terça-feira, junho 27, 2023

Oximorologia para Totós 1. Democracia liberal

 Democracia liberal não é apenas um oximoro: é uma imundície semântica. Do estilo "excremento higiénico", ou "bosta sabonete". Não estamos unicamente ao nível da contrafacção do conceito, mas da sua completa perversão. Não se trata, como a fantasia lexical poderia sugerir, do poder pelo povo, mas do mistificar, explorar e ordenhar o povo em nome do povo. Não é autocracia, na exacta medida em que é xeno, cripto e alocracia. É como infiltrar um vírus num computador ou num organismo e depois clamar que a disfunção ou a doença constituem a forma mais "natural", "justa" e "civilizada" de operação ou existência.

De resto, o liberalismo, nem nos princípios nem nas vocações, partilha de quaisquer intuitos democráticos, entenda-se, igualitários. Bem pelo contrário: prequela e caldo de cultivo bacteriológico do darwinismo, é a lógica do "mais apto" - traduzido no truísmo retronutriente do "sucesso económico" - a sua força motriz. Juntamente com o seu gémeo do outro lado do espelho - o marxismo, reduz o homem ao mero come&caga, miniaturizando-o a um estrito sujeito de economias e mercados. Na vida normal, o mercado é um local onde o ser humano gasta uma parte da manhã em aquisições necessárias ou meramente convenientes à sua subsistência e conforto. Na fantasia liberal ascende a ídolo canibal, presidente de orgias místicas e sacrifícios humanos, tema principal e exclusivo de amuletos, totens e esconjura-espíritos.

A democracia serve de cavalo ao enxerto do liberalismo. Quer dizer, fornece apenas a raiz a uma copa produtora de frutos completamente exóticos e esquisitos. Donde resulta, no topo da trampolinice política, a célebre máxima: " a democracia (liberal, entenda-se) é o pior de todos os sistemas políticos, excepto todos os outros". Manifesta, assim, a sua essência intrinsecamente maligna: o Bem está de todo fora da equação. Nem sequer é possibilidade. Não há opção. Apenas pode, o otário, escolher, eleiçoando ficticiamente, entre o mal e o mal menor. Ora, este não haver alternativa digna desse nome, mas apenas uma fatalidade vitalícia, hermética e concentracionária, que convida à resignação, à indiferença e à monotonia, é exactamente o avesso - mais até que o oposto - daquilo que, em tese, se impinge e trafica como "democracia". Para os liberais, de todas as espécies e virulências, o Bem é uma utopia. E o bem comum mais que todas as outras. Nem o estado é pessoa de bem, nem a pessoa de bem é entidade que sequer exista ou possa ser pensada. Todos são filhos da puta que se regem,  exclusiva e compulsivamente, por apetites, caprichos e interesses pessoais, tanto mais dignos de louvor e delegação expedita de poder quanto a sua fortuna pessoal o - em absoluto - justifique. E só não são todos filhos da puta por igual, porque, precisamente, a filha da putice é, na sua degradação infra  de todos os valores e axiomas civilizacionais, uma descese (ascese invertida) - extrema e radicalmente - elitista. Quando se trata de escavar túneis e galerias na bosta, não existe mega-burgesso que não se fantasie em trâmites e frenesins de Papa. É que, além de ultra-elitistas, são igualmente ultra-instantâneos: saltam da superstição para a Religião Única enquanto o diabo esfrega um olho. O cego, seguramente... avaliando pelo teor e fedor da transmutação. Um exemplo vivo? George Soros; mais democrata e liberal é difícil.

Por outro lado, a "democracia liberal" permite-se ser imune a todas as ideologias. Não as combate: absorve-as. Não as condena: apenas se projecta venenosamente nelas consoante as conveniências do momento. Aquilo que em si é virtude, uma vez transposto e afixado nos outros devém mácula hedionda, horror inexpiável: populismo, racismo, belicismo, imperialismo, etc, etc. Prestem apenas atenção aos alvos das sucessivas assuadas propagandeiras.

8 comentários:

Vivendi disse...

O liberalismo anda com o olho bem aberto e à caça:

https://globalextremism.org/portugal-grupos-de-odio-e-extremistas-de-extrema-direita/?fbclid=IwAR3Jy-Bt9E5_hdxakb_i4JidAwC2bZxCSeAu39IfCFZr-iWCUR9fyNHN99E

Dos gambozinos fascizóides..



Vivendi disse...

https://www.noticiasaominuto.com/pais/2349415/muito-preocupante-quais-os-13-grupos-de-extrema-direita-em-portugal

Anónimo disse...

Estimado Dragão,
O post fez-me lembrar Frédéric Bastiat: L'État, c'est la grande fiction à travers laquelle tout le monde s'efforce de vivre aux dépens de tout le monde.
ao

Figueiredo disse...

Por falar em "democracia" liberal penso que já aqui fiz referência, se não estou em erro, que a grande quantidade de Estrangeiros que estão a ser deslocados para Portugal - um País onde não há trabalho, sub-desenvolvido, e miserável - tem como objectivo substituir os Votos em falta da Abstenção que representa a imensa Maioria dos Portugueses.

O esquema consiste em dar a nacionalidade Portuguesa, seguida de subsídios ou um emprego de fachada, e em troca o Estrangeiro terá de votar.

