quarta-feira, março 30, 2016

Corruptus dei




Diz-se por aí que o Brasil está com um caso agudo de Sorosite. Alguns detalhes ilustrativos aqui.

Não percebo grande espingarda da política brasileira. Se calhar também não há muito para perceber. Que salta à vista que aquilo é uma mescla mais ou menos anedótica de  carnaval e telenovela, parece-me óbvio. Que para obviar ao saque doméstico se acabe a instalar o mega-saque internacional também é a lei actual dos esquemas. E o passo seguinte na engrenagem. O querubim justiciante lá do sítio há-de ter as costas bem quentinhas dum hálito protector e proteseico. E tem para muitos e bons séculos (os trinetos ainda andarão nisso) : combater a corrupção no Brasil deve ser como combater o défice em Portugal. O que vale é que se trata, como refere o articulista em epígrafe, apenas da "corrupção má". Sim porque isto da corrupção é como tudo na terra: há a boa e a má. Aliás, um pouco como os genocídios e bombardeamentos industriais. O tal querubim, tudo o indica, deve obrar para a "boa". Podemos até imaginar para essa tal obra descomunal um nome catita: corruptus dei.
Em todo o caso se o tal Bat-esbirro (parido de novela da Globo) acabar a remover a Vilma (dos neo-flinstones) mais o pachorrento Lula, e, de caminho, a dar um bom motivo para se varrer a tal democracia da tanga, não serei eu a verter lágrimas. Só espero que os militares não vendam aquilo ao desbarato tão depressa como os da "corruptus dei". O único óbice a todo este meu wishful thinking é que a "corruptus dei" não dorme - ao mesmo tempo que dissemina o caos nas ruas, vai também erradicando, a desastre de avião, as hipóteses reais dum alternativa de nova ordem brasileira. O Agneli foi a semana passada, com a família toda. O Eduardo Campos foi nas últimas eleições, para a Marina Silva (da Soros Inc) ascender à rampa de lançamento. Gente capaz e vertical não interessa. Apenas corruptos. Mas dos bons.


PS: A propósito deste circo fui estudar a política dos nossos irmãos transatânticos. Fui dar com um valhacouto extremamente pedagógico. Chamam-lhe a "Nova direita" brasileira. Ao tomar atenta nota das características, reconheci não apenas uma série de espécimes ungulados que em tempos vieram aqui grunhir-me nas caixas de comentários, como outro detalhe ainda mais espantoso: que a nova direita brasileira é muito idêntica à nova direita portuguesa. Ou seja, a nova direita brasileira é...americana. Do norte.
Depois conto em pormenor. Até porque é sempre um prazer espicaçar aquelas chocas.

17 comentários:

separatista-50-50 disse...

Vontade de combater 'golpeadores' que andam por aí... não é apontar 'milagreiros'... mas sim reivindicar/criar:
- MAIS CAPACIDADE NEGOCIAL PARA OS CONTRIBUINTES/CONSUMIDORES!
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Ao não reivindicarem mais capacidade negocial... os contribuintes/consumidores estão otariamente a colocar-se a jeito dos lobbys que pretendem aplicar 'Golpes Palacianos'...
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Ora, o contribuinte não pode ir atrás da conversa dos parolizadores de contribuintes - estes, ao mesmo tempo que se armam em arautos/milagreiros em economia (etc), por outro lado, procuram retirar capacidade negocial ao contribuinte!!!
Mais, quando um cidadão quando está a votar num político (num partido) não concorda necessariamente com tudo o que esse político diz!
Leia-se, um político não se pode limitar a apresentar propostas (promessas) eleitorais... tem também de referir que possui a capacidade de apresentar as suas mais variadas ideias de governação em condições aonde o contribuinte/consumidor esteja dotado de um elevado poder negocial!!!
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Caso 1:
O CONTRIBUINTE TEM QUE SE DAR AO TRABALHO!!!
-» Leia-se: o contribuinte tem de ajudar no combate aos lobbys que se consideram os donos da democracia!
---»»» Democracia Semi-Directa «««---
-» Isto é, votar em políticos não é (não pode ser) passar um cheque em branco isto é, ou seja, os políticos e os lobbys pró-despesa/endividamento poderão discutir à vontade a utilização de dinheiros públicos... só que depois... a ‘coisa’ terá que passar pelo crivo de quem paga (vulgo contribuinte).
-» Leia-se: deve existir o DIREITO AO VETO de quem paga!!!
[ver blog « http://fimcidadaniainfantil.blogspot.pt/ »]
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Caso 2:
CONCORRÊNCIA A SÉRIO!!!
Não há necessidade do Estado possuir negócios do tipo cafés (etc), porque é fácil a um privado quebrar uma cartelização... agora, em produtos de primeira necessidade (sectores estratégicos) - que implicam um investimento inicial de muitos milhões - só a concorrência de empresas públicas é que permitirá COMBATER EFICAZMENTE A CARTELIZAÇÃO privada.
[ver blog « http://concorrenciaaserio.blogspot.pt/ »]

Anónimo disse...

