A ideia de que todos os homens são iguais acarreta consequências muito perigosas. E perversas. Sobretudo porque todos os homens são diferentes ou muito diferentes. E nem são iguais perante a lei, nem iguais perante o mercado ou a publicidade, nem iguais perante a natureza, ou sequer iguais perante Deus. O único local onde essa igualdade pode estipular-se e observar-se é na teoria. Mas jamais na prática, e está aí a história de séculos para atestá-lo e as várias experimentações igualitárias. Há, todavia, uma excepção prática onde essa igualdade se verifica: perante a morte.
Há, quer se queira quer não, uma indústria da morte neste planeta. Que é talvez a indústria mais sofisticada, desenvolvida e em acelaração nos últimos cem anos. Ontem, perante as balas e explosivos dos carniceiros de serviço, os homens foram todos iguais.
1 comentário:
> essa igualdade se verifica: perante a morte.
Estão a trabalhar nisso.
Há uns palermas que acham que é uma coisa desnecessária, e que a vida era muito mais agradável sem prazo.
E há uns tipos com dinheiro a financiar o necessário.
Se chegarem a algum lado (é duvidoso), os palermas vão ter uma surpresa. Bah, têm sempre, qual é a novidade.
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