Existem duas espécies principais de árabes: os árabes com a mania que não são árabes porque odeiam árabes: e os árabes com a mania que não são judeus porque odeiam judeus. No fundo, os árabes, colectivamente falando, são por natureza e essência esquizofrénicos.
Quando, diariamente, assistimos a casos de bombistas suicidas somos induzidos num erro muito frequente: o de achar que se trata duma perversão da cultura árabe. Não é perversão nenhuma: é refinamento. É destilação ao nível da célula daquilo que constitui a pulsão dominante do todo - o impulso suicidário.
O contributo dos árabes para que o mundo não caia na pasmaceira é relevante. Mas o galope crescente e frenético com que se dirigem à auto-destruição recomenda alguma prudência da nossa parte. É que nas suas mitomanias típicas e atávicas o suicídio deles - melhor dizendo, da sua dupla personalidade - coincide geralmente com o apocalipse do mundo inteiro. Por força (de mania), os doidos são como os bêbados: nunca querem desgraçar-se sozinhos.
PS: O islamismo terrorista e o sionismo genocida são apenas duas faces do mesmo fundamentalismo. Do mesmo desejo colectivo de morte.
PSS: Não sendo eu um determinista biológico, tenho, não obstante, que aceitar alguma influência da geografia no carácter dos povos. Ora, assim como a monotonia da paisagem causa nos nossos alentejanos o indície superlativo de suicídios que se lhes reconhece, a ausênciia milenar de paisagem provoca nos pobres árabes todo este descalabro auto-destrutivo que, ao longo dos tempos, vamos, entre divertidos e perplexos, testemunhando.
50 comentários:
ahahahaha
Certeiro
Não sendo eu um determinista biológico, tenho, não obstante, que aceitar alguma influência da geografia no carácter dos povos.
Se o dragão fosse determinista biológico é que poderia obstar a aceitar a influência da geografia no carácter dos povos. Digo eu...
Em relação à ideia geral do escrito,
- Então e os japoneses? Que pensar da sua propensão ao suicídio?
Diz também,
Por força (de mania), os doidos são como os bêbados: nunca querem desgraçar-se sozinhos.
São os árabes doidos porque são suicidas (à conta da geografia); ou os árabes, quando doidos, dão em suicidas?
Mais ainda,
O que pensar então do terrorismo não suicida, à europeu?
O que revela acerca de quem o pratica?
«Se o dragão fosse determinista biológico é que poderia obstar a aceitar a influência da geografia no carácter dos povos. Digo eu...»
Então mas a biologia existe fora do habitat? Como é que a espécie se selecciona ou o órgão desenvolve a função sem o respectivo parque de actividades lúdicas e outras? Ou a biologia resume-se a uma espécie de preservativo genético? Isto pergunto eu, que sou leigo na matéria.
Bom, eu tenho a impressão que um determinista biológico é alguém que - no contexto específico da controvérsia nurture vs. nature - acredita que o factor biológico i.e. genes (neste contexto específico, mais uma vez), tem primazia sobre o factor ambiental (no qual se inclui a geografia).
Muito embora concorde que é uma definição pouco precisa porque, com efeito, há poucas geografias não influenciadas por seres vivos e, portanto, pela biologia.
Mas talvez esteja enganado.
Era apenas um aparte, de qualquer forma.
Pois, tudo bem. O caso é que o meu conceito de "biologia" não é assim tão restritivo (quer dizer, tão compartimentado aos tais genes).
Mas sobre as outras questões:
1. os japoneses, parece-me, não tem tanto a ver com mania auto-destrutiva, mas mais com conceito de honra. E em todo o caso o hara-kiri deles é em tudo superior ao nosso piri-piri (que se resume, em bom rigor, ao culto do bandulho e de como sustentá-lo, mimá-lo a preservá-lo a qualquer preço).
2. Os árabes são duplamente doidos: é a consequência fatal da sua dupla personalidade. Ambas as personalidades, em regime de competição furiosa , desregulam à força toda. Não há um dr Jeckyl e um Mister Hyde: são dois Hydes absolutamente grunhos.
