domingo, março 13, 2005

A Apologia da Humilde Puta

Não pude deixar de reparar numa declaração peremptória que o Clark 59 lavra no seu estaminé. Proclama ele, apoditicamente:
"Gosto de mulheres. Não gosto de putas."

Bem, ó Clark, gostos não se discutem. Portanto, não vamos discutir.
Mas não haverá contradição na afirmação? Será que as putas não são mulheres?
Há mesmo um amigo meu que, sobre tão candente assunto, já chegou ao requinte de me expor o seguinte prognóstico:
-"Não tenhas dúvidas, Dragão... Homem para ser homem tem que saber explorar a puta que há na mulher e descobrir a mulher que há na puta."
Não preciso de especificar qual foi a besta autora de tão grandessíssimo aforismo, pois não?...

Em todo o caso, esta é uma questão de capital importância, capaz de originar os mais descabelados cismas. E também digna, no mínimo, duma reedição melhorada e alargada da "Crítica da Vazão Pura".

Ah, e tem ainda mais uma coisa...
A fazer fé na qualidade dos filhos, as piores putas até nem são aquelas que - usual, árdua e honestamente - passam por tal.

4 comentários:

Anónimo disse...

o remate final está digno de um Fídias...

Anónimo disse...

o remate final está digno de um Fídias...

Anónimo disse...

o remate final está digno de um Fídias...

Anónimo disse...

o remate final está digno de um Fídias...