Caso não saibam, existe um Top Ten dos mais horrendos genocídios (como sabemos, há genocídios humanitários, por contraposição aos horrendos - Hiroshima, por exemplo; a recente guerra do Iraque ou a Irlanda pelos Ingleses, etc). Passo então a trancrever o tal Top, por ordem crescente e em estilo Pop Music, para amenizar o horror da coisa:
10. " Amalekites and medianites", pelos Ihavé Boys (número de discos indeterminado; várias reedições com imenso sucesso na actual Palestina, Uma colectânea comemorativa, pelo menos, a cada ano que passa. Imensos clubes de fãs por todo o mundo)
9. «Don't cry for me North-Korea", por The great-Leader (número incerto de discos, muitas cópias piratas, ao que parece)
8. »Goodbye Ethnic-germans", por Vengeance and The winners (500.000 a 2.000.000 discos - alguns eventualmente roubados)
7. « India break-dance", por Marabunta (1.000.000 discos)
6. « Tootsi twist", pelos The Hutus (1.000.000 discos)
5. « Armenian rhapsody», pelos The turks (1.800.000)
4. «Cambodja", por Khmer Wild (2.000.000 discos)
3. «Gas, gas, gas", por Litle Adolph & The Death Trains (11.000.000 discos vendidos - mas apenas 6.000.000 creditados como genuínos)
2. « Nobody loves me", por Oncle Joseph & The Gullags (20.000.000 discos vendidos)
1.. « China Grill», por Maomoto & The band of Four (entre 45 e 70.000.000 discos, eu sei que é um pouco vago, mas a culpa é do mercado negro)
Menções honrosas ainda para o incidente de Cartago, o genocídio dos norte-americanos pelos emigrantes europeus (a primeira punição em larga escala pelo delito de xenofobia), as peregrinações de Gengis Khan, uns despovoamentos avulsos na Namíbia e, claro, o desentendimento entre Sadham e os kurdos.
Agora, perguntarão vossências: então mas como é que o disco de Litle Adolph, tendo vendido bastante menos que o de Oncle Joseph ou de Maomoto, tem tão elevado conceito e merece tão especial celebração por todo o mundo civilizado (havendo mesmo quem o classifique como Sgt Peppers do Genocide Rock)?
Acho, e parece-me óbvio, que será porque tem mais tempo de antena na rádio e integra, por um qualquer critério ubícuo deveras misterioso, as play-lists de todas as estações emissoras com maior audiência. Não é o que vendeu mais, mas é, seguramente, aquele que toda a gente, de tanto ouvir, já sabe trautear de cor. Já nem parece uma música: mais lembra um jingle publicitário... ou um verdadeiro massacre cerebral..
13 comentários:
Os marxistas culturais são quem controlam a música que o povão ouve.
ahahahahahahah
Este top está delicioso
Já agora:
http://viriatosdaeconomia.blogspot.pt/2015/01/o-revisionismo-historico-uma-vergonha.html
O revisionismo histórico: uma vergonha ocidental
A Rússia não foi convidada para as celebrações que hoje tiveram lugar na Polónia. A cegueira, a manipulação e a má-fé de que hoje deram provas os governos envolvidos nesta triste como indigna encenação - os EUA, a Grã-Bretanha, a Polónia e até o regime de Maidan - abriram portas, legitimando-a, qualquer teoria revisionista que trate de refazer a história em benefício de agendas escusas. Foi um erro tremendo, um insulto à verdade amplamente documentada, um grosseiro atentado contra o bom nome do ofício historiográfico.
É sabido que foi a URSS que venceu militarmente o III Reich. Não fossem os 20 milhões de russos caídos nos campos de batalha, a Alemanha teria saído vitoriosa da contenda. Não fossem os russos, os Aliados não teriam molhado uma bota nas praias da Normandia. Coube aos russos destruir 75% do potencial militar alemão, como lhes coube travar as maiores e decisivas batalhas do conflito.