3. Os europeus não são de confiança: são muito dados a simpatias pouco recomendáveis. Nos últimos cem anos tentaram, por duas vezes, o chamado suicídio por simpatia. Falharam a morte física, mas acertaram em cheio na morte mental. E moral,sobretudo. O certo é que vegetam em perfeita lobotomia vigiada.
Não há um dr Jeckyl e um Mister Hyde: são dois Hydes absolutamente grunhos.
Peut-être. Não corresponde à minha experiência, mas também não vou argumentar por isso.
Quanto à Europa, a última frase é certa, tal como V. diz. O resto, tenho dúvidas. Mas a lobotomia vigia e não quero que eles descubram que se esqueceram de mim...
Os islamitas arabes e não-arabes não são assim, como os pintam nas televisões.
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Nada disso. O pessoal que conheço, e são muitos, é absolutamente normal; partilham os mesmissimos valores; gostam de gajas, de futebol, o bem e o mal etc e tal.
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Tem uma coisa distintiva em relação aos cristãos ocidentais e israelitas judeus, mas é apenas aparente, que é o tradicionalismo exagerado que abranje TODA a sociedade. No ocidente e em israel não existe isso. As pessoas fazem o que muito bem entendem fazer e em total liberdade.
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Tradicionalismo religioso e de costumes, dizia. Não perdem uma missa bem como a celebração dos dias importantes religiosos (vão todos, sem excepção), e a alimentação (carne de porco) é coisa levada a peito (coisa partilhada pelos judeus)e que resulta de preceitos biblicos - animais de patas fendidas e rominantes (o porco é o simbolo maximo da «lei» biblica porque reune as uas condições pela negativa)... e abster-se de comer peixes sem escamas (se bem que vejo judeus e arabes a comer lagosta - aliás nem sabem disto).
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Às escondidas furam as tradições deles. Os meus amigos islamicos quando estão sozinhos comigo comem presunto, mas se chegar outro islamico param de o comer e pedem-me para guardar segredo. Bebem alcool com muitissima mais moderação, mas bebem.
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Ou seja, a religião e os preceitos religiosos impoem-se à natureza deles próprios que é muito semelhante à nossa.
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E isso aconteçe muitissimo mais nas sociedades islamicas e menos nas ocidentais e em israel. E porque é que é assim? porque o Corão não é apenas um livro de religião, é tambem um código de costumes e condutas; e esse livro prevalece em termos juridicos sobre as leis dos homens.
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Embora os judeus tambem tenham um livro assim, religioso e de costumes, a sociedade israelita não o coloca acima das leis humanas inerentes à liberdade religiosa de cada um. Socialmente ninguém em israel se indigna por ver um judeu a beber ou comer carne de porco. Vende-se carne de porco e bebidas alcoolicas. Já nos islamitas a coisa tem outro impacto e em boa parte até proibem a venda desses produtos.
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A questão do fundamentalismo islamico é coisa instigada exclusivamente pelos lideres. Pelos politicos. O povo em geral não é assim. Mas é como tudo, as lideranças tem um peso nas condutas do povo e leva-o para caminhos que eles nunca sonhariam trilhar. Temos, aliás, bons exemplos pela historia afora no ocidente. Hitler é um deles.
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Rb
Da pouca coisa que conheço dos árabes, o que existe em comum é um gigantesco sentido de hospitalidade.
Os sírios, por exemplo, toda a gente diz que se excedem nessa questão de receber alguém de fora.
E uma questão religiosa. E nisso são a antítese dos judeus.
Mas, é claro que estas generalizações de características de povos nunca se podem comprovar com conhecimento de meia dúzia ou mesmo de centenas de pessoas.
São generalizações históricas.
Rb,
caso não tenha percebido, "judeus" são árabes com a mania que não são árabes porque odeiam árabes. Em suma, são self-hating árabes.
