sexta-feira, janeiro 30, 2015

Da Coacção soberana


«Geopoliticamente, a América é uma ilha ao largo da grande massa continental da Eurásia, cujos recursos e população excedem de longe os dos Estados Unidos. A dominação por uma única potência, por qualquer das duas principais esferas - Europa ou Ásia-, é uma boa definição de perigo estratégico para a América, com guerra fria ou não. Tal agrupamento teria a capacidade de ultrapassar economicamente a América e, no final, militarmente. Seria necessário resistir então a esse perigo, mesmo que o poder dominante fosse aparentemente benevolente, pois, se as intenções alguma vez mudassem, a América achar-se-ia com a capacidade de resistência efectiva bastante diminuída e uma crescente incapacidade para moldar os acontecimentos.» 

Henry Kissinger, in "Diplomacy", pp.709, trad. port. Gradiva 




Lendo isto, percebe-se muito bem o que os americanos andam a fazer na Ucrânia. O que não se entende é o que a Alemanha, com a Europa a reboque, lá faz. Quando o interesse da Alemanha e da França, especialmente,  seria precisamente o oposto, só se pode entender  a actual circunstância da seguinte forma: os governos da Europa não representam nem defendem os interesses dos seus próprios povos, mas são, isso sim, de alguma forma ou por acção de um qualquer dispositivo coercivo  obscuro, títeres de outros cordelinhos. Os mesmos, aliás, que manipula a "mão invsível" por detrás do aparato bélico americano. 

Só que convém perceber o real e completo significado de "bélico"...


«A coacção é hoje sinónimo de guerra, quer se caracterize pelo emprego da força militar, quer por uma qualquer aplicação de outros elementos do potencial nacional sem recurso ao emprego da força militar. (...)
As formas de coacção relacionam-se com os elementos do potencial nacional. Assim, a coacção pode ser exercida através de cinco formas principais: a coacção psicológica, a coacção diplomática (ou política externa), a coacção política interna, a coacção económica e a coacção militar. Esta classificação diz respeito aos meios empregados e não aos efeitos obtidos.
Estas formas de coacção podem ser empregadas isolada ou concorrentemente e, em qualquer dos casos, com diferentes gradações. A guerra diz-se total quando emprega todas as formas de coacção, embora tal não signifique que a acção militar seja nela a mais importante.»

- in Regulamento de Campanha - Operações, Vol I (do Estado Maior do Exército)




Os geostrategas de sofá acham que guerra pressupõe obrigatoriamente tiros, bombas e violência bélica. Como nos filmes onde cursaram e tiraram o brevet de think-tanquistas de alguidar. Na verdade, a coacção militar (aquela coisa com tiros e explosões) constitui geralmente um último recurso. Antes de irem lá dar tiros, onde quer que lhes contenda com a veneta, os americanos, por exemplo, exercem coacção psicológica (mass-media aos gritos), coacção diplomática (sanções na ONU, etc), coacção política interna (promoção de distúrbios, indução de protestos - revoluções primaveris ou coloridas) e coacção económica (sanções financeiras, bloqueios, proibição de exportações ou importações, expulsão de organizações internacionais, manipulações de mercado, etc, etc). Só depois disto tudo bem exploradinho é que avança o porta-aviões ou os F16. Neste momento os Estados Unidos estão em guerra com a Rússia em todos os departamentos de coacção, excepto na componente militar aberta. Pois, falta apenas esse detalhezinho para entrarmos na III Guerra Mundial. E só ainda não entraram nesse detalhezinho por causa de outro nada despiciendo: a capacidade russa em armamento nuclear estratégico. Os americanos estão também em guerra (actual ou potencial) com o resto do planeta, que se divide entre aqueles que são suavemente coagidos (como A União Europeia), e os que se encontram ou no estágio intermédio ou brutal de coação, conforme a respectiva atitude ou unilateral necessidade do superior e soberano interesse da potência hegemónica. Àqueles que se submetem mansamente à suave coacção, os americanos chamam aliados. Àqueles que exigem uma coacção brutal, chamam inimigos. Há apenas um com estatuto excepcional.

49 comentários:

Unknown disse...

Extraordinária sequência de posts e de comentários.
Ao Draco e também ao Muja, um muito obrigado

Miguel D

Euro2cent disse...

Os nossos donos são extraordináriamente hábeis, para seres humanos, mas são naturalmente falíveis, de formas também muito humanas e extensamente documentadas na história e literatura.

Mas quem quiser alargar um pouco a coleira devia começar por apontar àquilo que eles mais gastam para publicitar. Algum lucro daí tiram.

Vivendi disse...

Alguns pontos sobre a hegemonia americana:

Washington foi uma cidade inspirada a compasso e esquadro.

New York com a sua estátua de liberdade e Wall Street com os Pencudos.

Mais de 42 milhões de americanos são descendentes de imigrantes alemães.

Impõem uma filosofia para o mundo que mais não é do que obter benefício próprio.

Last but not least a sua indústria de guerra.


Vivendi disse...

"Há apenas um com estatuto excepcional."