Главлит em propaganda kabalistica

Vivendi disse...

"Con el liberalismo y el socialismo, los judíos, dueños de las riquezas del mundo, envenenan a todos los pueblos, pervirtiendo su inteligencia y corrompiendo su corazón. Gran beneficiario de la revolución liberal burguesa ha sido el judío. La declaración de los derechos del hombre y del ciudadano se iba a convertir en la declaración de los derechos del judío. No se puede demostrar que la Revolución Francesa, que abrió la puerta de la sociedad a los judíos, haya sido obra directa de ellos. Sin embargo, ellos tuvieron gran parte en el éxito de esta revolución".

-Julio Meinvielle, El judío en el misterio de la historia.

muja disse...

Mais uns:

http://libertoprometheo.blogspot.com/2016/03/o-que-pode-vir-depois-do-impeachment.html
http://libertoprometheo.blogspot.com/2016/03/normal-0-21-false-false-false-pt-x-none.html

dragão disse...

Desconhecia o sítio. Agradeço a dica. Achei imensa piada à expressão a "seita do Olavo" (que o declarante terá conhecido por dentro)... Essa sífilis mental também já por cá anda.
Qualquer porcaria serve para os copistas de serviço. Até escantamentos requentados!...

:O)

muja disse...

É um sítio curioso. Se um mero salazarista já passa por utópico fantástico do V Império imagine-se estes que preconizam o regresso ao, nem mais nem menos, Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves!


dragão disse...

Os tipos aceitam matrículas? Alisto-me já.

dragão disse...

Deus çlhe pague , ó Muja. Já me fez ganhar o dia. Só titinha lido o artigo, mas depois fui remirar o blogue.
Rebolei-me com as aventuras e desventuras do Olavo e as olavettes... Olhe só este trecho:

«Pouco depois da paródia levada a cabo pelo degenerado Allan dos Santos, discípulo do agente provocador, ocultista e maçom Olavo de Carvalho, outra discípula tresloucada do astrólogo campineiro omiziado nos EUA protagonizou uma tentativa de linchamento de Dom Odilo Scherer em plena missa, apelando ao odioso rótulo “comunista”, tal e qual o mestre ensinou. Este, é bom lembrar, não apenas acusou Dom Odilo de ser comunista como até o excomungou, o que pode parecer estranho para muitos, mas não é se lembrarmos que Olavo de Carvalho, ou melhor, Sidi Muhammad Ibrahim, já excomungou o actual Sumo Pontífice.»

ahahahaha
(não querem lá ver que a zazie, à boleia do scaner-men, deu também em olavette!...)

Já me doi a barriga.

muja disse...

:)

Vivendi disse...

O Prometheo é sem dúvida um bom blog. (há muito referenciado na minha lista de blogs).

E a causa olavista não passa mesmo de uma seita de inspiração americanóide ao conservadorismo básico e completamente protectora do sionismo.

https://www.youtube.com/watch?v=fkc3vA0uXU8


O lugar natural de Portugal é dentro do Império.

muja disse...

Sim acho que foi pelo Vivendi que fiquei a conhecer o sítio.

Vivendi disse...

Criticando a visão pós-moderna de que a missão civilizadora das potências ocidentais era malévola, Ferguson considera que é sempre necessária a existência de um império que “crie e defenda as condições sem as quais os mercados não podem funcionar: paz e ordem, as regras do Estado de direito, um governo livre de corrupção e uma política financeira e monetária estável, que ao mesmo tempo assegure serviços públicos como infra-estruturas de transporte, hospitais e escolas que, de outro modo, não existiriam”.
O autor vai mais longe na sua crítica aos “anti-imperialistas” de índole marxista, notando que os mesmos não querem defender a “liberdade”, mas sim uma visão utópica da realidade que os factos e os dados não confirmam. Pelo contrário, a realidade mostra que o imperialismo pode ser a melhor forma de se defender a liberdade: “O melhor argumento a favor de um Império é sempre o da ordem. A liberdade é, naturalmente, um objectivo mais nobre. Mas só os que não conhecem a desordem é que não compreendem que a ordem é a condição prévia da liberdade”.

http://jornaldiabo.com/internacional/em-defesa-dos-imperios/

Afonso Albuquerque disse...

