Dizia Chamfort, com ampla pertinência, que é “de desejar a preguiça dos maus e o silêncio dos tolos”. Transposto para esta nossa vil época, em que os maus vivem num afã permanente e os tolos rabiam numa algazarra constante, sentir-nos-emos, então, tentados a dela dizer que, mais que muito, deixa praticamente tudo a desejar.
Como suportar um tal manicómio? O mesmo Chamfort, por sinal, tem uma receita deveras atractiva: “a melhor filosofia, com respeito à sociedade, consiste em aliar o sarcasmo da satisfação à indulgência do desprezo”. Só tem um problema: cria habituação.
Como suportar um tal manicómio? O mesmo Chamfort, por sinal, tem uma receita deveras atractiva: “a melhor filosofia, com respeito à sociedade, consiste em aliar o sarcasmo da satisfação à indulgência do desprezo”. Só tem um problema: cria habituação.
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