China

Ricciardi disse...

Olha que se contínuas armado em besta levas no focinho.
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Se não fazes o q te digo tiro te a PlayStation.

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Voltas a chegar tarde e digo ao teu pai.
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Filho anda cá imeditamente e traz a tua orelha.
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Tiro te a semanada até voltares a estudar.

Como vê o dragao a coação é coisa banal que sempre existiu e existirá.
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Pressupõe sempre q um dos lados tenha superioridade. Moral, económica, militar.
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No caso dos EUA junta se o útil ao agradavel. Nem sempre é certo. Às vezes vão pela cobiça e pela gula e não pela moral. mas tem a capacidade de se corrigirem. De corrigirem atitudes menos morais. Outros países tem mais dificuldade neste domínio. A Rússia por exemplo.
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Rb

dragão disse...

Pois, Riciardi, por essa bela ordem de ideias não há problema. Quando os nazis estavam a coagir os seus semiprimos para os comboios, ou o nosso - perdão, meu - rei coagiu os sefarditas para o oceano, também estavam apenas a exercer uma "superioridade" moral, económica ou militar.
Aliás, a vantagem do mundo virtual é que vossência pode conversar comigo sems ecolocar ao alcance da minha pessoa fisica. Senão, com alguma velocidade, eu coagi-lo-ia à concórdia. Como? Ora, através da minha superioridade física, moral e militar. Vossência, provavelmente, tentaria amenizar a coisa através da sua "superioridade" económica. Mas descobriria, com alguma dor à mistura, que eu não sou nada subornável.
Conclusão, por reductio ad absurdum: a sua tese, além de errada na teoria, pode vir a revelar-se catastrófica na prática. Isto, se aplicada a pessoas. Imagine agora aplicada a países.
Todavia, como neste espaço mandam os meus valores, vossência é sempre bem vindo para opinar, discordar e contribuir. Considero-o até bastante estimulante, pela sua contumácia em certos preconceitos, ao meu "exercício" de kung-fu virtual. A mente também requer certas ginásticas.

zazie disse...

o nosso - perdão, meu

ehehehehe

Grande boca.

Ricciardi disse...

Bem pode vc exibir coletes de dinamite, meu amigo, que sem rastilho à altura não há retórica que lhe valha.
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Rb

Ricciardi disse...

«Quando os nazis estavam a coagir os seus semiprimos para os comboios, ou o nosso - perdão, meu - rei coagiu os sefarditas para o oceano, também estavam apenas a exercer uma "superioridade" moral, económica ou militar. »
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Exerceram, isso sim, superioridade militar. Por isso é que, neste aspecto especifico, é o seu rei. Não o meu, porque nesse caso a moral esteve ausente da decisão.
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De resto em 1996, note bem, 480 anos depois, julgou-se por bem revogar os éditos de expulsão que o seu rei efectuou. E agora, porque a moral deveio coisa mais importante do que força bruta cega e acéfala, julgou-se por bem repôr a imoralidade feita há 500 anos. Coisa simbolica, é certo, mas no caminho da decência.
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Por fim, o 'seu rei' e o 'seu chanceler' preferidos nunca serão o 'nosso rei' e 'nosso chanceler'.
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Por uma razão muito simples. As decisões que tomaram não me permitem abraça-los, muito menos idolatra-los.
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O seu chanceler é mesmo só seu e de mais ninguém. Lambuze-se nele.
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Rb

zazie disse...

Qual é então o "rei" que abraças?

Um só para exemplo e para que se perceba de onde vem essa superioridade moral.

Ricciardi disse...

Não abraço reis nem presidentes nem chanceleres. Abraço acções concretas de reis e de presidentes se estas estiveram em linha com a moral.
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O mesmo rei pode ser um perfeito nabo numas coisas e fantástico noutras.
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Precisamente porque não embarco em cultos ao homem. Isso é coisa dos extremistas de esquerda e de direita. Bem patente no culto a lenine, mao, mas tambem a salazar, hitler etc.
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Como podes facilmente constatar, tão depressa me vês a criticar Salazar numas coisas como a elogia-lo noutras. Não embarco no culto ao homem. A nenhum deles, tirando aquele que se fez carne há dois mil anos.
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Mas se queres saber em termos abstratos dou-te o exemplo do Dom Joao II.
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Um rei que até parecia judeu eheheh. O rapaz viu ali uma oportunidade de cobrar uns dinheiros para os judeus expulsos de espanha poderem vir para portugal. Foi, digamos, um tipo de esperteza que muitos acusam os judeus de o ser. Não satisfeito dei-lhe uns meses para sair. Como não arranjou navios para os fazer sair findo esse prazo, vende-os como escravos.
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Este rei teve esta esperteza de lucrar com a desgraça alheia, mas isso não lhe retira o mérito de ter sido um grandessimo rei. Dos melhor que já tivemos na parte dos desobrimentos.
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Já Dom Manuel era rapaz com coração e moral mais profunda. Ele tentou proteger os judeus, mas foi incapaz de o conseguir por causa das pressões da Igreja e de Castela. Fez no fundo o que lhe possível fazer.
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A diferença moral entre um e outro rei reside no caracter para o mesmo facto. O primeiro não o teve. O segundo tinha-o.
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Rb

zazie disse...