Vivendi: essa é precisamente a acção de Salazar relativamente à Ordem e a razão desta sua declaração. Era de facto um homem de elite.
"Nós somos anti-liberais, porque queremos garantir estas liberdades, enquanto que o liberalismo nos privou de algumas das que nós possuíamos e se mostrou incapaz de nos assegurar aquelas que teríamos podido obter. "

Vivendi disse...

Correcta e interessante observação.
E complemento com mais alguns pensamentos:

"Aquém, a autoridade que cria a ordem e a ordem que condiciona a liberdade; além, a liberdade, tomada no vago, no absoluto, e desprendida de todo o condicionalismo social, a liberdade até aos paroxismos da anarquia".

"A garantia das liberdades essenciais permite “a tranquilidade da ordem”, que significa a paz pública".

"As liberdades ilimitadas destroem-se a si próprias."

"A ordem não é produto espontâneo das sociedades mas filha da inteligência e da autoridade"

Maria disse...

Salazar tinha carradas de razão nesta afirmações. Admiráveis e valiosas transcrições, Vivendi. Parabéns.

muja disse...

Hmm, eu cá desconfio sempre de historiadores... Ainda para mais se não passarem por marxistas - antes o diabo que se conhece e tal...

Vede bem que o sujeito defende os impérios que já lá vão para justificar a permanência daquele que os veio substituir.

Ora, já Salazar dizia mais ou menos: que nos interessa a defesa do ocidente [da liberdade, etc, etc] se Portugal desaparecer no processo?

Que nos interessa o império americano depois de ter mandado às urtigas o nosso?

Hei-de tecer-lhe loas quando passar ao mesmo estado daqueles aos quais agora esse historiador as tece. Até lá, só se perdem as que caírem no chão.

dragão disse...

Faço minhas as palavras do Muja, e ainda acrescento:

Este Ferguson está a fazer um exercício básico de ciganice prós do costume. Até porque o actual "imperialismo americano" já nem americano é na essência e modus operandi. Comparar sequer o anterior americano ao Britânico (que destruiu) e se arrogou como sucessor é um exercício bastante audaz. Em todo o caso, estas ginásticas do "pensamento por atacado" (que o imperialismo é igual em toda a parte, e em todas as datas, ou o capitalismo, ou o socialismo) já sabemos o que revelam e onde conduzem. É a chamada táctica muito lojista do embrulho.

Finalmente, além dos impérios não serem todos iguais, o nosso império surgiu na segunmda metade do século XIX/princípio do século XX por imposição da moda colonialista em voga. Para o que nos interessa, à altura da Guerra Ultramarina, já não se tratava da defesa dum império, mas da defesa duma nação - pluricontinental, pluriétnica. O território ultramarino era tão Portugal como a Metrópole e era enquanto tal que se impunha a sua defesa e era entendida a sua agressão. Durante os anos sessenta, travaram-se batalhas sucessivas na ONU e impôs-se esse conceito. Aliás, o direito internacional não tinha como contornar isso. O Hawai é tão americano como o Texas; ainda hoje, Gibraltar ou as Malvinas são entendidas como território e população britânica. De resto, no fim dos anos 60, a comunidade internacional (aquela que conta) estava praticamente conformada à ideia. Só nos diziam: se vocês aguentarem no terreno, o mais difícil já está feito. E estava.

Hoje em dia, especialmente para aqueles que se batem pelos valores corrompidos e usurpados pela estrangeirada interna e externa, esse património não pode ser deitado ao lixo. Não era a defesa do Império (até porque não tinhamos capacidade - em todos os seus segmentos necessários - para defender um Império) que nos ocupava: era a defesa da Nação. Era em solo português que se vertia sangue português - de portugueses brancos, negros, mulatos, europeus, africanos, goeses e macaenses (e conheci oficiais condecorados de todas estas proveniências).
E isto não se discute. Honra-se. Ontem, hoje e sempre.