domingo, maio 22, 2016

Acromiomancia Ultramarina - IV. Da Heterogenia à Necrose, 2ª parte






«O ultimatum de Inglaterra e o tratado que se lhe seguiu, se veio marcar o início de um período de angústia cuja solução ainda está obscura na história portuguesa, chamou, contudo, sobre a nossa África Oriental a atenção e o interesse do País. Um período novo se abriu - período de perigos, de sustos e de trabalhos - mas período de vida. A cobiça da Europa deu-nos o conhecimento vago do tesouro que ainda possuíamos e a campanha de 95 deu-nos a confiança na força própria com que podemos debelar as dificuldades do domínio interno da colónia»
- Mouzinho de Albuquerque

Em 1890, a Inglaterra envia a Portugal o seu famigerado Ultimatum (que consistia, basicamente, na liquidação do mapa-cor-de rosa e consequente abarbatanamento do espaço territorial entre Angola e Moçambique pela ladroagem inglesa, pivoteada por Cecil Rhodes). Em 1891, para que não restassem dúvidas quanto ao "nosso lugar" à mesa, Portugal entra em bancarrota. Dir-se-ia que, numa tão aziaga conjuntura, mais não cumpria ao regime da época senão meter a viola ao saco, os calcanhares ao rabo e deixar-se de aventuras guerreiras.
Aliás, medindo pelos saguins de 74 e diante  - das esquerdas às pseudo anti-esquerdas, todos eles veneradores compulsivos da estranjaboldra avançada e, sobretudo, da cauda entrepernas como bom canino de casota (ou dito à maneira dum dos heterónimos de Pessoa, todos eles idólatras arreigados da sobremesa alheia, seja a do vizinho de bairro, seja a do vizinho de continente ou planeta, e isto apenas porque ainda não descobriram como vivem os alienígenas de Marte Norte ou na galáxia Andrómeda, ou para lá emigraram mentalmente em turismo ideológico), é inadmissível como, perante tamanho grau de desaprovação das potências (políticas e financeiras,....na época ainda se distinguiam vagamente), Portugal não se prostrou de imediato em submissão fetichista, de modo a convocar a aprovação e o afago internacionais. De canhões apontados à cabeça e sem cheta no bolso nem crédito na praça, mais um completo devorismo partidário instalado, reforçado por não sei quantas agências de caos à solta intramuros, é dificil descortinar uma meteorologia histórica mais contrária a navegações e aventuras. Não eram ventos: era um perfeito ciclone...A "tempestade perfeita", como mugiria a gadeza que tão bem pasta na manjedoura cinematográfica.
Porém, escandalizemo-nos, persignemo-nos e escancaremos, todos à uma, a boca de espanto: foi precisamente numa tal contingência que Mouzinho de Albuquerque e outros utópicos que tais, por Real determinação, se lançaram na implantação territorial do Império português em África, tal qual este viria a constituir-se na sua mais vasta dimensão, ou seja, aquela que se verificaria anos adiante, por alturas de 1960 e até à liquidação final. Dito por outras palavras: foi sem condições rigorosamente nenhumas para o efeito, que os portugueses consumaram o empreendimento. E nem sequer contra ventos da história, mas contra um autêntico ciclone da mesma. Volto a Agostinho da Silva. Dizia ele: a maneira portuguesa (e citava como teatro de acção o Brasil, sobretudo) é lançar-se a fazer; o que é preciso vê-se depois.» Pode parecer um método muito pouco anglo-saxónico, mas o facto é que é extremamente realista: se estivessem à espera de condições, os portugueses nunca teriam feito nada, porque as condições nunca existiram antecipadamente. Diz o adágio que a "necessidade força o engenho". Ora, os portugueses, porque nunca as tiveram, às benditas condições, criaram-nas. Por outras palavras: sempre que os portugueses fizerem coisa que se visse foi contrariados pelas condições e nunca facilitados por elas. Essa, de resto, é a diferença entre povos activos e povos passivos. Tal qual o entendimento simples e cristalino disso traduz a diferença entre mentes activas e mentes passivas. (Ou dito eruditamente: entre psicoenérgicos e psicopatas). 
Em 1890 não havia condições para a consolidação e dilatamento do Império. Tal qual em 1961 não havia condições para a defesa e  sustentação dum Portugal Uno, do Minho a Timor.  Todavia, o que Salazar fez foi exactamente o mesmo que a Monarquia crepuscular e a República peregrina tinham já implementado antes dele: tratou de criar as condições. Ao mesmo tempo que consolidava o facto para o qual se criavam as condições. E criou essas condições a vários níveis: políticas, económicas, sociais, legais, históricas, etc. De tal modo, que quando Marcello Caetano herdou o projecto, havia um facto e múltiplas condições efectivas, incomparávelmente melhores do que aquelas que, em 1890, existiam aquando do incício do empreendimento (ou em 1926, já agora diga-se, quando nele pegou o feroz ditador). A saber, o país não estava na bancarrota, bem pelo contráriuo, desendividara-se, usufruia dum soberania excepcional (única nos últimos 200 anos), crescia a um ritmo inaudito, desenvolvia-se não apenas na metrópole mas a um