Olha só... boca esquisita para um defensor do sionismo.

E eu a pensar que abraçavas o bom do Ze'ev Jabotinsky ou o nosso dos 500 mil cruzados.

zazie disse...

Quanto ao D. João II acho bem.

Só acho é contraditório que defendas o primeiro que os expulsou e te atires ao que asneirou por ainda deixar entrar mais.

zazie disse...

Nos entretantos, já pensaste pedir a nacionalidade israelita ou eles são mais esquisitos que nós nessa cena da "prova pelo livrinho de família"?

dragão disse...

Este Riciardi a falar de moral é como uma puta, ainda por cima analfabeta funcional, a falar de virtude.



Ricciardi disse...

Não pensei, nem estou interessado em ir para lá. Ainda me cai um morteiro na testa.
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Por aquelas bandas basta-me o Dubai que não são nada de esquisitices nem se corre propriamente o risco de levar com um morteiro nas trombas.
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Nós é que estamos interessados em que 20% dos judeus de todo mundo possam ter acesso a dupla-nacionalidade portuguesa ou espanhola. Uma espécie de visto de platina.
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Até parece que já há um shark a querer investir no alentejo na agricultura. Só espero que não seja o o Soros com os seus investimentos em bio-combustivel, nem aqueles-outros dos transgénicos americanos.
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Mas venham eles e em força. Mais uns arranjos aqui e ali, numas casas deste e daquele judeu mais proeminente, e até se pode fazer do país um destino turístico interessante para judeus.
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Por aqui em angola o governo fez um acordo de dezenas de milhoes com israel para a mesma área.
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Os gringos estavam na corrida, mas perderam. Mas este acordo vai permitir a Angola evoluir bastante na agricultura e pecuária. Dizem até que se vai tornar um país exportador numa década.
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Já os chineses continuam na sua senda habitual. Sugar recursos.
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Rb

Ricciardi disse...

«...é como uma puta, ainda por cima analfabeta funcional, a falar de virtude.»
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Obrigado pela deferência e pelo tratamento cavalheiresco.
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Em todo caso, é sempre um prazer ler alguém entendido em questões de putaria. Se usasse aneis e um dente de ouro eu diria que parecia um verdadeiro pimp a falar. De se lhe tirar o chapéu. Mas tenho uma dúvida: Vejamos, uma puta desfuncional na virtude é uma redundancia, porque é precisamente pela funcionalidade no pecado que ele pode triunfar.
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Deixe-me dar-lhe um conselho. Como se fosse seu pai. E de borla. Olhe que não é para todos estas abébias.
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Pois aqui vai:
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- Fale de arvores homem. Fale de arvores que vc até percebe disso.
Não se meta a falar de coisas que lhe causam angustia. Deixe lá a pencuda e o esquentamento.
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Lembra-se daquela arvore (cujo nome me escapa) de que me falou cuja madeira dava para fazer instrumento de musica?
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Mandei vir uma em atenção ao vossa exa.. E ela mirrou. Não deu resultado.
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Acabou mesmo por morrer. O que é que vc acha, tem a ver com o clima ou será pelo facto de eu não estar ali a falar com ela e dar-lhe carinho? dizem que elas sentem isso.
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Rb

Ricciardi disse...

«...e até se pode fazer do país um destino turístico interessante para judeus. » Rb
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Já comento os meus próprios comentários. Mas é por uma boa causa.
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É que veio-me à cabeça uma cena. Imaginem um monte de judeus turistas em Portugal. O Dragão no ninho, a espreitar por entre os galhos, com olhos raiados vermelhos, e com uma fisga na mão a atirar aos cabrões vestidos de preto com trancinhas e chapelinho.
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A Zazie no meio deles no electrico não-sei-que-numero, a fazer de guia para o bairro alto e para cais do sodré... e a tirar o chapeu a um ortodoxo e a puxar a barbicha a outro com aspecto de sionista.
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E o Muja, perguntar-me-ão?
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Estava aflito, a clicar num botão repetidamente que teimava em não fazer faísca, perto do electrico turistico dos ortodoxos.
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Rb

zazie disse...

São uns ingratos.

Todos sionistas; todos portugueses, mas nem um beijinho repenicado num líder sionista ou no marquês.

":OP

Vivendi disse...

Henry Alfred Kissinger (nascido Heinz Alfred Kissinger; Fürth, 27 de maio de 1923) é um diplomata americano, de origem judaica, que teve um papel importante na política estrangeira dos Estados Unidos entre 1968 e 1976.

