Antes de me debruçar -devidamente munido de luva, máscara e pinças - sobre as últimas herpebacias do Pinóquio e da Bruxa, mai-los respectivos apaniguados, papagaios, adesivos e demais coalescências moles, convém que recapitule quanto à situação geográfica de todo este amalgamório populacional:
O problema de Portugal já é mais grave, mais perigoso e mais profundo que a simples epiderme política e respectivas maquilhagens. A questão já ultrapassa a política: é ontológica. É o próprio ser ou não-ser de Portugal que está em causa. Agravado dum fenómeno sobretodos inquietante: abundam os que se prontificam a dar litros de saliva pela pátria, mas não se vislumbra vivalma disposta a dar uma gota de sangue que seja.
Dir-se-ia toda uma gente que nem duma ejaculação germinou, mas dum escarro. Se bem que igualmente precoce.
Naufragou o último dos impérios europeus... num mar de cuspo.
E fui benevolente, em primeira instância, quando escrevi império: na verdade, é uma tirania. Da taramela e do bandulho.
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