ritmo ainda mais extraordinário nas províncias ultramarinas; descolonizara (a nacionalidade integral fora estendida a todo o território, convertendo-se o império à "nação pluricontinental e pluri-racial"; a subversão internacionalmente patrocinada fora militarmente e socialmente controlada e mesmo erradicada nas zonas estratégicas; a guerra não arruinara as finanças públicas e, bem pelo contrário, tornara-se motor de desenvolvimento a múltiplos níveis; o aparelho militar, mais que um órgão meramente repressivo de forças inimigas, distinguia-se pela acção social de apoio, estruturação e integração das populações, sobretudo nas áreas mais heteróclitas e tradicionalmente afastadas; a conjuntura internacional, fortemente bipolarizada, permitia um espaço de manobra superior ao dos tempos de D. Carlos; etc, etc. Em termos de condições, o Portugal de 1973, face a face com o Portugal de 1890, era uma verdadeira potência: dispunha de meios militares, económicos, políticos, históricos, bem como de uma soberania efectiva sobre esses meios (pelo menos, em tese; se depois na prática, se entregou ao hara-kiri e à alienação, isso deve ser assacado a todo um cluster intenacioleiro e respectivas quintas colunas instaladas). Ah, mas Portugal não era os Estados Unidos, nem a Inglaterra, nem a Suécia! E isso era inadmissível, fonte de desdém e desprestígio internacionais!... Contra argumentos desse calibre, repito, não há  reclamação: há (ou infelizmente não há) camisa de forças. Se compararmos as percentagens de indigência,  repressão policial e encarceramento dos actuais Estados Unidos com o Portugal dos fins dos anos 60 do século passado, o balanço é claramente favorável a este último. E isso não retira a descomunal grandeza aos Estados Unidos, com todos os seus problemas e derrapagens acentuadas, nem transforma, por arte mágica, Portugal no colosso que não é nem nunca foi. Há comparações e emulações que, pura e simplesmente, não funcionam nem são legítimas, fora da mera retórica ou do estrito arremesso propagandístico. Os Estados Unidos podem dar-se ao luxo de mandar 20 milhões de pessoas para o lixo; Portugal não pode dar-se à maluqueira de mandar 1 que seja. A escassez de um bem torna-o precioso. Em havendo seriedade, Portugal tem que ser comparado consigo mesmo ao longo dos tempos e os regimes: o analfabetismo de 1973 tem que ser confrontado com o analbabetismo de 1890, de 1910 e de 1926; a mesma coisa para o apoio sanitário às populações; ou a industrialização; ou a rede de transportes; ou  o índice de criminalidade; ou a dívida pública; o que quer que seja que se pretenda comparar. O juízo sério que tem que ser feito ao Estado Novo é aquele que coloca nos pratos da balança o Portugal no dia primeiro daquele regime e o Portugal do seu dia último. E o mesmo se recomenda para a 1ª república, a derradeira monarquia ou, sobremaneira, a actual democracia liberal (e que só é liberal depois de ter tripudiado à tripa forra como "popular", isto é, só faz amen à missa negra que lhe serviu e serve de pedestal).
Não obstante, poderia pensar-se: somos poucos mas compensamos com a nossa homogeneidade. Quer dizer, porque somos escassos temos que, com natural lógica, unir-nos no esforço solidário, remando todos para o mesmo lado, em matéria de nação e bem comum (e em assunto, já que é esse que aqui nos ocupa especialmente, de território).  E, verdade se reconheça, essa homogeneidade até existiu desde a monarquia crepuscular até ao crepúsculo do Estado Novo, ou seja, mudava-se de regime, mas não se mudava de estratégia nacional (o que é  a qualquer nação digna desse título: veja-se os americanos ou os ingleses, por exemplo, quando mudam de partido governante - a política interna não dita a política externa, bem ao contrário). Essa homogeneidade, de resto, significava uma concordância entre as acrópoles directoras e o povo dirigido no que era fundamental - e não há nada mais fundamental a uma nação do que o território. Fora a anti-nação que todos conhecem, as nações fundam-se sobre um determinado território sobre o qual se firma e estabelece um determinado povo. E esse território, por sinal, constitui o mais originário e comum dos bens (chame-se-lhe reino, nação ou república). Num tempo em que se idolatra o corpo dos indivíduos e se nadifica a alma, é, a todos os títulos, sintomático e revelador como se despreza e atira ao lixo o corpo da própria nação, ao mesmo tempo que se divinizam ideologias (em bom rigor, autênticas feitiçarias) exóticas. Ora, inverte-se, assim, toda a tradição ancestral e histórica: submete-se a liberdade e integridade concretas da comunidade às liberdades e apetites fictícios de determinada fantasia de indivíduos arvorados em vanguarda esclarecida da auto-mutilação redentora. Sacrifica-se o todo à parte. Deste modo, até o próprio materialismo de que se reveste a nova peregrinação prima por bacoco e inconsequente e mais não manifesta que a completa vacuidade e imbecilidade dos seus bisnagueiros compulsivos.