Kissinger foi conselheiro para a política estrangeira de todos os presidentes dos EUA de Eisenhower a Gerald Ford, sendo o secretário de Estado dos Estados Unidos (cargo equivalente a ministro das Relações Exteriores, no Brasil e de Ministro dos Negócios Estrangeiros, em Portugal), conselheiro político e confidente de Richard Nixon.

http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/40anos25abril/2014-08-23-henry-kissinger-achava-que-comunistas-iam-matar-mario-soares-em1975

http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/40anos25abril/2014-08-23-henry-kissinger-queria-golpe-de-estado-de-direita-em-1975

http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/40anos25abril/2014-08-23-desclassificados-documentos-secretos-dos-eua-sobre-verao-quente-de-1975

Vivendi disse...

Um judeu a combater outros judeus:

Fase VI: O declínio de Bretton Woods, 1968-1971

À medida que os dólares iam se acumulando nos países europeus e o ouro continuava saindo dos EUA, tornou-se crescentemente difícil para os americanos manter o preço do ouro a US$35 a onça no livre mercado de ouro em Londres e Zurique. 35 dólares a onça eram a base de todo o sistema, e embora os cidadãos americanos tivessem sido proibidos de possuir ouro em qualquer lugar do mundo desde 1934, outros cidadãos desfrutavam dessa liberdade de portar barras e moedas de ouro. Assim, uma maneira de os cidadãos europeus redimirem seus dólares em ouro era vendendo seus dólares por ouro a US$35 a onça no livre mercado de ouro de Londres e Zurique. Como a inflação e a depreciação dos dólares eram contínuas, e o balanço de pagamentos americanos seguia deficitário, os cidadãos da Europa e de outros continentes intensificaram sua conversão de dólares em ouro. Para manter o dólar a $35 a onça, o governo americano foi forçado a liberar o ouro de seu já decrescente estoque para assim poder manter o preço de $35 nos mercados de Londres e Zurique.

Uma crise de confiança no dólar nos livres mercados de ouro obrigou os EUA a efetuarem uma mudança fundamental no sistema monetário em março de 1968. A idéia era impedir que o inoportuno livre mercado de ouro voltasse colocar em risco o arranjo de Bretton Woods. Daí nasceu o "duplo mercado de ouro", em que o mercado de ouro era separado do seu mercado monetário. A ideia era que o livre mercado de ouro poderia ser completamente ignorado e ser completamente isolado da real ação monetária dos bancos centrais e governos mundiais. Os EUA não mais tentariam manter o preço do livre mercado de ouro em US$35; ele iria apenas ignorar esse mercado. Além disso, os EUA e todos os outros governos concordaram em manter o valor do dólar em $35 a onça para sempre. Os governos e bancos centrais do mundo não mais iriam dali em diante comprar ouro do mercado "externo" e não mais iriam vender ouro para aquele mercado; dali em diante o ouro iria se mover apenas de um banco central para outro. As novas ofertas de ouro, o livre mercado de ouro e a demanda privada por ouro iriam seguir seu próprio caminho, completamente separado dos arranjos monetários dos governos mundiais.

Conjuntamente a isso, os EUA fizeram grande pressão pela adoção de um novo tipo de reserva mundial de papel, os Direitos Especiais de Saque (DESs), os quais esperava-se que fossem substituir completamente o ouro e servir como o novo papel-moeda mundial a ser emitido por um futuro Banco Central Mundial. Se esse sistema fosse estabelecido, os EUA poderiam inflacionar eternamente sua moeda sem qualquer restrição, sempre em colaboração com os outros governos mundiais (o único limite seria uma desastrosa hiperinflação mundial e o colapso desse papel-moeda). Mas os DESs, intensamente combatidos pela Europa Ocidental e pelos países pró-moeda forte, se tornaram apenas um pequeno suplemento para as reservas monetárias dos EUA e de outros países.

Vivendi disse...

Todos os economistas defensores do dinheiro de papel, desde os keynesianos até os friedmanianos, agora estavam confiantes que o ouro desapareceria do sistema monetário internacional; uma vez removido o "suporte" dado pelo dólar - vaticinavam confiantemente esses economistas - o preço do ouro no livre mercado iria rapidamente cair para menos de US$35 a onça, e poderia até mesmo cair para um nível menor do que aquele estimado para o preço "industrial" (não-monetário) do ouro, que era de US$10 a onça.

Porém, ocorreu exatamente o oposto disso: o preço do ouro no livre mercado, que nunca esteve abaixo de US$35, se manteve constantemente acima de US$35, e já no início de 1973 subiu para US$125 a onça, uma cifra que nenhum economista defensor da moeda de papel acreditava ser possível apenas um ano antes.

Longe de ter estabelecido um novo e permanente sistema monetário, o duplo mercado de ouro conseguiu apenas ganhar tempo; a inflação e os déficits americanos continuaram. Os eurodólares se acumularam rapidamente, o ouro continuou a fluir dos EUA para outros países e o alto preço do ouro no livre mercado simplesmente revelava a acelerada perda de confiança no dólar. Esse sistema duplo levou rapidamente a uma crise - e à dissolução final de Bretton Woods.

