Esta notícia, que fala da integração de «500 alunos autistas ou com multideficências no próximo ano lectivo, em unidades especializadas das escolas», é muito intrigante. Se eles já são autistas e multideficientes não deviam ser dispensados de ir à escola? Não será isso desnecessário e redundante? Isto é, se a função actual da escola, em triplo tandem com a televisão e as bestas dos pais, é transformar indivíduos normais em autistas e multideficientes, que raio lá vai fazer quem já está naturalmente instruído e deformado? Não deveriam antes encaminhá-los directamente para estágios na política, nos jornais, nos conselhos de administração ou nas repartições públicas?
Para um país que se diz pobre, o que mais aqui se erige é monumentos ao desperdício. E ao absurdo.
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