Por conseguinte, o que o golpe de 1974 traz não é um novo-regime; é antes um desregime ou anti-regime: trata-se sumamente da negação, da traição, da antítese quer da estratégia nacional de séculos, quer da homegeneidade entre a elite directora e o povo dirigido na matéria essencial da soberania e do bem comum. Assiste-se, patética e tansamente, ao assalto do ninho pátrio por pseudo-elites cucas.  Este anti-regime mascara-se, na aparência, dum regresso à revolucionite excitada da primeira república, mas na essência, trai-a com todas as suas forças, debandando de África e abandonando o Ultramar à sua sorte. E constituindo-se esse, afinal, o seu único desiderato motor e razão exclusiva para todo o arraial "franciscano", ou seja, precisamente o oposto daquilo que posteriormente apregoaram - entenda-se, a negação dos três Dês: nem Descolonização, nem Democracia, nem Desenvolvimento. Na realidade: Debandada, Desgoverno, Dívida. São três Dês, é um facto, só que entre o rosto e a máscara há um abismo. Aliás, a Descolonizar-se, a democratizar-se e a desenvolver-se estava o país (e o próprio regime, com Caetano) a passos largos. O carnaval Abrileiro de 1974 não esguichou em prol disso, mas precisamante para obstar e impedir que isso acontecesse. E não foi depois, num segundo momento, por obra exclusiva duns quaisquer dementes pueris que isso se desencadeou, à falsa fé e por traição a um qualquer woodstock saloio: toda a cegada, desde a sua génese ao seu corolário, no Prec e no Pós-prec, foi, é, e será, até ao seu colapso final, uma pura maquinação anti-portuguesa. Não era apenas um regime o alvo: era a Pátria inteira, na sua essência, na sua forma e nas suas causas. Foi, se assim, aristotelicamente, o podemos definir, mais que um mero atentado político, um crime ontológico, ou seja, um assassínio frio, perverso e continuado do próprio Ser de Portugal.

