quinta-feira, setembro 29, 2022

Sham Ocidente

 

(A miúda até pode ser de esquerda, mas tem coragem para estar no terreno)

Kievita alucinado, em 2015:

«Donbass is overly populated with people nobody has any use for (useless people) and sitting on rich resources and in order to exploit those resources 1.5 million #Donbas people have to be exterminated»


É no Donbass que 80% dos recursos económicos da "Ucrânia" residem. Lamentavelmente, a população é constituida esmagadoramente por russófonos e russófilos (descendentes dos Cossacos do Don). Desde 2014, quando um regime fantoche foi implantado pelos americanos, em Kiev, uma das prioridades era recuperar os recursos económicos do Donbass e extirpar o maior número de habitantes possível.

Durante oito anos, os Kievitas bombardearam impiedosamente o Donbass. Infelizmente, só conseguiram liquidar, se tanto, cerca de 14.000 civis infestantes. Estavam a trabalhar em planos bacteriológicos, nos tais laboratórios párias, mas isso foi rudemente interrompido. Bem como a brutal campanha que tinham agendada para 2022. Mesmo assim, continuam a bombardear encarniçadamente, e com tudo o que têm de mais letal, as zonas civis de Donetz. Agora, compreensivelmente, para reduzirem as votações no referendo. Mortos não votam.

Entretanto, os mesmos que falsificaram e ungiram criminalmente um governo fantoche em Kiev (assim como falsificam as próprias eleições domésticas), os mesmo que abençoam a classificação dos habitantes do Donbass como sub-humanos, estorvo económico e lixo descartável; os mesmos que fornecem armamento em barda para continuar o extermínio festivo dessa semi-gente; os mesmos que implantaram Kosovos a pretexto daquilo que agora vituperam, consideram-se doravante escandalizados, ultrajados e  pessoalmente injuriados com aquilo a que chamam, em coro de papagaios louros, um sham referendo.  E que as pessoas até são obrigadas a ir votar na ponta da espingarda. Arrancam-nas das próprias casas, onde estão ajoelhadas a rezar a um altar com o Santo Zelento, e arrastam-nas, sob forte saraiva de coronhadas, às urnas falsas. Sham significa fingido, impostor. Ora, por muito sham que o referendo fosse, o problema é que jamais conseguiria chegar aos calcanhares Sham daqueles que agora, à maneira das bruxas, cavalgam essa vassoura moral. Não adianta tentarem varrer para debaixo do tapete. A máquina consegue despejar mentiras em catadupa, mas não consegue transformar as petas, porcinas e desavergonhadas, em verdades. Apenas consegue mascará-las durante um certo tempo.
Encurralaram e hostilizaram violentamente toda uma população específica e depois esperavam o quê? Que ela, à bovina maneira alemã, aguardasse placidamente a sua terraplenagem? Os mesmos que achavam legítimo e louvável que se liquidasse industrialmente as pessoas, agora indignam-se porque as deixam escolher, as deixam votar e, que, para cúmulo, resultem consequências directas e concretas desse voto? Sim - valha-nos, santo dólar! - onde é que elas julgam que estão - numa democracia? 
Os referendos são o que são. Dentro do possível e das circunstâncias até se processaram com mais transparência que as eleições americanas. Isso pouco significa, mas, mesmo assim, é melhor que nada, que abaixo de zero.
Depois, e como apontou, sarcasticamente, Lavrov, no seu discurso ao Circo da ONU, os habitantes do Donbass limitaram-se a seguir o conselho cínico do anão Zelento, quando recomendou que emigrassem.  Pois, parece que vão mesmo emigrar. E levam a sua terra e dos seus antepassados junto com eles. Além de Kherson e Zaporizhia, ainda de bónus. 
Quanto à razão, em termos geopolíticos, falar de razão é como falar do sexo dos anjos. Não se trata se os russos têm ou não razão (isso é problema das claques dum lado e doutro). O que cumpre apurar, no fim do dia, é se têm força para sustentar essa razão. E, tanto quanto força, determinação.

13 comentários:

Vivendi disse...

Muito bem!

A maior farsa nas eleições, é quando o voto é digital.
Os globalistas forçaram nos EUA um cambalacho digno de 4º mundo para o peidófilo do Biden deixar o mundo neste alvoroço que estamos enfiados.

Atenção no domingo ao Brasil, por lá as eleições também passam pelo digital.

