Devo dizer que à eutanásia, e ainda mais que ao genocídio libertador (vulgo "democratização"), prefiro o "assassínio como uma das belas-artes". Isso e o empalamento de turcos, como o grande Vlad, com requintes de génio, elevou aos píncaros da performance e da escultura proto-surrealista. A interacção Bosch/Vlad e Vlad/Bosch nunca foi limpidamente determinada (acabei de inventar, mas sou capaz de defender isto contra qualquer mentecapto da academia, com uma perna às costas e um braço ao peito).
Mas, entretanto, não quero deixar de contribuir para o rilhafoles em cena, deixando aqui duas minudentes sugestões em prol do enriquecimento das causas fracturantes (e subsequente coro palrador em catadupa, com patrocínio das fraldas Pavlov)).
Pois a ideia catita (e também supimpa todos os dias) chega-nos da Suécia, esse baluarte da civilização protestante e da social-democracia para incontinentes legais.
Os autores são os donairosos (e aposto que louros) jotinhas (a LUF) do Liberal People's Party lá do sítio (grafo em anglomusino porque embora saiba escandinabo na ponta da língua, não me apetece). E que desarrincaram eles lá do recesso das meninges?
Registem e difundam: a legalização do incesto e da necrofilia. Legalização ou despenalização, conforme preferirem.
A necrofilia acaba por ser a mais engraçada. E faz todo o sentido. Pois se uma pessoa já pode doar órgãos do seu cadáver para prorrogar a vida, ou seja , para adiar outros cadáveres, tem toda a lógica e legitimidade que possa também doar os órgãos sexuais do seu cadáver para que outros cadávers adiados possam praticar o coito nas suas diversas formas. Coito e preliminares, presumo. E reparem que não há sequer o risco de engravidar. Nem o stress angustiante com a sincronização de orgasmos. Ou os perigos inerentes a certas acrobacias kamasutricas...
Não sei porquê mas já estou a ver a Servilusa a disponibilizar um serviço de buffet erótico para pervertidos (pervertidos na dupla acepção, quer o debaixo que não se mexe, quer o de cima que arfa e geme com volúpia). Tudo isto, bem entendido, num caixão-alcova - um esquife com espelhos na tampa e gadgets temáticos nas ilhargas, assim a atirar para a cama de casal. A menage a trois será sempre uma oportunidade de negócio para as funerárias e a necrofilia cumulada de incesto, até prova jurídica em contrário, também não será de descartar.
Julgo que tudo isto será passível de IVA a 23%.
8 comentários:
Não esquecer o impacto do necro-sexo no turismo. Aplicando os multiplicadores do Centeno isso dá por ano qualquer coisa como...é só fazer as contas.
Pois, ora bem, se fosse eu legalizava a necrofilia para os vickings. Com um decreto regulamentar,porém.
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Um regulamento que obrigasse o corpo do defundo a um pousio de, digamos, uns 15 dias antes de poder ser usado para os devidos de efeitos.
Se, mesmo assim, houvesse pessoal disponível para a prática, elaborava um segundo decreto regulamentar e suspensivo, encaminhando os candidatos a consultas medicas a fim de lhes limpar as narinas. A probabilidade de sofrerem de rinite ou sinosite era gigantesca.
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Rb
O Tutancámon que se cuide!
Phi
Mas pensando bem, oh, grande coisa. Até parece, que já não somos necrofiliados até ao tutano. Ora é o Soares por cima, o Aníbal de lado, e o Guterres por baixo...
Phi
Caro Draco,
Desculpe mais um off topic, mas venho abusar do seu conhecimento enciclopédico do assunto, enquanto não retoma as Acromiomancias:
Li neste post uma referência ao memorial do Marcello Caetano de 1962 apresentado no famoso Conselho Ultramarino desse ano: http://malomil.blogspot.pt/2016/02/a-porta-do-federalismo-colonial.html
O Caro Draco sabe algo sobre esse documento ou onde o poderei arranjar para além da Fotobiografia do Baltasar Rebelo de Sousa? É que não encontro o livro em nenhum lado, na Bertrand dizem-me que não há stock e em alfarrabistas não o tenho visto. Estava com curiosidade para compará-lo a algumas ideias exploratórias atribuídas ao Franco Nogueira sobre o desenho constitucional do Ultramar.
Miguel D
É só "cartas" viciadas.
Mas esqueceu-se de referir a última sanguessuga do baralho, um "ás" costas. :)
JJB
Miguel,
Esse cromo é difícil. Se por acaso, nas minhas peregrinações subterrâneas, deparar com ele, aviso-o. Tenho que rebuscar no quarto escuro, onde habita o caos e o reino pré-Cronos, mas tenho quase a certeza que não existe lá.
Quanto à Acromiomancia não desespere. Rebenta aí um dia destes. Afinal, Abril já não tarda. E eu tenho a Guerra para revisitar, afinal o cerne de toda a questão. O tempo é que não é muito.
Muito obrigado, Dragão
Miguel D
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