Esta sociedade bestial em que vegetamos é de tal modo superlativa. primorosa e razoadeira (nada obscurantista nem inculta, por sinal), que à medida que a idade da reforma fica cada vez mais alta, a idade do desemprego vitalício é cada vez mais baixa. O bom da coisa, segundo os merceeiros de plantão e grunhos anexos, é que assim, com requinte providencial, o colaborador descartável, admitido ao mercado de trabalho cada vez mais tarde e dele banido cada vez mais cedo, deixa de beneficiar de qualquer direito a reforma. Pelo que, no melhor dos mundos, a breve trecho, a idade para o desemprego vitalício e para a reforma serão perfeitamente coincidentes. Sem quaisquer custo para o Estado (e ainda menos para as empresas subsidiadas). Se isto não é progresso!...
1 comentário:
Então e aquela de um gajo que se gabou de nunca ter trabalhado por se ter dedicado ao amealhado por alheios, ser internacionalista em prisões alheias e terem-lhe dado uma reforma quase o dobro do que muito trabalhador-carneiro anda a receber?
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