E acho que com árabes, em geral, o Godofredo de Bulhão (não confundir com o Bulhão Pato) é que tinha a perspectiva adequada. Pena que nós hoje, absortos em telecontos da carochinha e lobotomias assistidas, esqueçamos os bons exemplos dos nossos antepassados.
":O))))))
Mas esta historieta da desculpa serem os governantes é uma mania da moda.
Agora até para os chineses já se diz que aquela barbárie é coisa recente e apenas deriva do regime e do Poder.
Como se não tivesse sempre sido assim e até mil vezes pior e toda a tradição de torturas e pezinhos bonsai das meninas e sei lá que mais não fosse familiar.
esta coisa dos colectivismos (e outros atavismos de manada), por muito desagradáveis que pareçam ao melindroso estõmago da sonsice hodierna, existem. Na Europa, o caso flagrante são os alemães: como indivíduos são, não raramente, excelentes pessoas. Agora experimenta vê-los reunidos em bando. Uma verdadeira manada de bovinos perigosos (como, aliás, o próprio Nietzsche os definia). Os ingleses são outros que tais. Conheço-os bem, até por ter trabalhado com eles. Isolados, são, não raro, duma cobardia confrangedora (parecem órfãos do número). Mas uma vez congregados em manada desenvolvem um somatório de pequennos reseentimentos recalcados (coisa típica de poltrões) e adquirem uma agressividade ostensiva e altamente tribal.
Agora, como é bom de ver, o facto é que nós já temos doidos e lunáticos suficientes na Europa (reforçados com espermatozoidismos mal resolvido do outro lado do Atlãntico). A última coisa com que deviamos perder tempo era com paninhos e talcos a carneiros mal mortos do deserto. É degradante, que diabo! É como se o mundo ocidental, á falta de verdadeiro umbigo, se contemtasse com a contemplação embasbacada do olho do cu.
Dragão,
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É coisa semelhante, mesmo. Não se distingue um arabe de um judeu nascidos naquela zona pela pinta. O ódio de que fala entre uns e outros é semelhante, embora com intensidade distinta, áquele que o Dragão nutrirá pelos Espanhois. As razões devem ser as mesmas, mais algumas outras particulares da actualidade e outras que tem a ver com a religião.
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Zazie, tambem não acho que os Governantes ou Lideres sejam os unicos responsaveis pelas condutas de um povo, ou pela instigação ao ódio, mas que é coisa muito relevante, lá isso é. As massas tornam-se parceiras no ódio e em manada seguem as ideias incutidas pelos lideres.
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Rb
É coisa de tv, Dragão. Não encontro outra explicação. De tv e de mania de tomar partido por um clube contra outro.
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Morgadinho: os governantes, em matéria de tradições sociais dos povos, limitam-se a usá-las.
A trampa das tradições chinesas é milenar. E o que está em cima é igual ao está em baixo.
E não há líder nenhum que explique coisas como pancadas bonsai para as meninas ou abafá-las à nascença. Sempre foi assim.
E isto vale para tudo. Quanto muito perderam algumas mais bárbaras por cristianização.
Por exemplo- o mau hábito do canibalismo.
E os tugas também são rudes até dizer chega.
Eu costumo dizer que a melhor maneira para morder a sonsice e rudeza tuga é dar uma volta no 28.
É um mundo, aquele 28
":O)))))
O modo como tratam os turistas é uma das coisas mais incríveis.
Até os culpam por se deixarem roubar pelos carteiristas.
E os condutores fazem coro com a populaça- que deixem lá, desde que não seja nada com cada um. E que se alguém quiser chamar a polícia que chame que eles não vão perder tempo com "palhaçadas".
Os carteiristas, idem. Um, uma vez até me pediu desculpa, quando eu lhe perguntei onde julgava que ia com aquela mãozinha: "ó dona, desculpe, dona, julguei que era uma camone"
":O))))
Mas estas coisas eram banais na minha geração. Toda a gente conhecia as características de povos e só uns maluquinhos é que lá pertenciam a umas associações de amizade com o cu de judas.