Fase VII: O fim de Bretton Woods: papéis-moeda flutuantes, Agosto-Dezembro, 1971

A 15 de agosto de 1971, ao mesmo tempo em que impunha um congelamento de preços e salários em uma vã tentativa de controlar a explosiva inflação de preços, o presidente Nixon pôs um estrondoso fim ao sistema de Bretton Woods. Como os bancos centrais europeus estavam ameaçando redimir em ouro o máximo possível de seus inchados estoques de dólares, Nixon acabou completamente com o que restava do padrão ouro. Pela primeira vez na história americana, o dólar era totalmente fiduciário, sem qualquer lastro em ouro. Mesmo aquele tênue elo com o ouro, mantido desde 1933, estava agora definitivamente cortado. O mundo estava novamente mergulhado no sistema fiduciário dos anos 30, só que com um agravante: nem mesmo o dólar possuía mais qualquer ligação com o ouro. Novamente surgia no horizonte o temível espectro dos blocos monetários, das desvalorizações artificiais, dos conflitos econômicos e do colapso do comércio internacional e do investimento, com a depressão mundial que tais atitudes gerariam.

O que fazer? Tentando restaurar uma ordem monetária internacional sem qualquer elo com o ouro, os EUA levaram o mundo a implementar o Acordo Smithsoniano em 18 de dezembro de 1971.

Vivendi disse...

Fase VIII: O Acordo Smithsoniano,
dezembro, 1971 - fevereiro, 1973

O Acordo Smithsoniano, saudado pelo presidente Nixon como o "maior acordo monetário da história mundial", era ainda mais instável e infundado que o padrão ouro-câmbio dos anos 20 e que o sistema de Bretton Woods. Mais uma vez, os países se comprometeriam a manter taxas fixas de câmbio, só que desta vez sem o ouro ou alguma moeda mundial para servir de lastro. Além disso, muitas moedas européias foram fixadas ao dólar a paridades subvalorizadas; a única concessão dos EUA foi fazer uma insignificante desvalorização na taxa oficial do dólar, subindo-a para US$38 a onça. Embora tenha sido muito pequena e muito tardia, essa desvalorização foi significativa, pois desmoralizou uma série de pronunciamentos oficiais americanos em que o governo jurava que iria manter a taxa de US$35 eternamente. Ao menos agora reconhecia-se implicitamente que o preço de US$35 não era uma lei inviolável, esculpida em pedras.
Era inevitável que taxas de câmbio fixas - mesmo que dentro de zonas de flutuação mais amplas -, porém sem um meio internacional de troca, estivessem fadadas a um rápido fracasso. Isso era inevitável porque a inflação monetária e de preços, o declínio do dólar e os déficits do balanço de pagamentos dos Estados Unidos continuavam ocorrendo sem qualquer obstáculo.

O já inchado estoque de eurodólares, em conjunto com a inflação contínua e o fim do lastro em ouro, levou o preço do ouro no livre mercado para mais de US$215 a onça. E à medida que a sobrevalorização do dólar e a subvalorização das moedas européias e japonesas - sabidamente moedas fortes - foi-se tornando cada vez mais evidente, o dólar o sistema ia se tornando cada vez mais instável. Até que, finalmente, o dólar entrou em colapso no mercado mundial durante o pânico de fevereiro e março de 1973. Tornou-se impossível para a Alemanha Ocidental, Suíça, França e outros países de moeda forte continuar comprando dólares a fim de manter o dólar a uma taxa sobrevalorizada. Em pouco mais de um ano, o sistema smithsoniano de taxas de câmbio fixas sem o lastro em ouro havia desmoronado frente as dificuldades da realidade econômica.

sofreram o mais intenso, o mais constante e o mais prolongado período inflacionário da história mundial. (A figura abaixo mostra a evolução do índice de preços ao consumidor nos EUA. A partir de Bretton Woods, em 1944, já começa a haver uma aceleração, que é fortemente intensificada após o abandono completo do padrão ouro, em 1971).

Vivendi disse...

Fase IX: papeis-moeda flutuantes, março de 1973 - ?