PS: De como a Heterogenia, um vez entronizada, deveio fatalmente necrose, versará a 3ª parte.


23 comentários:

Vivendi disse...

Mais uma vez o oráculo partilhou a verdade.

«é lançar-se a fazer; o que é preciso vê-se depois.»

Grande Agostinho.

Zephyrus disse...

Andando por esse país com olhos de ver constata-se que quem fez de Portugal um território moderno foi o Estado Novo. Deixou as povoações unidas com estradas razoáveis, foram feitas as grandes pontes essenciais às ligações, as principais barragens, as escolas primárias, os liceus, os tribunais, as cidades aumentaram muito e ainda havia urbanismo de qualidade e «europeu», as matas estavam vigiadas, construíram-se a nível local casas do povo, moagens, lagares, adegas, armazéns e cooperativas, sendo que agora muitos destes edifícios estão em ruínas.

No século XVIII os estrangeiros diziam que se fossem eles irrigariam a peneplanície em torno de Beja e fariam daquilo um solo produtivo e fértil. Pois foi necessário esperar até Salazar para que começassem a construir barragens para irrigação no Baixo Alentejo!

Em 1974 Portugal tinha atraso em termos culturais mas esse atraso também derivava da sua posição geográfica e da fraca instrução das suas gentes, sendo que em boa verdade foi o Estado Novo que resolveu o problema da alfabetização...

Maria disse...

Depoimento brilhante. Tudo nele é a verdade nua e crua. Os traidores que a mando e pelas mãos d'outrem nos usurparam os Territórios Ultramarinos, têm nome e nacionalidade. Houve um punhado de ratazanas de esgôto que em segundo plano os coadjuvaram voluntária e pressurosamente nos crimes cometidos, mas os que se posicionaram na linha da frente foram/são bem nossos conhecidos. Em Portugal, os mais directamente culpados de Alta Traição que levou à subsequente perda de Portugal como Nação Soberana e Independente e quase milenar: Soares e Cunhal, secundados por Manuel Alegre, Piteira Santos, Almeida Santos, Melo Antunes, Emídio Guerreiro, Rosa Coutinho, Otelo Saraiva de Carvalho, Costa Gomes, Agostinho Neto (em Angola), Victor Crespo (em Moçambique); nos Estados Unidos, Kissinger e Carlucci a que se juntou um bando de sequazes do mais baixo calibre. É claro que além destes espíritos malígnos que nos destruíram como País Orgulhoso e Independente e como Povo Nobre e Valente, houve mais um número infindável de oportunistas de pé rapado que aproveitando a corrente venderam a alma ao Diabo por dez réis de mel cuado. A História registá-los-á como os maiores criminosos políticos que Portugal, no seu tão longevo percurso, jamais albergou no seu seio amado. Gente indigna, esta, de pisar o chão sagrado de Portugal.

Josephvs disse...

mais mapas :)

http://protectoradodalunda.blogspot.ca/2016/02/ultimato-britanico-1890-contra-portugal.html#!/tcmbck

Ricciardi disse...

800 anos de gestão cuidada e sensata das diversas realezas (como se pode verificar no caso do mapa cor de rosa onde portugal amouxou e bem para não impor sofrimento aos portugueses numa guerra perdida com os bifes) deitados pela sanita abaixo em apenas 40 anos de gestão prepotente e surda das aspirações das colónias.
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Esta é q é a verdade. O sentido pragmatico da monarquia é notável é exemplo para futuro. Um gajo pode tentar ter uma coisa (Rodésia) mas tem de ter o esclarecimento e clarividência para recuar se a empresa trouxer mais prejuízos do que proveitos.
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A palermice do regime foi ao ponto de inviabilizar aquilo que podia ser o maior trunfo. O Referendo. Se o tivesse feito na devida altura, ainda hoje angola e Moçambique eram nações dentro de Portugal. Então com o jeitinho que o regime tinha para a propaganda, o referendo eram favas contadas.
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Ponham os olhinhos nos bifes. Custa muito? Olhe que não. Eles fizeram referendo para manter a Escócia. Que se desengane quem pensa o contrário. Assim como fazem referendo sobre o brexit para se manterem na UE.
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Rb

Anónimo disse...

