Não se chama António, mas Agostinho, e lá vai pregando aos peixes. Peixes que já fedem, sobretudo da cabeça. Pelo que a tarefa, além de inglória e baldada, é, sobretudo, perigosa. O homem arrisca-se a linchamento mediático pelos patrulheiros da lobotomia instalada. Já houve várias tentativas, aliás, se bem me lembro. Um militar com tomates deveio raridade a Oxidente. Ainda mais acima do crivo "democrático" de coronel. A selecção para general costuma coincidir com a auto-mutilação voluntária e espalhafatosa. O processo, pelos vistos, não atingiu ainda a perfeição. No meio dos homúnculos passevitados, lá vai escapando um ou outro homem de vez em quando.
E nem se trata aqui de ser pró isto ou pró aquilo. Trata-se apenas do básico e sensato exercício da política de qualquer estado soberano: em primeiro lugar, somos pró Portugal. Em segundo, somos pró Portugal. Em terceiro, somos também pró-Portugal. E depois logo se vê: vamos manobrando e arquitectando conforme o ser pró Portugal não se coloca nem em rotura, nem em conflito, quer com pseudo-aliados (os aliados são sempre pseudo-aliados - os americanos ensinaram-nos isso, de cátedra, em mais de 50 anos), quer com pseudo-inimigos (toda a gente é inimiga dos americanos, segundo eles: uns em acto, outros em potência, fora aquela ridícula e ruidosa excepção que todos conhecem). Em tese, por conseguinte, apoiamos os primeiros; na prática, nunca hostilizamos estupidamente os segundos. Tanta fantasia e superstição com a tal racionalidade e, no fim das contas, tanta aversão e alergia a praticá-la.
12 comentários:
A neutralidade fica-nos tão bem!
Os protestantes iluministas que se enterrem sozinhos.
Presidente da Croácia critica Ocidente pela entrega de tanques a Kiev:
https://twitter.com/Geoforca/status/1622305292162564096?s=20
Já estamos em contagem lenta mas decrescente para o fim da OTAN e das ilegítimas ditaduras liberais/maçónicas do Ocidente.
O que me preocupa é não existir um movimento/força política em Portugal que apresente ou queira colocar em prática um projecto para o País de carácter Patriota, Republicano, Soberanista, Identitário, Regionalista, e anti-liberal, que promova o Desenvolvimento da Pátria e trabalhe em nome do Interesse Nacional.
Portugal é um País à deriva, onde a mediocridade, crime, corrupção, impunidade, destruição, parolice, incompetência, e degeneração, dominam e subjugam o Estado e a sociedade, é o sistema da «ladrocracia» - utilizando agora uma expressão de Alain Soral - e isto é típico dos regimes liberais/maçónicos.
«...Uma nação que traiu ou abandonou a sua própria história e cultura não só dificilmente se desenvolverá, mas também provavelmente será palco de uma longa série de tragédias históricas. É preciso ter uma posição clara contra o niilismo histórico...» - Xi Jinping
No projecto que refiro no meu comentário faltou escrever Tradicionalista.
Tem imenso valor o que o Major-general vai fazendo. Mais cómodo seria fazer como o Nuno Rameiro e o Zé Milhafre.
O que impressiona nem é tanto o papel aputanhado dos proclamados jornalistas. É verificar que o público em geral, está-se borrifando para a verdade.
À hora de jantar, liga dois cabos à cabeça e faz download da vigarice do dia. Os portugueses vivem assim programados, sem questionar. Nem precisam de chip.
Vejo isto entre os meus amigos. Nem concebem que os factos sejam diferentes dos reportados pela TV.
Pois, ó Anónimo, é exactamente isso. Eu não diria melhor nem diferente. Vejo isso até em familiares. Gente licenciada que é suposto distinguir-se do vulgar "bruto analfabeto"...
As pessoas tem medo de enfrentar a busca pela verdade.
Por isso é que por vezes um simples provinciano tem o Tico e o Teco mais afinado que o deslumbrado e educado urbano.
A busca pela verdade é antes de tudo uma questão de espírito.
5 de Fevereiro 2023 — Emmanuel Todd, Ocidente, Outros e a Guerra.
Emmanuel Todd é um historiador/antropólogo com uma longa história de investigações sobre a sociedade actual. Publicou um livro, na imediata sequência do início da guerra na Ucrânia, chamado «La Troisième Guerre mondiale a dejà commencé».
Mas publicou‑o no Japão por saber que o livro seria muito mal recebido em França. Não é uma atitude de que se possa orgulhar, mas corrigiu‑a recentemente publicando artigos –apenas um jornal (Le Figaro) lhe dá espaço– e dando entrevistas. Eis o essencial da sua tese.
Contrariamente a Mearsheimer, não pensa que a guerra seja existencial para a Rússia mas não para os EUA: sê‑lo‑ia para ambos. Porquê? Para a Rússia é óbvio – é a mesma coisa que sucedeu quando os soviéticos quiseram colocar mísseis em Cuba: não se pode ter o inimigo na fronteira. E para os EUA? A questão é mais complexa e implica uma explicação.
A força dos EUA está no facto de que é o dólar o padrão monetário. Isto é, na sequência do abandono do padrão‑ouro passou‑se ao padrão‑dólar: a riqueza de um país depende não da conversibilidade da sua moeda em ouro mas em dólares.
Ora, dado que a Rússia, apesar das sanções económicas que incluiram a exclusão do sistema económico-financeiro americano, não caiu porque estava para elas preparada, permite pensar que o padrão‑dólar não é o único. E, sobretudo, se ganhar a guerra, provará que há alternativa viável ao dólar, o que esvazia de poder os EUA. Dada a enormidade da dívida americana, esta verificação levaria a um desmoronamento do domínio e mesmo da sociedade americana. Os chamados BRICs passariam a ser dominantes.
