Durante o Prec abrilino, os mais frenéticos e raivosos, mais ainda que os comunistas propriamente ditos, eram os super-comunistas, os comunistas ML, maoístas GT e outras varas suínícolas que tais. A extrema esquerda, enfim. Essa nhanha bestialmente ruidosa, pois. Guincharam, guincharam e cuincharam muito, enquanto convinha guinchar (ou seja, até Novembro de 1975) e depois debandaram sofregamente pelas manjedouras da situação, instantaneamente convertidos à lavagem e ao farelo do mercado supimpa e do capitalismo catita. Revolucionários da farinha Amparo, ei-los, por arte de geminoso dia-prá-noite, direitistas de ocasião, em patrocínio do Omo lava mais branco. O guincho suavizou-se e deveio grunhido - gorjeio cavo de quem fuça e se refastela na mixórdia. Naquela época juvenil o seu fetichismo panaceico consistia em tudo nacionalizar. Tudo se resolveria nesse passe mágico. O seu equivalente actual são estes ultra-liberais de vão-de-blogue. Acreditam, com a mesma pia retrete, que tudo só pode resolver-se com a privatização desenfreada. É só a aparência que os distingue e opõe. Na essência, são a perfeita réplica uns dos outros. Sobretudo, anima-os o mesmo desamor, a mesma aleivosia despudorada, a franca e venenosa hostilidade à terra e ao povo que, em tão amarga hora para ambos, os viram nascer.
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