Com o colapso do dólar, o mundo retornou a um sistema de moedas fiduciárias flutuantes entre si. Dentro do bloco ocidental europeu, as taxas de câmbio foram amarradas umas às outras, e os EUA novamente desvalorizaram apenas simbolicamente a paridade oficial do dólar em relação ao ouro, para US$42 a onça. Com a queda brutal e diária do dólar no mercado de câmbio, e a concomitante valorização do marco alemão, do franco suíço e do iene japonês, as autoridades monetárias - assessoradas por economistas friedmanianos - começaram a crer que esse era de fato o arranjo monetário ideal. É verdade que um excesso de reservas e crises súbitas no balanço de pagamentos não ocorrem constantemente em um mundo regido por taxas de câmbio flutuantes. Ademais, as empresas exportadoras americanas passaram a se beneficiar, pois a desvalorização do dólar fez com que os produtos americanos ficassem mais baratos no exterior.
É verdade que os governos continuavam intervindo nas flutuações do câmbio (a flutuação era "suja" ao invés de "limpa"), mas no geral parecia que a ordem monetária internacional havia se rendido à utopia de Friedman.
Mas rapidamente tornou-se óbvio que tudo estava longe de estar bom no corrente sistema monetário internacional. O problema de longo prazo foi que os países que possuíam uma moeda forte se recusaram a continuar passivos e ver suas moedas se tornarem mais caras e suas exportações prejudicadas em benefício de seus concorrentes americanos. Como a inflação americana e a depreciação do dólar se mantiveram, deu-se início (mais) uma previsível guerra econômica entre os países, com desvalorizações cambiais, controle de câmbio e de capitais, blocos econômicos, tarifas e quotas. Mais de imediato, porém, foi o outro lado da moeda: a desvalorização do dólar significou para os americanos um encarecimento das importações. Além disso, as exportações do país baratearam e se tornaram tão atrativas para os estrangeiros que os preços dos bens exportados aumentaram dentro dos EUA (já ficou famosa a inflação dos preços do trigo e da carne nessa época). A incerteza que acompanha as rápidas flutuações das taxas de câmbio pode ser paralisante e foi logo sentida pelos americanos com a forte queda do dólar ocorrida nos mercados de câmbio em julho de 1973.
Desde que os EUA abandonaram completamente o ouro em agosto de 1971 e estabeleceram o friedmaniano sistema de papel-moeda flutuante em março de 1973, os EUA e o mundo.

Vivendi disse...

Autor: Rothard

Artigo completo:

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=258

Ricciardi disse...

E o q é que o Vivendi tem a dizer sobre isso?
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Rb

Vivendi disse...

Que os judeus esticam a corda como ninguém.

E que no actual panorama mundial infelizmente a coisa está feia.

Nota: Sobre o autor, Rothard, aprecio apenas algumas análises económicas. O conceito de ética do autor está longe do meu.

Vivendi disse...

Que Judeus e Mouros se saiam destes Reynos, e nom morem, nem estem nelles. Porque todo fiel Christão sobre todas as cousas he obriguado fazer aquellas que sam serviço de Nosso Senhor, acrecentamento de sua Sancta Fee Catholica, e a estas nom soomente devem pospoer todos os guanhos e perdas deste mundo, mas ainda as próprias vidas, o que os Reys muito mais inteiramente fazer devem, e sam obriguados, porque per Jesu Christo Nosso Senhor sam, e regem, e delle recebem neste mundo maiores merces, que outra algua pessoa, polo qual sendo Nós muito certo, que os Judeus e Mouros obstinados no ódio da Nossa Sancta Fee Catholica de Christo nosso Senhor, que por sua morte nos remio, tem cometido, e continuadamente contra Elle cometem grandes males, e blasfémias em estes Nossos Reynos, as quaes nom tam soomente a elles, que sam filhos de maldiçam, em quamto na dureza de seus corações esteverem, sam causa de mais condenaçam, mas ainda a muitos Christãos fazem apartar da verdadeira carreira que he a Sancta Fee Catholica; por estas, e outras mui grandes e necessarias razões, que Nos a esto movem, que a todo Christão sam notorias e manifestas, avida madura deliberaçam com os do Nosso Conselho, e Letrados, Determinamos, e Mandamos, que da pubricaçam desta Nossa Ley, e Determinaçam atá per todo o mez d'Outubro do anno do Nacimento de Nosso Senhor de mil e quatrocentos e noventa e sete, todos os judeus, e Mouros forros, que em Nossos Reynos ouver, se saiam fóra delles, sob pena de morte natural, e perder as fazendas, pera quem os acusar. E qualquer pessoa que passado o dito tempo tever escondido alguu Judeu, ou Mouro forro, per este mesmo feito Queremos que perca toda sua fazenda, e bens, pera quem o acusar, e Roguamos, e Encomendamos, e Mandamos por nossa bençam, e sob pena de maldiçam aos Reys Nossos Socessores, que nunca em tempo aluu leixem morar, nem estar em estes Nossos Reynos, e Senhorios d'elles, ninhuu Judeu, nem Mouro forro, por ninhua cousa, nem razam que seja, os quaes Judeus, e Mouros Leixaremos hir livremente com todas suas fazendas, e lhe Mandaremos paguar quaesquer dividas, que lhe em Nossos Reynos forem devidas, e assi pera sua hida lhe Daremos todo aviamento, e despacho que comprir. E por quanto todas as rendas, e dereitos das Judarias, e Mourarias Temos dadas, Mandamos aas pessoas que as de Nós tem, que Nos venham requerer sobre ello, porque a Nós Praz de lhe mandar dar outro tanto, quanto as ditas Judarias, e Mourarias rendem.

El-rei D. Manuel I
Vila de Muge
5 de Dezembro de 1496

dragão disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
dragão disse...