Isto é mais do que óbvio mas as pessoas, não sei porquê, têm dificuldade em lá chegar e depois acreditam nas mentiras que os liberais/maçonaria (PS, CDS, BE, CH, L, IL, PCP, PAN, PSD, e indivíduos/grupos que se apresentam como "nacionalistas", "patriotas", "oposição", ou "identitários") vão espalhando para confundir e ocultar a verdadeira intenção, como por exemplo: «...eles vêm fazer o trabalho que os portugueses não querem...», «...substituição populacional...», «...eles vêm contribuir para a nossa economia...», ou «...os portugueses não querem trabalhar...».

Tudo isto é mentira, por isso partilho aqui no Dragoscópio a seguinte ligação referente às declarações do sr. Alex Steier, fundador da «Mission Lifeline International» organização não-governamental (ong) que se dedica ao tráfico de Seres-Humanos:

- 'Abra as fronteiras!' - Para derrotar o partido AfD, a Alemanha deve trazer mais migrantes e dar-lhes direitos de voto imediatos

Fonte: https://rmx.news/article/open-the-borders-to-defeat-the-afd-party-germany-must-bring-in-more-migrants-and-give-them-immediate-voting-rights-claims-founder-of-migrant-rescue-boat-ngo/

Os Portugueses têm de perceber a importância e a força de não ir votar e da Abstenção.

Votar é manter o criminoso, corrupto, e anti-democrático, regime liberal/maçónico imposto pelo golpe de Estado da OTAN em 25 de Abril de 1974 e a ilegítima Constituição de 1976.

Desde 2009 que a Presidência e os Governos não têm legitimidade, perderam sempre as Eleições para a Abstenção que venceu todos os Actos Eleitorais, e é isso que deixa os liberais/maçonaria em pânico, porque assim este regime tirânico, criminoso, corrupto, e degenerado, não tem razão de existir e como tal deve implodir.

Não se deixem enganar pela falsa oposição como por exemplo o Partido Chega (CH) ou o Partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) e grupos políticos ou indivíduos que aparecem na Internet ou por aí, a dizer que são "nacionalistas", "patriotas", "identitários", ou "oposição"; como diz o Sr.º Dr.º Alberto João Jardim:

«...Desde um extremo ao outro do espectro partidário português, estes partidos são todos iguais no seu conservadorismo de regime. Fingem se combater uns aos outros, só para enganar os Portugueses mais distraídos.
Porém, estão alinhados, todos e ainda que em estilos diversificados, sob as mesmas
batutas que controlam a imposição do sistema político-constitucional ainda vigente...»

Fonte: https://www.aofa.pt/rimp/PR_Alberto_Joao_Jardim_Documentacao.pdf

Ou ainda:

- Porque é que os judeus estão a liderar os movimentos nacionalistas alternativos e "brancos"?

https://christiansfortruth.com/jews-are-leading-the-alt-right-white-nationalist-movements/

Figueiredo disse...

«...é a lógica do "mais apto"...»

O liberalismo é uma contradição, uma imposturice, e a sua sociedade não promove o mais apto, o mérito, o mais capaz intelectualmente e fisicamente, a honestidade e transparência, a justiça, a beleza, e a liberdade, mas sim os mais medíocres, a maldade, a tirania, escravatura, desigualdade, intolerância, desumanização, a trapaça, a inveja, os complexos de inferioridade, degeneração, e o roubo.

Veja-se o caso de Portugal que em 49 anos de regime liberal/maçónico produziu uma massa de gente com o 12º ano, licenciatura, mestrado, ou doutoramento, que possui elevados índices de iliteracia e ignorância, sem perfil e conhecimento para desempenhar funções nas áreas em que se formaram, e isto para não falar que adquiriram essas habilitações através do facilitismo que se instalou nas Escolas e Universidades Públicas ou então comprando as mesmas em estabelecimentos de ensino ou universidades privadas.

49 anos de regime liberal/maçónico e Portugal é um País sequestrado pela ladrocracia (expressão criada por Alain Soral), com uma sociedade medíocre, parola, estagnada, vazia, sem Valores, sem Tradição, sem Identidade, sem Liberdade nem Soberania, com um Povo escravizado por uma minoria.

Anónimo disse...

Figueiredo, já estás bêbado outra vez, cabrão.

passante disse...

> nem a pessoa de bem é entidade que sequer exista ou possa ser pensada

Bem visto. A alma negra do liberalismo - a projecção de que "o outro" é um sacana igual.

Acreditam na danação das almas, mas não na sua redenção.

passante disse...

> nem nas vocações, partilha de quaisquer intuitos democráticos, entenda-se, igualitários

Ultra pertinente, aqui temos os platonistas por excelência, prontos a aldrabar o vulgo com uma "nobre mentira" dos "reis-filósofos".

O Platão original levou uma corrida em osso do tirano de Siracusa, que não estava para aturar disparates.

Mas agora que a publicidade é tão barata (obrigado Gutenberg, Marconi, etc.) já está ao alcance de qualquer palerma aldrabar largas quantidades de gente, e os palermas aí estão em força, aldrabando até mais não.

Não nos vamos livrar deles sem criminalizar a publicidade. ("Arrenego, isso nunca!").