Havia menos tv.
E outra coisa. Agora toda a gente anda de carro. Ninguém viaja em transportes públicos. E assim, só conhecem as pessoas naqueles contactos sociais onde todos são decentes. E até iguais.
Cuidado, quando falamos no 28, falamos da principal catedral ambulante de Lisboa. prostração e reverência, quando mencionamos esse sacrossanto eléctrico!...
E quanto ao lisboeta típico (o indígena, não aquela bimbalhada - nortenha ou alentejanoide - de importação) não é a rudeza que, em meu entender, melhor o define: é a manha - Uma certa solércia mediterrânica que remonta ao mítico fundador da cidade.
Filho da Graça, sei bem do que falo. O Ildefonso Caguinchas está aí para não me deixar mentir.
eehehhehe
Muito gosto do 28. Tens razão quanto à manha do Lisboeta.
Mas diz lá se é possível conhecer lisboetas sem andar no 28.
Não é. É uma arqueologia ambulante, pois.
Vou mais longe: devia fazer-se um teste. Todo aquele que não se arrepiasse de dignidade ao viajar no 28 devia ser, no mínimo, expulso da cidade. E, em caso de reincidência, abatido logo ali.
Tanto quanto vaso itinerante da alma alfacinha, o 28, Deus no-lo guarde e proteja, é parque móvel da mais pitoresca fauna da cidade. Por conseguinte, é mais grave do que isso Zazie: não é apenas conhecer lisboetas que não é possível sem andar no 28: é ser-se Lisboeta e, por arrasto, humano na sua plenitude.
Não ter nunca experimentado o 28 é estar ainda num estado larvar da evolução humanóide, segundo a fábula evolucioneida. Algures entre o insecto e o monotrémato.
:O))))
ehehehehe
Pois faço coro contigo
Ahaha! Vocês fazem-me rir! São muito pitorescos!
Mas só nesta lobotomia vigiada é que se tenta impor que as pessoas hão-de ser todas iguais, venham de onde vierem, tenham a cultura que tenham e sejam de que raça forem. E - atenção! - não é iguais perante a lei e justiça, mas iguais perante o pensamento subjectivo de cada um! Que é tanto mais absurdo quanto mais semelhante objectivo se pretender imposto sobre as gentes.
Curiosamente, um dos tipos de árabe do dragão, move mundos e fundos para que essa visão se realize no mundo, muito embora ambos os tipos resistam furiosamente a ela nos seus próprios territórios...
Mas não vejo mal nenhum entre uma aproximação entre os povos se isso for espontâneo e fruto de vontade genuína das pessoas. E nem vejo mal em que o Estado incentive e apoie quem quer fazer isso. Acho que é benéfico.
Agora, esta lavagem que dão hoje em dia, não. Prefiro os alemães bovinos, os ingleses agressivos, o português rude, etc; prefiro-os assim do que feitos fotocópias culturais cuja a única diferença é a marca de água do papel ou se a tinta vem da China ou do Vietnam.
Como disse em tempos um génio europeu: Os povos europeus complementam-se.
Ora está visto que se passarem a ser todos iguais, deixam de se complementar e passam todos a ter as mesmas qualidades e os mesmos defeitos.
Bom, eu serei então larva.
Nunca andei no 28, e conheço pouco de Lisboa.
O que conheci, não gostei particularmente.
Isto é, a cidade é bonita e agradável. Ou melhor, podia ser se fosse cuidada. Isso e a fauna que a habita também não me agrada, de uma forma geral.
Só por curiosidade. Qual é a sua cidade?
Será Constantinopla?
":OP
É Meca, é Meca!
":O))))))
Ehehe já sabia que ia perguntar isso!
É Atenas.
V. é grego otomano?
ehehehehe
Vá, diga lá.
Eu sou alfacinha de nascimento e de raízes maternas desde a fundação. Por via paterna sou morcona da Cedofeita.