Riciardi,
tenho uma ideia melhor para a sua fantasia:
Para a estrangeirada actual temos os tuk-tuques, ou lá o que chamam àquilo.
Para os seus semiprimos de arribação, arrranjavam-se uns em forma de cinzeiro motorizado para os conduzir ao Ausch-Ritz (especialmente construído, com todos os preceitos kosher, claro está). Aliás, corrijo: cinzeiros-rickshaw, isso sim; ecológicos, com tracção animal: vossência. Todo ufano, finérrimo e vaidoso pela honra. E nem precisava da Zazie para guia: Vossência corria e farejava por ali fora, ruas e travessas a eito, só parando ocasionalmente junto dalguma árvore indefesa, para fazer como faz aqui: alçar a perninha e aliviar-se.
Como exercício de amizade, é bizarro; como atitude cívica, é deplorável; como método de rega, é francamente desastroso.
Por conseguinte, seriam absolutamente inúteis quaisquer conselhos silvicultores que eu lhe pudesse dar. Mais vantajoso seria disponibilizar-lhe serviços de explicação de Língua Portuguesa, mas, mesmo esses, temo bem, redundariam improfícuos, pois burro não é o que não sabe; burro é aquele que, mesmo que tentem ensinar-lhe, não aprende.
Como analfabetismo funcional é isso mesmo: analfabetismo funcional, ou seja, ler e não saber interpretar o que está a ler.
Para os analfabetos funcionais criaram-se os chamados meios de comunicação social, onde os analfabetos funcionais, com todo o seu lustroso e delicado bandulho, manjam e refocilam. A papa já vem regurgitada pelo que dispensa trabalhos de mastiga e digestão. Nos intervalos, porém, surgem às vezes, tresmalhados, noutros locais menos sofisticados. Onde, arrogantemente, reclamam, zurram ou barafustam contra a intragabilidade da pastagem e o nojo que constitui a sua verdura natural.

Ricciardi disse...

Parece-me dragão.
.
Faço apenas uma sugestão. Passeios de barco para a outra margem para os primos. Eu não me importo de remar, desde q o caro dragão faça de ancora.
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Rb

Ricciardi disse...

E aceito lições de língua portuguesa de bom grado. Nao sem antes lhe pedir, se nao for incomodo, q avance com os creditos q já grangeou nessa área. Sabe q o exemplo é o meu sol.
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Qto à interpretação do q é uma puta desfuncional na virtude deixo ao seu critério. VC lá saberá melhor do q eu o q se lhe desata a desfuncionar na presença de uma mulher.
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Rb

dragão disse...

Na presença duma mulher? Eh pá, nem sei bem, explique-me lá melhor o que é isso da "presença duma mulher"? É onde vossência vai aí nas áfricas, à "presença delas"? E já alguma vez o mandaram à presença da sua mamã?...
Já que descemos ao consultório sentimental...

Ricciardi disse...

Pois diga lá o especialista em língua portuguesa o q é estar na presença de uma mulher.

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Não me parece bem dar lições desse género a tao reputada figura dos meios literarios.
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Ainda lhe retiram os creditos q tao merecidamente conquistou.
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Mas pronto como sou um tipo empenhado em ajudar o próximo com as suas dificuldades esclareço o meu caro q estar na presenca de uma mulher com muito dinamite e pouco rastilho é, digamos, para aproveitar o seu eloquente exemplo, como estar na presenca da maminha da sua santa mamazinha e nao conseguir extrair-lhe o leitinho.
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Rb

dragão disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
dragão disse...

Um explicador de Língua Portuguesa não é uma reputada figura dos meios literários. Nem reputada, nem deputada, nem computada. É uma coisa básica, ao nível dum professor de liceu, ou até primário. As suas lacunas são a esse nível. E créditos são na banca.

Quanto á "presença" com muito dinamite e muito rastilho, como será, segundo proclama, o seu caso, será então mamar muito na maminha da sua santa mãezinha. Se não é indiscrição, que idade tem a distinta senhora, para ver se ainda consigo emulá-lo numa tão descomedida proeza?...

Ricciardi disse...

Amamentar é um acto de amor. Emule a proeza na sua própria mãezinha. Pedir para mamar na mãe dos outros parece mesmo um acto de desespero.
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Se já não a tem, olhe recorra à experiencia do seu avatar caguinchas. Esse fornece-lhe experiencias q de outro modo as não conseguiria ter na vida real. Até os paralíticos se levantam usando avatares. No seu caso até o defundo ressuscita. Até o rastilho devem ignicao electrónica.
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E depois, bem, e depois dizem q o sonho comanda a vida.
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Em todo caso, se me pedir muito, epá, eu posso dar um salto ali a cabinda e trazer de lá o pau.
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Esteja à vontade.
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Qto à figura do explicador estar ao nivel dum professor de liceu. Parece-me bem. Nao lhe peço q seja mais do que aquilo que pode ser. Mas a explicacao é mais ao nivel da interpretacao literaria. Saber interpretar o q é, afinal, uma puta desfuncional na virtude.
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Rb

dragão disse...

Olhe, trate-se.

E já lhe disse que não sou seu pai. Lagrue-me da breguilha e vá chatear quem lhe fez o cu, quem lho fez ou lho alarga, é-me indiferente!...

Ricciardi disse...

Quem mo fez foi O mesmo que o colocou na sua boca. Um erro de concepção digamos. Pelo q o que devia sair por baixo, sai-lhe por cima.
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Rb

dragão disse...