Os Aliados bombardeavam indiscriminadamente, arrasando e calcinando por meios aéreos metade da Europa; aos russos coube palmilhar cada metro de terreno, assaltar e tomar cada bastião, cada cidade e vila do Leste e Centro da Europa. Dos 2 milhões e seiscentos mil alemães caídos nos campos de batalha, 2,124,352 foram causados pelo Exército Vermelho, contra 516,757 causados pelos Aliados ocidentais. Mais, coube ao Exército Vermelho tomar 80% dos campos de concentração existentes na Alemanha e territórios ocupados ou em países do Eixo (Roménia, Hungria, Eslováquia, Croácia).
O delírio e a mentira compulsiva parece terem tomado os últimos vestígios daquilo que foi em tempos o chamado Mundo Livre. Vergonha, a nossa, em colaborar com tamanho insulto.
Miguel Castelo Branco
O Miguel Castelo Branco engana-se.
Os russos receberam colossal apoio americano durante toda a guerra, desde material de guerra - tanques e aviões, armas e munições - passando por coisas mais estranhas - comboios, fábricas e refinarias inteiras, material agrícola - até ao bizarro - pianos e cachimbos - e finalizando com o incompreensível: segredos atómicos e as placas de impressão da moeda de ocupação na Alemanha.
Tudo isto ao abrigo do Lend-Lease Act, através do qual a URSS recebeu apoio americano no valor de 14 mil milhões de dólares.
De facto, não só o trabalhador americano permitiu à URSS ganhar a guerra, como pagou todo o seu subsequente desenvolvimento industrial.
Mais, através desse programa foram transmitidos os segredos atómicos - papéis, esquemas, e "ingredientes" - que permitiram aos soviéticos detonar o primeiro engenho nem meia dúzia de anos depois dos americanos.
Os soviéticos obtiveram - a primeira e única vez que tal aconteceu - do Tesouro americano as placas de impressão da moeda de ocupação e podiam imprimir quanta quisessem, para ser convertida pelo Tesouro americano em dólares. Estima-se que tal tenha custado muitas centenas de milhões.
Leia-se o "Major Jordan's Diaries" do Major George Racey Jordan sobre este assunto: My reason for writing this book is very simple: I would like to keep the record straight. I want to put in permanent form the full story of my experiences as a Lend-Lease expediter and liaison officer with the Russians during the war, when I served for two crucial years, from May 1942 to June 1944, both at Newark Airport and at the big air base at Grand Falls, Montana.
Quanto à questão do território, mais engano: os aliados poderiam ter investido em direcção à Europa Central a partir da Itália. Não o fizeram por razões que continuam por explicar. Isto é, se se não considerar a subjugação comunista da Jugoslávia como razão suficiente.
De resto, é sabido que foi Eisenhower quem travou a progressão dos exércitos anglo-americanos, para deixar o resto aos russos, como estava combinado. Aliás, não só isso como os soldados tinham ordens para abater quem quer que quisesse passar as linhas para escapar do avanço soviético. Muitos russos fugidos foram novamente entregues aos soviéticos pelos aliados sob o pretexto de considerar prisioneiros de guerra o que eram, realmente, refugiados e exilados.
Eisenhower diga-se, que obteve algumas promoções fulgurantes sem experiência de combate, foi pupilo de um tal Bernard Baruch.
Se os Aliados - mas os soviéticos não eram dos Aliados agora? - bombardeavam indiscriminadamente, as hordes soviéticas às quais foi deliberadamente entregue metade do continente europeu palmilharam, de facto, cada metro de terreno. Depois de assaltar cada cidade e vila, assaltaram as mulheres - 48 horas de Plunderfreiheit - naquilo que foi, provavelmente, a maior violação em massa da história da humanidade, incitados desde Moscovo por um tal Ilya Ehrenburg - dos Lhavé boys - que os exortava a não poupar nem sequer os fascistas por nascer! Ehrenburg recebeu o prémio Stalin da Paz em 1953.