Figueiredo disse...

Recomenda-se vivamente os artigos e reportagens de Eva Bartlett; nesta ligação está o seu blogue:

https://ingaza.wordpress.com/

Uma boa referência Sr.º César Dragão, e é tempo de se começar a superar a ridícula definição de direita e esquerda assim como os extremos, que só servem para dividir/partir e criar confusão.

Vivendi disse...

**O gasoduto Nord Stream 2 e a guerra na Ucrânia**
“Quero hoje ser clara convosco: se a Rússia invadir a Ucrânia, de uma forma ou de outra, o Nord Stream 2 não avançará". (Victoria Nuland, subsecretária de Estado para Assuntos Políticos do governo de Joe Biden em 27 de Janeiro de 2022)
“Se a Rússia invadir... deixará de existir Nord Stream 2. Colocaremos um fim a isso. Como? Garanto-vos que seremos capazes de fazer isso.” (Joe Biden, em 7 de Fevereiro de 2022)
“Com a invasão russa da Ucrânia, não só o Nord Stream 2 foi suspenso (e a empresa que o financiava abriu falência), como também houve um aumento das exportações de gás natural dos EUA para a Europa. Além disso, a NATO ficou mais forte do que nunca, e poderá em breve acolher tanto a Suécia como a Finlândia - concedendo aos Estados Unidos um acesso sem precedentes ao Mar Báltico. Entretanto, nações como a Alemanha prometem gastar mais dinheiro com a Defesa, algum do qual irá sem dúvida acabar nos cofres da indústria militar dos EUA. É claro que a suspensão do Nord Stream 2 e as sanções contra a Rússia não são uma "vitória" para todos: A Europa pode agora enfrentar preços de energia permanentemente mais elevados.” (Noah Carl,26 de Agosto de 2022, “Did the U.S. Provoke Russia to Sabotage Nord Stream 2?”, em The Daily Sceptic)
A 26 de Setembro de 2022, uma série de explosões causou danos irreparáveis no gasoduto. É consensual entre os líderes europeus que se tratou de um acto de sabotagem e a Alemanha fala de uma inutilização permanente.
O texto que se segue, da autoria de Mike Whitney, foi escrito em 11 de Fevereiro de 2022, ANTES DA INVASÃO RUSSA da Ucrânia (ocorrida a 24 de Fevereiro). É importante perceber isso. Leia-se com atenção:
«"O interesse primordial dos Estados Unidos, sobre o qual travámos guerras durante séculos- a Primeira, a Segunda e a Guerra Fria - tem sido a relação entre a Alemanha e a Rússia, porque essa união representa a única força que nos pode ameaçar. E é preciso garantir que isso não aconteça". (George Friedman, CEO da STRATFOR no The Chicago Council on Foreign Affairs)
A crise ucraniana não tem nada a ver com a Ucrânia. Trata-se da Alemanha e, em particular, de um gasoduto que liga a Alemanha à Rússia chamado Nord Stream 2. Washington vê o gasoduto como uma ameaça à sua primazia na Europa e tem tentado sabotar o projecto a cada oportunidade. Mesmo assim, o Nord Stream avançou e está agora totalmente operacional e pronto a ser utilizado. Assim que os reguladores alemães fornecerem a certificação final, as entregas de gás terão início. Os proprietários e empresas alemãs terão uma fonte fiável de energia limpa e barata, enquanto a Rússia verá um impulso significativo nas suas receitas de gás. É uma situação vantajosa para ambas as partes.
Mas o Establishment da Política Externa dos EUA não está satisfeito com estes desenvolvimentos. Eles não querem que a Alemanha se torne mais dependente do gás russo porque o comércio constrói confiança e a confiança leva à expansão das relações. À medida que as relações se tornam mais familiares, mais barreiras comerciais são levantadas, os regulamentos são facilitados, as viagens e o turismo aumentam, e uma nova arquitectura de segurança evolui.
Num mundo onde a Alemanha e a Rússia são amigos e parceiros comerciais, não há necessidade de bases militares dos EUA, não há necessidade de armas e sistemas de mísseis caros fabricados pelos EUA, e não há necessidade da NATO. Também não há necessidade de transacções de energia em dólares americanos, nem de armazenar títulos do Tesouro americanos para equilibrar as contas. As transacções entre parceiros comerciais podem ser conduzidas nas suas próprias moedas, o que irá precipitar um acentuado declínio no valor do dólar e uma mudança dramática no poder económico.

