Estupidez totalitária

 

Apreciem portanto, com base no esquema em epígrafe, a racionalidade das nossas "elites" políticas. E quando digo "nossas", neste caso, refiro-me à parte europeia do Combinado Oeste. É o mesmo gás oriundo da mesma proveniência, e que continua a dar ainda mais lucro aos russos. Ainda com a agravante de dar também lucro aos chineses. Russos e chineses que, segundo o último arroto geo-estratégico dos cabecilhas iluminados do  Combinado Oeste, devem ser mirados como os inimigos principais da "democracia liberal" (com que o tal Combinado se traveste ao melhor estilo drag-queen global). Perdoem-me a ingenuidade: estamos mesmo a confrontar e combater os russos, ou estamos a fortalecê-los? E a fortalecê-los em dose dupla: por uma lado promovendo a sua coesão interna e  pujança económica; por outro, galopando, alucinada e destrambelhadamente, em direcção ao precipício da ruína, da miséria e do caos social, ou seja, enfraquecendo-nos cada vez  mais a nós. Ao ritmo trepidante a  que isto vai, está a Europa, já de si frouxa e semi-armada, a entregar, de facto, grande parte do arsenal  à destruição russa - o que só vai resultar numa Europa ainda mais débil, ainda mais exposta e ainda mais dependente da protecção do gangster americano -, e grande parte da economia à auto-destruição  - idem, aspas. No cabo da maluqueira, espera-nos um quadro em todo idêntico a 1946: os mesmos vencedores e os mesmos vencidos. Só que para pior: desta vez não há plano marshall para os alemães, nem resquícios de pingarelho para os ingleses.

Voltando às tais elites, e enquadrando no postal anterior de Nietzsche: afinal, que papel é o delas? E que papel é o nosso?