(Dresden, 14 de Fevereiro de 1945)
Os mortos não-obra de anglo-saxónicos – da inquisição, dos comunistas, dos nazis, do Vlad, o Empalador, dos Hunos, dos Mongóis, dos Sérvios, etc – não param de aumentar. Mesmo depois de mortos, a cada novo estudo, monografia ou revisão, duplicam, pululam, multiplicam-se a olhos vistos. O que começa por ser um milhão, dez anos depois já ascende a cinco ou seis. Inesperadas valas comuns, apurados registos tétricos, recentes prospecções necrolíferas irrompem a cada esquina e ampliam a macabra colheita.
Em contrapartida, os mortos por via das forças civilizadoras, liberalizantes, democratizantes dos anglo-saxónicos, do Império Britânico ao Americano, passe a redundância, diminuem a uma velocidade ainda maior. Se em 1950, os civis alemães exterminados em Dresden com bombas de fósforo orçavam pelos 200.000, a contagem mais recente, na viragem do milénio já só recenseava 25.000 cabeças. Dez vezes menos. E quem diz Dresden, diz Hiroshima, Indonésia, América Latina e outras limpezas que tais . Dir-se-ia que depois de desaparecerem da face do planeta, refundem-se agora da face das estatísticas.
Somos compelidos a extrair uma conclusão lógica disto tudo: há mortos que, na verdade, não estão bem mortos, uma vez que se reproduzem. E há outros que ainda menos mortos estão, uma vez que se escafedem para parte incerta. Andarão a monte? Certo é que ressuscitam às centenas a cada ano que passa.
Em contrapartida, os mortos por via das forças civilizadoras, liberalizantes, democratizantes dos anglo-saxónicos, do Império Britânico ao Americano, passe a redundância, diminuem a uma velocidade ainda maior. Se em 1950, os civis alemães exterminados em Dresden com bombas de fósforo orçavam pelos 200.000, a contagem mais recente, na viragem do milénio já só recenseava 25.000 cabeças. Dez vezes menos. E quem diz Dresden, diz Hiroshima, Indonésia, América Latina e outras limpezas que tais . Dir-se-ia que depois de desaparecerem da face do planeta, refundem-se agora da face das estatísticas.
Somos compelidos a extrair uma conclusão lógica disto tudo: há mortos que, na verdade, não estão bem mortos, uma vez que se reproduzem. E há outros que ainda menos mortos estão, uma vez que se escafedem para parte incerta. Andarão a monte? Certo é que ressuscitam às centenas a cada ano que passa.
No entretanto, alegremo-nos: afinal, parece que há mesmo vida para lá da morte.
11 comentários:
ehehehe
Este foi outro delicioso.
hehehe!
Foi só este blog reabrir para os yankees quererem desamparar das lages. Eles que vão fabricar a democracia para outras paragens (de preferência na terra deles).
Vamos lá reconstruir a alma de Portugal, Dragão.
A alma está boa, parece-me. Carece, porém, de publicidade.
E reconciliação.
Zazie, já perguntou sobre a origem da "iluminação" dos outros tipos?
Dresden, e ainda pior Hamburgo, é um exemplo contundente q prova q um doente a liderar um povo ou um país só lhe pode trazer a desgraça.
.
Que sirvam de exemplo os mortos àqueles q passam a vida a cultuar assassinos. Acefalos seguidores da besta. Adoradores do bode.
.
Deus ter-nos-à dado cabeça para pensar. Idolatrar o Mal e fazer da maldade a virtude tem consequencias.
.
Rb
"...yankees quererem desamparar das lages. Eles que vão fabricar a democracia para outras paragens"
.
... e só na eventualidade de precisarmos deles é q podem regressar.
.
Tem piada. É q foi no regime do senhor doutor q as lages foram cedidas aos bifes e depois aos gringos.
.
Hei, na volta é adepto de uma base para russos ou chineses. Talvez seja. Não me admirava nada. São regimes q parecem colher simpatias por aqui.
.
Rb
Entretanto na gringolandia a vida corre pelo melhor. Aquilo está a bombar forte e feio. Tudo cheio. Lojas, restaurantes. O Ford f-150 tem reservas para 6 meses de produção. A gasolina a 45 cêntimos.
.
A despesa a baixar. Excedentes a ressurgir. Divida a cair. Um bando de socialistas, em suma.
.
O único senão, é q a porra de um copo de vinho (por acaso era grego) custa 16 dólares.
.
Rb
Como neste blogue se diz w o colapso económico está eminente (ha anos), não quis deixar de dar testemunho que as coisas, afinal, por estes lados, correm pelo melhor.
.
Rb
Ah, a pergunta.
Pois era para te perguntar se sabes se o nome das Luzes (século das luzes; luzes da Razão) que foi empregue pelo abade Dubos e depois por kant, deriva ou não dos Illuminatti.
Ou seja, se o Kant sabia dessa ligação à teoria da luz de tradição gnóstica que foi perdurando, inclusive pela Idade Média e se adoptou o termo por essa via.
Tudo isto aacontece ao mesmo tempo que o Desaguliers funda a primeira lógica maçõnica em Inglaterra.
O Hogarth sabia e ele foi maçon mas também gozou com tudo aquilo.
E fez esta brincadeira: http://www.britishmuseum.org/research/collection_online/collection_object_details/collection_image_gallery.aspx?assetId=1488065&objectId=3050631&partId=1
Portanto, a minha dúvida é de onde vem esse nome- as Luzes; o iluminismo e se na altura tinha ou não tinha essa ligação.
Aqui vê-se melhor.
Ele era tramado e um excelente "repórter" da época.
http://freemasonry.bcy.ca/anti-masonry/gormagons.gif
Enviar um comentário