Vivendi disse...

Esta é a razão pela qual a Administração Biden se opõe ao Nord Stream. Não é apenas um gasoduto, é uma janela para o futuro; um futuro em que a Europa e a Ásia se aproximam numa zona de comércio livre maciça que aumenta o seu poder mútuo e prosperidade, deixando os EUA de fora a olhar para dentro. Relações mais próximas entre a Alemanha e a Rússia assinalam o fim da ordem mundial "unipolar" que os EUA têm supervisionado ao longo dos últimos 75 anos. Uma aliança German-Russa ameaça apressar o declínio da superpotência americana que actualmente se aproxima do abismo. É por isso que Washington está determinada em fazer tudo o que estiver ao seu alcance para sabotar o Nord Stream e manter a Alemanha dentro da sua órbita. É uma questão de sobrevivência.
É aí que a Ucrânia entra em cena. A Ucrânia é a "arma escolhida" por Washington para abater o Nord Stream e colocar uma barreira entre a Alemanha e a Rússia. A estratégia é retirada da página um do US Foreign Policy Handbook (Manual de Política Externa dos EUA) sob a rúbrica: Divide and Rule. Washington precisa de criar a percepção de que a Rússia representa uma ameaça de segurança para a Europa. Esse é o objectivo. (…)
Toda a propaganda de guerra está criada com a intenção de produzir uma crise que pode ser usada para isolar, demonizar e, em última análise, fragmentar a Rússia em unidades mais pequenas. O verdadeiro alvo, contudo, não é a Rússia, mas sim a Alemanha.

Vivendi disse...

Veja-se este excerto de um artigo de Michael Hudson no The Unz Review:
“A única forma de os diplomatas dos EUA bloquearem as compras europeias é incitar a Rússia a entrar numa resposta militar e depois afirmar que a resposta a isso prevalece sobre qualquer interesse económico puramente nacional. Como explicou a subsecretária de Estado para os Assuntos Políticos, Victoria Nuland, numa conferência de imprensa do Departamento de Estado a 27 de Janeiro: "Se a Rússia invadir a Ucrânia de uma forma ou de outra, o Nord Stream 2 não avançará". ("America's Real Adversaries Are Its European and Other Allies",The Unz Review)”
Aí está preto no branco. A equipa de Biden quer "incitar a Rússia a uma resposta militar", a fim de sabotar o Nord Stream. Isto implica que haverá algum tipo de provocação destinada a induzir Putin a enviar as suas tropas através da fronteira para defender os russos étnicos na parte oriental do país. Se Putin morder o isco, a resposta será rápida e dura. Os meios de comunicação social irão apresentar a acção como uma ameaça a toda a Europa, enquanto os líderes de todo o mundo irão denunciar Putin como o "novo Hitler". Esta é a estratégia de Washington em poucas palavras, e toda a produção está a ser orquestrada com um objectivo em mente; tornar politicamente impossível para o Chanceler alemão Olaf Scholz levar o Nord Stream ao processo de aprovação final.(…)
A opinião pública apoia convictamente o Nord Stream, o que ajuda a explicar a razão pela qual Washington estabeleceu uma nova abordagem. As sanções não vão funcionar, pelo que o Tio Sam mudou para o Plano B: Criar uma ameaça externa suficientemente grande para que a Alemanha seja forçada a bloquear a abertura do gasoduto. Sinceramente, a estratégia é desesperante, mas é preciso ficar impressionado com a perseverança de Washington. Podem estar a perder por 5 no final do jogo, mas ainda não atiraram a toalha. Vão fazer uma última tentativa e ver se conseguem fazer progressos.
Na segunda-feira, o presidente Biden realizou a sua primeira conferência de imprensa conjunta com o chanceler alemão Olaf Scholz na Casa Branca. O barulho que rodeou o evento foi simplesmente sem precedentes. Tudo foi orquestrado para produzir uma "atmosfera de crise" que Biden utilizou para pressionar o chanceler na direcção da política dos EUA.
No início da semana, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse repetidamente que uma "invasão russa era iminente". Os seus comentários foram seguidos por Nick Price, do Departamento de Estado, que disse que as agências de Inteligência lhe tinham fornecido detalhes de uma alegada operação de "bandeira falsa" apoiada pela Rússia, e que esperavam que tivesse lugar num futuro próximo no leste da Ucrânia. O aviso de Price foi seguido na manhã de domingo pelas declarações do conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan, alegando que uma invasão russa poderia acontecer a qualquer momento, talvez "mesmo amanhã". Isto foi apenas dias depois da agência Bloomberg News ter publicado a sua sensacional e falsa manchete dizendo que "A Rússia invadiu a Ucrânia".
Conseguem ver o padrão aqui? Conseguem ver como estas alegações sem fundamento foram todas utilizadas para exercer pressão sobre o insuspeito chanceler alemão que parecia alheio à campanha que lhe era destinada?
Como seria de esperar, o golpe final foi dado pelo próprio presidente americano. Durante a conferência de imprensa, Biden afirmou enfaticamente que "se a Rússia invadir...deixará de existir um Nord Stream 2... Vamos acabar com isso".
Então, agora Washington define a política da Alemanha? Que arrogância insuportável!

