de alguma forma, a harmonia social. Entre esta harmonia e a perfeição vai sempre uma distância: não estamos a tratar de reinos ou repúblicas angélicas. Mas, longe da estabilidade absoluta, prevalece sempre um modo de convívio e coabitação entre as diferentes pessoas e categoria de pessoas. Ora, uma anti-cultura, ao invés, opera contra esse equilíbrio e aposta na desarmonia, no atrito, no confronto, na redução das pessoas a categorias, grupelhos, tribos, seitas, e tudo a uma efervescência de zaragata fútil, de luta fictícia em prol duma qualquer pentelhice de ocasião, tão efémera e descabida quão rapidamente descartável e substituída por outra de igual ridículo. Neste Execrável Mundo Novo, o essencial já nem sequer é substituído pelo acessório: já vai pela irrisão abaixo.

Dir-se-ia até que o profeta desta "terra santa" se não é o Marquês de Sade, é o diabo por ele. Só que da analogia cruel, do humor negro e acerbamente crítico de certas lógicas mecanicistas estas bestas retiraram apenas o sentido literal. E deste a receita.

Exercício final: À luz deste postal, tentem decifrar esta notícia:

«New York Times: Thanks To Climate Change, Now Is the Time For… Cannibalism»





12 comentários:

Anónimo disse...

As mulheres e a judiaria destruiram o mundo logico. Patriarcado supremacista,machismo tóxico,etc...estas merdas há muito que deixaram de ser exclusivo do putedo da extrema esquerdalha,o putedo de toda a direitalha e putedo conservador centralho beato do nino jeru jeová pensa exactamente da mesma forma que a esquerdalha;Violencia domestica,cotas para gajas,assédio sexual e muitas até apoiantes do casamento gay,aulas de cidadania,padres e freiras gay a celebrar missa e muitas outras merdas.Ao principio eram camufladas,agora é á descarada! Qual marxismo cultural qual caralho, Tudo lixo!
El xuxalhote

Anónimo disse...

Creio estamos no início dum estágio evolutivo da sociedade. As pessoas podem ser o que são e não precisam de esconder de ninguém. Há, finalmente, tolerância.

Antigamente as diferenças eram atiradas para debaixo do tapete e, muitas vezes, reprimidas pela violência. Hoje as diferenças não precisam de ser escondidas. Muito menos combatidas.

Creio ser uma evolução fabulosa.

O dragão diz, e diz bem, que a normalidade tornou-se natural.

Que bom que assim é.

Há, claro, uma franja de pessoas doutros tempos que lhes custa a aceitar está nova normalidade.

Mas isso passa com o tempo, como passou aqueles que não aceitavam a libertação de escravos.


marina disse...

e os problemas psicológicos que estão a criar nos miúdos ? não sabem quem são perante a palete de falsas possibilidades que esses energúmenos lhes apresentam , sofrem muito , muito mais que quando o dilema era entre chegar virgem ao casamento ou não ; se sexo era pecado ou não. estes problemas eram peanuts comparado com o que estes miúdos de agora enfrentam.

Ricardo disse...

A esquerda marxista cultural è mào de obra do grande capital globalista o qual controls ambos os lados do sostema polhitico.no meu blog novomundo111 tenho posts esclarecedores sobre tal agenda global.

Ricciardi disse...

Marina, os miúdos não tem que representar papel algum. São como Deus os criou, naturalmente com propensão a engatar miúdas (os) e depois viver com elas (es) ter filhos e netos.

Porém, sendo tendo normalmente essa a propensão, dizem que cerca de 15% dos miúdos não nasceram com ela.

O foco nas sociedades modernas não é o que a maioria vão ser, mas sim aquilo que todos querem ser. Sem discriminações.

O mesmo é dizer que actualmente é mais importante o ser do que o parecer, no que este tema diz respeito.

E tudo redunda no amor. Se uma mulher ama outra mulher não vejo sentido que possa haver uma barreira que as impeçam de viver juntas. Antigamente, essas pessoas escondiam o que sentiam e até faziam o frete de casar a contragosto para disfarçar. Agora não. Cada um é o que é e a maioria das pessoas felizmente não reprova nem aprova.

Eu tenho filhos, sobrinhos etc na escola. Não vejo que algum deles tenha problemas psicológicos por aprender o respeito pela diferença. Muito menos que os estejam a influenciar a ser aquilo que não são.

Aquilo que noto nas gerações anteriores à minha é um absoluto respeito pelas opções de cada um.

