Se bem interpreto e compreendo, as agências de rating lixaram (literalmente) o não sei quê da Dívida portuguesa porque o recém-eleito governo da Dívida Portuguesa teima em não cumprir à risca os devaneios coquetes e as obsessões sexuais dos caga-postas de plantão ao Blasfémias. É isto, não é?
E enquanto não se proceder, de emergência e aflição, à privatização mágica da RTP, o torniquete não se alivia e só podemos esperar o pior.
Começo a acreditar seriamente em sacrifícios humanos... Para apaziguamento da ira de deuses tenebrosos - que é como quem diz: dos mercados - bem entendido. Mas sacrifícios humanos mesmo, à moda antiga, com facalhões e virgens alucinadas. No vertente caso, a receita até era fácil: pegava-se no João Miranda, pelas orelhas de preferência, e após esquartejamento paulatino e esfola rigorosa, procedia-se ao competente holocausto ritual. Imprescindível, o holocausto, caros compatriotas. Porque, como a própria etimologia indica, em se tratando de deuses moradores no negrume das trevas, a queima da vítima tem que ser total. Daí o "holo" (no grego, "todo") em prefixo do "kausto" (no grego, "queima"). Aliás, o que distingue os deuses tenebrosos dos outros, os luminosos, é precisamente o grau de exigência: estes, os clarinhos, contentam-se com uma parte ou percentagem do sacrifício; aqueles, os aterradores, exigem o sacrifício completo.
Entretanto, que o churrasco integral duma única virgem alucinada os satisfaça, isso já é outra questão. Estou em crer que seja coisa para os sossegar por um dia ou dois. O que já não será mau. Depois, por muito que lhes sobre e reincida o apetite, a nós, seguramente, não nos faltarão as virgens. Nem todas, é certo, acumularão a castidade sexual com a noética, mas quanto à segunda, pelo menos, é uma farturinha! Podemos ficar tranquilos.
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