Por isso estamos numa guerra pela supremacia americana, uma luta entre os americanos e os Estados deles dependentes e todos os outros Estados: quem deu a cara foi a Rússia, humilhada depois da queda da URSS, mas tem atrás de si todos os outros países que sabem que se a Rússia perder a guerra eles irão a seguir – nomeadamente a Índia e a China não deixarão de apoiar militarmente a Rússia em caso de necessidade.
Assim sendo, estamos numa guerra mundial.
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A Europa onde entra no meio disto? Em parte depende do sistema americano, em parte depende da defesa militar americana. Mas, ainda assim, foi completamente irrealista ao enviar armas à Ucrânia, o que só pode ser considerado um acto de guerra contra a Rússia. Isto, diz Todd, é uma loucura. Porquê?
Tudo estaria contido na doutrina Brzezinski. A ideia é de que haveria uma união contra o comunismo de todos os países não ateus ou democratas. Contudo, depois da queda da URSS essa união tornou‑se vazia. Mais, com a estabilização interna da Rússia graças ao braço de ferro de Putin, dada a riqueza energética da Rússia, e dado o domínio alemão da Europa, as ligações entre a Alemanha e a Rússia (os famosos gasoductos) passaram a constituir uma grave ameaça para os EUA (todos ouvimos Biden dizer, antes da guerra, que o Nordstream II seria inviabilizado fosse por que meios fosse, o que veio a acontecer).
O alinhamento da Europa com os EUA é, pois, completamente incompreensível do ponto de vista estratégico e dos próprios interesses europeus. Em contrapartida, traz grandes vantagens aos EUA: desfazem o eixo comercial Europa‑Rússia, passam a vender para a Europa (a preços muito mais elevados do que a Rússia) uma energia de pior qualidade e para a qual a Europa não tem infra‑estruturas, enfraquecem as exportações russas e, sobretudo, reestabelecem a doutrina Brzezinski, o que os torna os chefes do Ocidente contra o resto das potências emergentes.
A Europa passou de protectorado americano a servo americano, que se auto‑prejudica para beneficiar o seu dono.
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Esta guerra é, pois, pelo domínio mundial por parte dos EUA. É‑nos vendida como uma guerra de valores. É isso verdade?
Todd afirma haver uma diferença entre ideologia e estruturas antropológicas profundas. O Ocidente é individualista, o resto do mundo tende ao comunitarismo; o Ocidente não tem valores senão o da liberdade individual, o resto do mundo tem valores mais próximos dos valores tradicionais na nossa espécie. Mais, os valores de «liberdade» de que o Ocidente se orgulha são, paradoxalmente, impostos por minorias sobre as maiorias (neo‑liberalismo, nihilismo) e os media, um novo poder sem ideologia salvo a sua própria importância e que impõe uma opinião única, não respondem às maiorias mas a esses grupos minoritários e acabam por determinar a acção dos políticos dependentes desses media. Temos então que a «liberdade» ocidental é apenas um conceito vazio e que defende o nihilismo. Neste momento os media são, uniformemente, belicistas, o que condiciona os políticos que têm de ser eleitos e não o podem ser contra os telejornais e os jornais.
Os grupos que definem esse nihilismo são os grandes grupos económicos (pensemos em George Soros), o que faz que o Ocidente tenha deixado de ser uma democracia liberal para ser um liberalismo oligárquico.
Seria isso a explicar a louca imolação da Europa numa guerra que só lhe trás desavantagens. Como tenho dito e redito, a Europa transformou‑se em catamito dos EUA.
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Quem ganhará a guerra? Difícil de dizer. Mas uma guerra ganha‑se pela capacidade tecnológica. Quem a tem superior, a América ou a Rússia? Todos supomos ser a América; contudo, há mais engenheiros na Rússia do que na América (com um número surpreendentemente baixo de 7% dos licenciados) e é o número de especialistas na transformação da matéria que determina o resultado das guerras. Mas não conhecendo realmente a capacidade industrial russa –o fracasso da invasão inicial foi surpreendente– é impossível prever.
Em qualquer caso, teríamos para cinco anos de guerra, que, segundo Todd, é o que dura uma guerra mundial.
Em primeiro lugar, somos pró Portugal. Em segundo, somos pró Portugal. Em terceiro, somos também pró-Portugal. Pena que hoje em dia muitos confundem os interesses de Portugal com os interesses dos consumidores. E sem um controlo adequado da mídia nacional, muitos ainda confundem Portugal com o império alheio, esquecendo-se da nossa própria História.
As pessoas não questionam e propagam a narrativa dominante que lhes é apresentada, porque a maioria depende deste criminoso, corrupto, e anti-democrático regime liberal/maçónico imposto pelo golpe de Estado da OTAN em 25ABR74.
É preciso não esquecer que a maioria das pessoas que diz ámen a este estado de coisas - salvo algumas excepções - antes do golpe de 25ABR74, eram e ainda são uma cambada de parolos, chuléticos, incivilizados, gente invejosa, mal-intencionada e parasita, que aquilo que tem desde o emprego aos seus bens, não foram conseguidos com trabalho, mérito, perfil, esforço, e honestidade.
O Mundo está a mudar e este regime que destrói e escraviza Portugal e os Portugueses, está a desfazer-se e vai implodir.
A pergunta que devemos fazer é esta, está o País preparado para enfrentar essa situação?
https://m.youtube.com/live/QmTcHP41vyM?feature=share
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