A verdade, portanto é muito diferente: os soviéticos ter-se-iam certamente despenhado logística e economicamente face aos alemães, sem os 14 mil milhões em material americano que receberam. Mais do que isso, mesmo que lograssem obter a vitória, nem teriam obtido o território que obtiveram, nem estariam em condições de continuar como país industrializado.
Porém, confunde-se muito a União Soviética com a Rússia. Como se uma fosse o mesmo que outra. Não é.
A Rússia, enquanto foi Rússia, ontem e hoje, teve governos russos.
Não se pode dizer o mesmo da União Soviética.
A prova, de facto, é simples: enquanto a Rússia foi Rússia, e hoje que o voltou a ser, não houve Lend-Lease acts... antes pelo contrário.
Foi a União Soviética que recebeu apoio colossal americano. Porquê? O Baruch, um tal Alger Hiss (boy "adoptado", por um certo Felix Frankfurter) e um Harry Dexter White e o resto dos boys, saberão com certeza...
Percebo e até acho louvável a intenção de Castelo Branco, mas devia preocupar-se antes com Portugal, porque os russos já têm lá valoroso defensor da causa deles. A opinião que merecem a esse defensor as cerimónias religioso-laicas em questão é evidente pela sua participação nelas: nula.
Evitava assim Castelo Branco a inverosímil posição de implicitamente defender o jugo soviético sobre os russos, imputando-lhe feitos cuja responsabilidade lhe não pertence e, o que é pior, imputando-lhe os sacrifícios que injustamente infligiu e fez infligir ao povo russo.
O diário de Jordan:
http://www.sweetliberty.org/issues/wars/jordan/01.html
20 milhões: http://en.wikipedia.org/wiki/Taiping_Rebellion
Curiosamente pouco conhecida.
(Quase tão pouco falada como o passar a ferro dos independentistas filipinos, que "só" custou 0.2 milhões: http://en.wikipedia.org/wiki/Philippine%E2%80%93American_War )
Muja,
Observo e saliento os seus comentários como um complemento aprofundado sobre a máquina.
Pelo que sei do Miguel Castelo Branco este também coloca o povo russo acima de qualquer regime. E a história é inegável, foram milhões de russos que deram o corpo ao manifesto.
Está bem, não é isso que está em causa. Mais alemães ainda o fizeram, e muitos franceses e ingleses e outros normalmente mais esquecidos - magrebinos, canadianos, australianos, e neo-zelandeses, indianos, etc.
A questão é que se não pode cair na asneira de pensar que a União Soviética ganhou a guerra sozinha. Ou me engano muito ou o único país que desde aí tem recebido apoio que sequer se assemelhe é Israel...
Agora - como dizia o outro - pensa...
E mais uma vez volto a dizer: a União Soviética não era governada por russos. Não era a verdadeira Rússia.
A prova disso é que esta Rússia não tem nada que ver, pois tem a dignidade admirável de não renegar o seu passado. A bandeira soviética desfila, nas paradas militares, logo depois da bandeira actual, assim como a bandeira imperial.
Imagina tal coisa a acontecer na União Soviética (ou qualquer outro país sob jugo semelhante)?
Ah! E deixe lá os meus comentários e vá ler o livro.
Garanto-lhe que não leu coisa mais interessante sobre a 2ª GG.
E convém não esquecer outro detalhe interessante: quem mais colaborou com a industrialização/mecanização russso/soviética até 1942 foram os...alemães. A troco de matérias primas.
"a União Soviética não era governada por russos. Não era a verdadeira
Rússia."
Não, não era.
Acontece o mesmo agora com a Republica Democrática Portuguesa, não é governada por portugueses e este não é o verdadeiro Portugal.
Ressalta destes posts o cuidado, a correcção, a lhaneza, com que têm sido escritos.
Coisa rara nestes tempos.
Cumprimento os autores e agradeço colocarem dados reais no blog.
Quem tem amigos, ó Dragão?
Prova que Vexa merece consideração.
eao
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