Vivendi disse...

O chanceler alemão foi apanhado de surpresa pelos comentários de Biden que claramente não faziam parte do guião original. Mesmo assim, Scholz nunca concordou em cancelar o Nord Stream e recusou-se sequer a mencionar o gasoduto pelo nome. Se Biden pensou que podia tramar o líder da terceira maior economia do mundo encurralando-o num fórum público, pensou mal. A Alemanha continua empenhada em lançar o Nord Stream, independentemente de potenciais surtos de violência na longínqua Ucrânia. Mas isso pode mudar a qualquer momento.
Afinal, quem sabe que incitamentos Washington poderá estar a planear num futuro próximo? Quem sabe quantas vidas estarão preparados para sacrificar a fim de colocar uma barreira entre a Alemanha e a Rússia? Quem sabe que riscos Biden está disposto a correr para retardar o declínio da América e impedir o surgimento de uma nova ordem mundial "policêntrica"? Qualquer coisa pode acontecer nas próximas semanas. Qualquer coisa.(…)»
Texto completo em: http://ronpaulinstitute.org/.../the-crisis-in-ukraine-is.../

Anónimo disse...

O Biden é um títere . A pergunta do milhao é : quem está por de trás do Zé Bidé ?

Anónimo disse...

https://www.youtube.com/watch?v=iIt6yxsCFQ8&ab_channel=FoxNews

Vivendi disse...

A pergunta do milhao é : quem está por de trás do Zé Bidé ?

Nazis, Sionistas e grandes famílias (dinastias), tudo sintonizado na Agenda.

muja disse...

Nazis? É pá, ó Vivendi, nem tudo o que os russos dizem é para se levar à letra.

Eles por "Nazis" querem dizer "inimigos da Rússia", simplesmente, e como isso convinha à escumalha do lado de cá, ninguém se preocupou muito em limitar ou circunscrever o termo.

Não sendo nós russos, é um bocado tonto falar-se em "Nazis". Se é com o significado que os russos lhe dão, está só a ser redundante. Se é com significado geral que dão cá, então está a inverter a realidade.

A não ser que me diga que os correligionários do Adolfo é que mandam nisto tudo. Se é assim, olhe, Deus o guie que eu não posso...

dragão disse...

Reparei agora que a censura no "oxidente" vai de vento em popa. O Youtube cancelou a pequena.

Anónimo disse...

Os últimos 2/3 dias reforçam ainda mais a ideia: o alvo dos anglos não é a Rússia, mas a Europa (e dentro da Europa, a Alemanha).

Miguel D

dragão disse...

Miguel,

pois. E ainda por cima têm a quinta coluna instalada na maior parte dos governos da EU, a começar pela hiena que preside à Comichão. Portanto, eu até diria que eles, atacar, atacam realmente a Rússia, através dos zombies kievitas e a Nato misturada. Porque a Europa ele nem precisam de atacar: ela suicida-se ou auto-imola-se sozinha.

Salazar, nestas questões de política externa, era um génio. Tivessemos nós seguido as suas pegadas e a esta hora estaríamos de camarote, a usufruir do caos instalado. Mesmo assim, e como acredito que Nossa Senhora de Fátima vela por nós, ainda seremos dos que vão sofrer menos. Mas apenas por isso. Porque quanto ao governo é abaixo de zero. Como, de resto, tem sido regra desde Abril de 74.