E, por infância e memórias mais antigas, sou da terra onde esteve a girafa do Dali e da mesma da Paula Rego)
A Atenas, não é essa. É a nossa.
Qual Atenas?
A lusa.
Não faço ideia do que está a falar. Uma terra chamada Atenas, em Portugal? nunca vi.
É de Coimbra, é isso?
Ele disse Atenas??
Reverência e prostração!
A única cidade no mundo que chega aos calcanhares de Lisboa, ou vice-versa. Tanto faz.
Estamos plenamente de acordo quanto à amálgama de povos que querem mixordiar - uma espécie de Humanidade a martelo.
Agora, uma curiosidade, ó Mujahedin:
Diz o amigo que não vislumbra «mal nenhum entre uma aproximação entre os povos se isso for espontâneo e fruto de vontade genuína das pessoas». Pois, neste singular ponto, está plenamente em consonância com alguns dos indígenas típicos de Lisboa e do eléctrico 28 em especial: os carteiristas.
:O))
Pois é. Coimbra é lindíssima.
Ainda que eu preferisse viver em Guimarães.
Mas Coimbra é mesmo a Atenas lusitana.
aahhahahahaha
os carteiristas
":O))))))
Mas Coimbra é mesmo a Atenas lusitana.
Talvez. Hoje em dia, não sei quem ganha mais com a comparação... ou perde.
Dragão,
essa proximidade de que fala V. é mais afim à humanidade a martelo, do que à aproximação dos povos que falava eu.
Também querem martelar os povos assim, para mais facilmente lhes meterem a mão ao bolso. Depois, a proximidade entre povos deixa de interessar...
Mujahedin,
o Nietzsche dizia que a guerra é a higiene dos povos. Eu, que sou mais dado aos santos populares, arrisco melhor defini-la como a mais salutar (porque desopilante e arejada) das confraternizações. E vossências que é todo dado às selecções naturais devia concordar comigo, ou não?...
o Nietzsche dizia que a guerra é a higiene dos povos.
Ah pois é. Sobretudo para os vencidos - é uma "limpeza"...
Eu, por acaso, partilho mais da inclinação do Engenheiro: acho que a higiene à base de uma boas bordoadas de pau de marmeleiro é mais eficiente do que uma à base de morteiros de 81. Mas eu não sou filósofo...
A Zazie é que gosta muito dessas coisas. Ela que se pronuncie ao nível da filosofia.
A selecção natural é a sobrevivência do mais apto. Ora o mais apto não é necessariamente o mais forte ou o mais temerário. Mas se a guerra é a higiene dos povos, poderá muito bem ser também que o mais apto - portanto seleccionado - seja o que melhor saiba viver no meio da imundície... Até podíamos pegar nos tipos de árabes outra vez, indo por aqui. Agora pense...
Já pensei, repensei e continuo a pensar.
Como é evidente, no caso humano, a selecção natural não funciona (donde que a fábula evulodoide vai pró brejo). E porquê? Exactamente, porque há uma "selecção artificial" que se subrepõe à selecção natural.
Da mesma forma, no mundo actual, a "pseudo-guerra" consiste não na higiene mas na imundície dos povos. Estamos na ordem do mundo às avessas, ou seja, o mundo é a sua antítese - o mundo é imundo. Ou você não sabia que "mundo", na sua acessão originária, quer dizer "limpo", como mundificar significa "limpar", "purificar".
Faz mal em não se interessar pela filosofia. Há mais oxigénio cá em cima.
:)
Já pensei, repensei e continuo a pensar.
Pois faz V. muito bem! Eu tento fazer o mesmo.
no caso humano, a selecção natural não funciona (donde que a fábula evulodoide vai pró brejo) (...) porque há uma "selecção artificial" que se sobrepõe à selecção natural.
Não necessariamente, caríssimo Drago!
A evolução por selecção funciona, qualquer que seja a origem do processo selectivo. Aliás, é perfeitamente irrelevante. Do ponto de vista do processo, é apenas selecção. O que importa é quais os indivíduos seleccionados, e não como são seleccionados.
