domingo, junho 17, 2012

Multidões e massas


«Assim, não é com argumentos racionais que se sublevam as multidões. Por meio de crenças, elas serão sempre dominadas. Bastante poderosa para lutar contra a natureza e escravisá-la algumas vezes, a razão não possui a força suficiente para edificar crenças ou triunfar delas.
Destruidoras algumas vezes, frequentemente criadoras, irresistíveis sempre, as crenças constituem as mais formidáveis forças da história, os verdadeiros sustentáculos das civilizações. Os povos jamais sobreviveram muito tempo à morte dos seus deuses.»

. Gustave Le Bon, in "As opiniões e as Crenças"


É justo considerar a crença como um dos mais importantes geradores da força motriz das multidões. Mas convém nunca menosprezar a aleivosia. Vou mesmo mais longe: quando a multidão, a partir do século XX, se converte em massa, a primeira cede quase todo o empreendimento à segunda.

5 comentários:

zazie disse...

Olha aí, rapaz. Retira o itálico ao teu comentário ao Le Bon que vale mais do que o dele.

dragão disse...

Mas o dele também está bem esgalhado. Aliás, o tipo é engraçado. O Freud, por exemplo, montou nele. E o Hitler, os comunistas, os sionistas, etc, não têm feito outra coisa senão comprová-lo na prática. :O)

zazie disse...

ehehehe

Pois é.

Anónimo disse...

A ele e ao Georges Sorel das "reflexões sobre a violência". O fundador do PCP, Manuel Ribeiro, e o líder do nacional-sindilaismo luso, Rolão Preto, elogiavam-nos e assumiram as influências de ambos.

Anónimo disse...

ops... nacional-sindicalismo