Deus não erra.
E se vossência tem alcatra messiãnica, eu não posso desfrutar, oralmente e em simultâneo, do mesmo órgão. Ainda mais porque se ser ser paizinho natural me causaria enorme desgosto, ser seu amante dar-me-ia repulsa e vómitos. Aí, pode mesmo crer, que seria a disfunção completa.
Obstar-me-á que não, não seria assim tão asqueroso, porque, em bom rigor, tem uma gaja palpitante dentro de si. Pois, mas eu gajas, gosto delas como a natureza as produz e não como certas psicopatias as introjectam. Pelo que lhe recomendo, vivamente, que vá passear a passarinha mental para outra freguesia. Poupa-me a mim ao nojo e a si ao desespero.

Ricciardi disse...

Ser meu amante?
..
Oh homem controle esses instintos.
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Se não quer ser pai ou se nao pode ser é lá consigo. Faça uma operacao ao rastilho, mas nao fantasie comigo.
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Poupa-lo-ei, sendo assim. Não quero ser eu a suscitar-lhe ideias dessas.
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Cada ovo no seu ninho, como quem diz, a esta freguesia só me interessa vir para observar até onde os desvios da natureza se complementam e interajudam.
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Considere, pois, este espaço uma espécie de grupo de controlo e analise. Coisa mui cientifica. Um dia dar-lhe-ei nota das conclusoes.
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Até lá olhe, a bem da investigação, tenho mesmo de fazer o fazer espumar de vez quando.
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Rb

zazie disse...

Aposto que escreveu isto com nariz de carnaval atado.

":O))))))

È para se convencer mais que é um eleito, apesar nem eles nem nós acreditarmos

ehehehehe

zazie disse...

Faa lembrar aquelas manias dos Dupond e Dupont quando também tinham sempre de se mascarar para se sentirem integrados no folclore da questão

":O)))))))

Ricciardi disse...

No folclore é palavra adequada.
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Rb

Ricciardi disse...

A cavalaria chegou em auxilio e submissão.
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Imaginemos q o dragão vomitava um poio de merda.

O q é que vem logo de seguida?
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Sim, é isso. As varejeiras. Sentem-se atraídas pelo cheiro.
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Quanto mais mal cheiroso for a coisa vomitada, mais varejeiras são atraídas.
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Um dá-lhes a merda. Os outros comem-na.
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As motivações individuais são muitas, mas todas as varejeiras comungam um desiderato comum. Apreciam o alimento. Uns aprecia-no pela forma como o dragão suscita o vomito, outros apreciam-lhe as convulsões resultantes. As varejeiras mais velhas atraídas conhecem merda ainda maior. De outros vomitadores vizinhos. Umas vem da merda da extrema direita, outros da direita mais à esquerda. Quase tocam. Mas todas se reunem por aqui.
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Rb

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zazie disse...

Portanto, tu apenas te distingues por seres a varejeira-passarinheira mais esquisita que ainda se queixa que o serviço está mau porque as doses são pequenas.

Ricciardi disse...

Sou o limpa-merdas. Eheh. Um trabalho mal cheiroso, mas alguém tem de o fazer. Principalmente qdo as doenças q a porcaria convocam e espalham começam a tomar proporções desagradáveis.
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Um banho de temperança e umas gotas para o mau halito é tarefa prioritária.
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Nos casos limites faz-se um aterro sanitário.
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Rb
Rb

zazie disse...

E onde é que despejas as merdas que limpas, incluindo as tuas?

Por aqui não se vê alteração, apenas acréscimo das tuas.

Ou será que fazes duplicado e levas contigo?

dragão disse...

Riciardi, então, acalme-se. Não precisa de partir para a ignorância. Já habita nela.

E note duas coisas, só para acabar com este debate que já vai longo:
1. Compreendo as suas ânsias e fornicoques de sair do armário, até porque deve ser terrível partilhá-lo com esqueletos. Mas este, decididamente, não é o melhor sítio para o efeito. Dirija-se a bares da especialidade.

2. Guarde para si esses ímpetos patrulheiros, censóricos e inquisitoriais, que podemos descontar a título dos seus recalcamentos e frustrações íntimas, mas que não aturaremos ad aeternum. E se essa exibição de mau carácter tem apenas como intuito suscitar o ódio pela sua torpe e obnóxia pessoa, desengane-se e desimagine-se: se tanto, causa-me desprezo e completo desinteresse.

Decerto tem coisas mais importantes para fazer na sua extraordinária vida do que vir para aqui, compulsivamente, exibir a sua indumentária interior.
E sim, é uma besta. Mas tem dinheiro , não tem? Como dizia a Ágata, "sou pimba mas tenho um mercedes". Ora aí está. Chupe-se, lambuze-se em sí e em toda essa constelação vaporosa de putativas virtude. E que lhe faça bom proveito.

Nós, todos, é que estaremos doravente desobrigados de aturá-lo. pelo que o autoclismaremos em conformidade.