De facto, natural ou artificial é uma distinção que fazemos apenas para separar o que tem intervenção humana directa do que não tem. No fundo é tudo natural, pois que tudo vem, derradeiramente, da Natureza.
Quando V. diz que há uma selecção artificial que se sobrepõem à natural, diz bem. Mas isso não significa que o processo evolutivo seja posto em causa. Existe uma selecção. Como sempre existirá. É o que basta. A diferença é você ter um lobo ou um caniche. Ou um dingo.
Ou você não sabia que "mundo", na sua acessão originária, quer dizer "limpo", como mundificar significa "limpar", "purificar".
Não sabia, não senhor. Já estive a investigar! Gosto muito de saber a etimologia das palavras. Já por mais que uma vez estive para comprar um dicionário etimológico.
Quanto à filosofia, meu caro, não é tanto o não me interessar! Eu interesso-me por quase tudo. Esse é, talvez, um dos meus problemas.
Mas eu sou já produto da educação em lobotomia aplicada. Muito embora, por força das medidas minimizantes administradas por quem me criou, os efeitos sejam muito menos pronunciados do que em outros com menos sorte, eles existem ainda assim. Um deles é uma formação perfeitamente deficiente em, entre outras coisas, filosofia. Ora a obra filosófica é de tal forma vasta que suspeito ser extraordinariamente difícil e demorado adquirir a mesma formação auto-didacticamente do que a ministrada por um tutor competente. Mas tenho umas quantas obras na minha lista de leitura ainda assim.
Na questão da fusis e da tékne (o natural e o artificial) discordamos frontalmente.
Aliás, esse embrulho é absolutamente polémico e duvidoso. Vossência , pura e simplesmente, não consegue demonstrar, nem tem dados para isso, que o humano é estrito produto da natureza.
Conheço bem os argumentos científicos que me pode apresentar em defesa dessa tese, todos eles precários e todos eles desmontáveis em três tempos. Pura e simplesmente, não sabemos,. Continuamos à procura. Deixando de parte, naturalmente, as explicações de ordem religiosa.
Mas não deixa de ser engraçado como V. constata uma coisa completamente evidente na reslidade (por exemplo, no caso da actual psudo-guerra), e depois, condescende em deixar-se sob sequestro duma mera teoria cujos contornos ideológicos são vastamente reconhecidos.
:O))
Talvez seja défice de conhecimento filosófico, mas não compreendo como se poderá considerar que o Homem não seja produto estrito da Natureza, descontando as explicações religiosas... Concordo consigo que continuamos à procura, e que a ciência não explica o Homem, na sua dimensão de ser consciente.
Quanto ao estar sequestrado, confesso que nunca me ocorreu encará-la dessa perspectiva. Para mim, a ideologia que a possa instrumentalizar é irrevante para a validade da teoria. E até admito que não seja "a" explicação. Aliás, seria pedântico não o fazer... Mas posso-lhe garantir que funciona no abstracto. Posso porque o constatei pessoalmente, e posso fazê-lo quando quiser.
Acho que, embora provavelmente não seja a explicação definitiva, essa, se eventualmente encontrada um dia, passará certamente por aqui.
Dito isto, embora não seja crente, não sou nenhum jacobino. Longe disso. Mais, não deixo que nenhuma ideologia estorve o meu entendimento do mundo e da verdade. As ideologias devem servir as pessoas e não o contrário. E aqui faria até a distinção entre ideal e ideologia. Para mim é o ideal, os.valores, que importa respeitar e cultivar. As ideologias são, quanto muito, ferramentas para tal. Os valores são intemporais. As ideologias devem adequar-se aos tempos e às gentes, geralmente falando.
Mas é por isso que gosto de por aqui andar. É certamente refrescante para mim ser desafiado como V. e outro(a)s me desafiam e questionam! É o escape à lobotomia.
Bem hajam por isso!
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