Se há portugueses que ainda me merecem respeito e admiração são os pescadores e agricultores deste país. Em qualquer das classes, o quotidiano oscila entre o heroísmo e o martírio.
A situação difícil porque passam muitos destas pessoas, no entanto, é facílima de resolver. Em primeiro porque nem sequer são empresários - esse título salvífico está reservado para os urbanolálios da paróquia. Ora, aquela gentinha do campo e dos mares não passa duma catrefa de brutos e pacóvios que não domina a nova língua dos inefáveis cabedais - como aquele monhé que presidia à PT e tantos outros da mesma lucilante extracção. Em segundo, porque não sendo empresários da mais fina estirpe, não entendem as astrologias e delicadezas do mercado, pelo que se expõem fatalmente aos piores dissabores e naufrágios financeiros. Assim, o melhor que têm mesmo a fazer é fechar a loja e virem actualizar-se, o quanto antes, na internet e respectiva rede de esgoto sociais, sobre as formas assépticas, inodoras e desembaraçadas de criar valor e atrair investimento, ganhando, no entretanto, graças ao pedal invisível, competitividade zinha . Não custa nada. Sentam-se a ler os trolls estrangeirados que escrevem e os trolls estrangeirados que repetem.
Rapidamente, perceberão que tudo isto é muito natural, lógico e perfeito. Chama-se o Mercado a funcionar. Como quando se levantaram sanções imbecis e bloqueios aos russos, ou se lançou o caos na Ucrânia e no Médio Oriente. É o mercado a funcionar. Ou seja, o mercado ultimamente anda com tendências suicidas: auto-estrangula-se e mutila-se. Droga-se. Ceva-se na depressão crónica. Já se sabia que não regulava lá muito bem da caixa dos pirulitos, mas isto, ultimamente, já reclama camisa de forças e um quartinho almofadado.
PS: Esta "Europa" só serve a dois luxos inúteis: os burrocratas da EURSS e os burrolatras domésticos.
2 comentários:
Estamos lixados. E o quinto império, tarda em aparecer.
Já nos apontaram o caminho, falta-nos é tomates, denunciar esta treta em que vivemos, e dizer ás senhoras quem são os cavalheiros......pode-se dizer doutra maneira...
Ainda não sei se esta Europa está mais próxima do aborto ou da eutanásia.
Tenho sérias dúvidas mesmo.
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