E isso é notável, porque a minha geração e as anteriores tinham grandes dificuldades em lidar com isso.






marina disse...

não se trata disso , a convivência com essa realidade foi quase sempre bastante pacifica , ainda que não se falasse disso , um segredo de polichinelo.
não se trata de sexualidade , trata-se da ideologia de género em que os miúdos se interrogam se serão homens mas de género feminino ou mulheres género masculino e mais não sei quantas categorias que inventaram.
há uma fase na adolescência de certa indefinição , estão a crescer , não sabem o que sentem nem o que são ou irão ser , questões de auto imagem , etc , e os mais fracos podem ficar mesmo v«baralhados. e não estou à espera que os miúdos falem disso a qualquer um .

um terço , nada menos:

https://www.jn.pt/especiais/descobrir-mentes/depressao-afeta-quase-um-em-cada-tres-criancas-e-adolescentes-14207712.html

Ricardo disse...

Querem constatar a quantidade de apoiantes da imigraçao em massa na Europa? Vào ver or artigos sobre o sr Orban no multinews sapo pt

Figueiredo disse...

O liberalismo para além de ser uma doença mental, é uma ideologia que destrói o Ser-Humano, desumaniza-o, retira-lhe a identidade, a liberdade individual, estupidifica-o, infantiliza, embrutece, e o resultado é uma multidão de retardados que se tornam escravos dóceis sem qualquer sentimento de pertença ou capacidade para pensar e questionar.

É uma ideologia que vê nos Estados, nas Pátrias e Civilizações, na Identidade, Religião, Costumes, e Tradições dos Povos o seu maior inimigo e obstáculo, por isso faz tudo para os destruir.

Esta balburdia que vemos acontecer em Portugal, na Europa, e em algumas outras partes do Mundo, já ocorreu no passado, e a Igreja Católica teve em determinada altura um papel importante para colocar um termo à degeneração, violência, e selvajaria que por aí existia.

Porém - com excepção da Igreja Ortodoxa da Rússia - o Cristianismo, os Valores Cristãos, que fazem parte da essência da Civilização Europeia estão também a ser trucidados pelo próprio clero Católico sob a batuta do Vaticano:

- Oldest Jesuit Magazine in America Writes that the Catholic Church Needs LGBT 'Saints'

https://russian-faith.com/news-trends/oldest-jesuit-magazine-america-writes-catholic-church-needs-lgbt-saints-n6819

O movimento lgbt+ e a ideologia de género é uma criação dos liberais, não tem nada a ver com a aceitação da prática do sexo homossexual ou relacionamento amoroso entre pessoas do mesmo sexo, mas sim um movimento político e extremista com uma agenda política e um programa de engenharia social bem definidos, onde o homem, a mulher, e a criança - conforme a Natureza nos fez - são o alvo a desconstruir e abater.

Mário Cesariny na sua última entevista afirmou:

«...Qual é a sua opinião sobre as manifestações do orgulho
gay, hoje em dia?

Acho feio, porque em vez de aparecerem como pessoas normais,
põem umas mamas, pintam-se, ficam uns verdadeiros abortos. E saem assim para a rua. Eu, que sou homossexual, se encontrasse aquilo na rua, passava para outro passeio, porque em vez de angariarem simpatia, ofendem...»

Em Portugal a homossexualidade sempre foi tolerada, durante o Estado Novo os homossexuais viviam e trabalhavam livremente, ninguém queria nem quer saber do que se passa na vida privada de cada um.

Já Cruzeiro Seixas em entrevista ao jornal digital «Observador» declarou:

«...Eu preferia quando não tinha os meus direitos e estava fora da sociedade. Estar fora da sociedade acho a coisa mais bela que pode acontecer.”...»

Ricardo disse...

OS paìses ocidentais jà nào sào naçòes ver novomundo111 blogspot

marina disse...

a esta hora 0 notícias sobre este assunto na imprensa de referência portuguesa....

https://www.20minutos.es/noticia/5035290/0/los-zelenski-portada-del-vogue-con-posados-para-annie-leibovitz/?fbclid=IwAR3P3gM3lhWynRT2IOrbcIZeI3y7MifDzD68ZSD2GT9kQjvy3Ss_sH1-LYg

Vivendi disse...

Liberalismo & Progressismo = Desgraça da Civilização.

"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis geram homens fracos, mas homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis geram homens fortes."

Provérbio Oriental



Yin e Yang » Positivo e Negativo »
O Sucesso da vida reside em saber manter o equilibro.

dragão disse...

Muito apropriadas e ilustrativas, essas duas referências, caro Vivendi.

Confiemos até que a primeira se verifique. Porque vêm lá tempos mesmo muito difíceis.