«- Sabes porque é que os americanos ficaram com os pretos e nós com os alentejanos?
- Não.
- É óbvio: porque os americanos escolheram primeiro.»
Esta anedota é tremendamente injusta para os ciganos e, na verdade, a genuína, a que corresponde fidedignamente à realidade, vou contá-la já de seguida. Mas antes disso, há uma sequela desta que acaba de me ocorrer. Ora registem:
« (...) -Ah, e sabes tu porque é que os americanos escolheram os pretos?
- Bem... não.
- É que quem escolhesse os pretos levava de bónus os judeus.»
Postas as anedotas fassistas, vamos ao que interessa. Mesmo agora andam para cima de trezentos tornados a escaqueirar o centro dos Estados Unidos. Todos os anos, furacões são às dezenas. Tempestade de gelo são mais que muitas. Enxurradas e inundações perde-se-lhes a conta. Pois bem, não obstante tudo isso, mais os pretos e o respectivo bónus, os States lá vão na crista da onda. Superpotentes e contentes da vida. Mega-rotos da banca, mas, não obstante, armados até aos dentes e dando-se ares de grandes proprietários globais. Donde se pode destilar, não a anedota, repito, mas a cristalina realidade:
- Sabem, vossências, porque é que os americanos ficaram com as catástrofes naturais e nós com os políticos democráticos da loja dos trezentos?- Pois. O costume: eles, filhos duma grande senhora de vida fácil, escolheram primeiro.
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