quarta-feira, janeiro 14, 2015

Terrorismo avant-garde, ou à Zé do Pipo


Outubro de 1970. Portugal.



(...)

O português, mesmo no estado de lobotomia ideológica ou de auto-castração química por sobredosagem de xenoxinas, isto é, mesmo reduzido ao estado de vegetal ambulante, nunca perde duas coisas: 1. a sua trapalhice desembaraçada; 2. o seu pioneirismo congénito. Muitas vezes, a conjugação simultânea de ambas resulta num pacote explosivo...literalmente.
Chamo apenas a atenção especial para os dois trechos a negritado da notícia em epígrafe: no primeiro momento, a descoberta, muito à frente dos islamicos, do bombismo suicidário em ambiente doméstico. Involuntário apenas devido, lá está, ao concurso sempre fogoso entre a vanguarda e o desastre. No segundo caso, uma antecipação primorosa e cilindradora aos américas. Muito antes deles implantarem democracia à bomba, já os nossos convocavam ao pacifismo com explosivos.

4 comentários:

zazie disse...

Do que te havias de lembrar

":O)))))

dragão disse...

Por enquanto, ainda não sofro de amnésia selectiva, também chamada de conveniência.

:O)

Anónimo disse...

Do título à última frase, eis um post absolutamente primoroso.
Regressou o Muhammad Ali da Blogocoisa! :-)


Miguel D

Anónimo disse...

Convém que alguém recorde a caca deste povoléu.