Pergunta: Quem é NORIO HAYAKAWA
Resposta: Consultem o Google. Posso adiantar que é capaz de ser divertido.
Em Fevereiro de 2005, o Norio (não confundir com o Noddy) concedeu uma série de depoimentos solenes intitulados "MY THOUGHTS ON "UFOs" AND MY PERSONAL RELIGIOUS BELIEF", onde, a determinada altura confidencia (em resposta à inefável pergunta: Do you believe in the coming Rapture and in the coming Millenial Reign of Christ?) :
Por amor de Deus, não subestimem a lógica científica, religiosa, poética, ou o quer que seja, dum tal arrazoado. Não caiam de asneira de pensar que estamos diante dum simples maluquinho. Muito provavelmente, o actual presidente da maior potência militar ao cimo do planeta, um tal de George W. Bush, tem convicções e fantasias em tudo convergentes com este senhor.
Mas, além de peregrino do Armagedão, Norio, no cumprimento de louvável coerência, é igualmente um "surfer do Apocalipse". Do alto da sua prancha bendita, após leituras e augúrios decifrados nos puzzles celestes, expõe a diplomacia americana para o próximo quadriénio:
E logo de seguida, não é de modas:
Estes anseios são naturais em alguém que se imagina predestinado à salvação e à recompensa eterna, garantida e peremptória por via duma catástrofe planetária. Não podemos levar-lhe a mal, nem ser muito severos com ele. Uma tal esquizofrenia também pouco mais é que inócua ao nível dos israelatras alucinados cá da paróquia. Eventualmente, nos intervalos da vigília compenetrada dos meteoros, padecerão de idênticas visões elitistas e redentoras.
Para ser sincero, acho que apenas nos devemos preocupar um bocadinho no caso de sida mental desta, além destes pobres diabos, também já infectar a manada ao nível do cockpit. Aí, confesso: com todos aqueles arsenais e malucos associados à mistura, ainda é de temer alguma desgraceira das grandes. E se pensarmos que nos últimos anos outra coisa não têm feito que semear, cultivar e catalisar doidos semelhantes do lado oposto, alguns a soldo, outros nem tanto, é caso para repetir a frase mais recorrente aos sábios desde a noite dos tempos:
Pobre humanidade! Pobre planeta!...
Pobre humanidade! Pobre planeta!...
Afinal, no jogo do ódio e da violência são essenciais duas partes. Ambas em furiosa competição para ver qual delas é mais estúpida, fundamentalista e obcecada. Por outras palavras: mais desvairada e perversa diante do espelho.
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