Porque é que que WC. BUsh vai ganhar, de certeza absoluta, as próximas eleições americanas?
Porque Luís Delgado e Vasco Pulido Valente acabam de vaticiná-lo. Nem mais. E contra isso, não há argumentos; nem a história nem o destino têm a mínima chance. Aliás, quer a História, quer o Destino acabam, precisamente, de se pronunciar pela voz dos seus porta-vozes de serviço.
É, pois, mais que óbvio: é fatal, é inexorável, não restam dúvidas. Até escusavam de organizar as ditas eleições e perder todo um ror de tempo e dinheiro desnecessários.
É que uma coisa são jornalistas, outra são áugures, profetas, adivinhos. Os primeiros, por encomenda, às três pancadas, emitem opiniões; os segundos, sibilantes, obscuros, revelam, transmitem, anunciam decretos e desígnios superiores, precisos, celestes.
Para o efeito, Luís Delgado terá recorrido a uma das muitas técnicas que domina: consultou as vísceras duma galinha preta; Vasco Pulido, em contrapartida, mas não menos eximiamente, debruçou-se sobre uns quantos búzios sorteados e presságios voláteis. A unanimidade do auspício é garantia reforçada.
Gente assim, duma tal sapiência prognoseológica, é um tesouro nacional. Devíamos era seguir as sábias tradições antigas: tratar de cegá-los o quanto antes, para lhes refinar a vidência futurística e, sobretudo, para evitar que fujam ou alguma tribo rival e invejosa no-los roube!...
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