Texto amargo porque a verdade é sentida. Texto longo pois há muita classe na cabeça do Dragão.
Para mim vou ter que o reler e reler. Compreendi, creio, o "silêncio" de longos dias neste blog: trabalho para escrever, e bem.
Comentários cuidados, como teriam que ser.

Cumprimenta o eao

Maria disse...

Entretanto os Bilderbergers vão reunir mais uma vez numa cidade da América do Norte, normalmente nos E.U. ou no Canadá, ou em alternativa numa qualquer cidade de um país da Europa Central ou do Norte. Como é hábito do clube/seita, todos os anos pelos fins do mês de Maio, princípios de Junho os seus membros reunem para conspirar contra a humanidade. E lá vão eles traçar secretamente mais um plano a nível mundial cujas medidas políticas diabólicas a tomar pelos governantes dos países 'democráticos' sob seu mando, irão tramar mais uma vez sèriamente os povos da Europa e do Mundo. E lá vão os masters of the universe entrar de novo em acção.

Os trilhos químicos (chemtrails) que assolam todos os céus da Terra, pararam temporàriamente (volta e meia param uns tempitos para não levantar demasiadas ondas, sobretudo se verificam haver muito burburinho à volta do assunto), mas desde há algumas semanas voltaram a atacar. Assim que há céu limpo nos países, todos os países, lá aparecem os aviões (ou drones?) a milhares de quilómetros d'altitude e a velocidades super-sónicas, a largarem químicos mortais que, através dos trilhos que se distinguem perfeitamente pelo longuíssimo rasto visível produzido, irão atingir as populações cujas consequências maléficas para a saúde são desde há bastante tempo perceptíveis, iniludíveis e indesmentíveis: cancros de toda a espécie e que vão desde a primeira infância até à terceira idade, numa percentagem aterradora; leucemias atingindo também todas as idades, sobretudo os mais pequeninos; mal-formações nos fetos e em recém-nascidos sem nenhuma razão que o justifique; partos prematuros e nados-mortos num número assustador como jamais se viu no País, etc., etc. Eis a tal redução da população mundial a metade até 2050, conforme o governo sionista mundial o decretou já vão alguns anos e anunciou pùblicamente por mais de uma vez.

hajapachorra disse...

Diga-me só uma coisa: como conseguiria hoje Portugal manter-se, ou há dez ou há trinta anos, como nação pluri-racial e pluricontinental? Acrescento um brevíssimo comentário aos vossos arrazoados: a história de Portugal não começou em 1974, nem em 1926 ou 1910, nem sequer em 1890. As causas do famigerado 'atraso', chamar-lhe-ia desastre, estão mais atrás, em 1834 e em 1759.

dragão disse...

«Diga-me só uma coisa: como conseguiria hoje Portugal manter-se, ou há dez ou há trinta anos, como nação pluri-racial e pluricontinental?»

Se a pergunta me é dirigida, a resposta é simples, ó caro:
Como conseguiria manter-se? Mantendo-se.

«a história de Portugal não começou em 1974, nem em 1926 ou 1910, nem sequer em 1890. As causas do famigerado 'atraso', chamar-lhe-ia desastre, estão mais atrás, em 1834 e em 1759.»

Recordo que estamos a tratar dum período concreto da "História de Portugal": a questão ultramarina nos últimos cem anos. Quanto às causas do desastre, ainda bem que concorda comigo e, já agora, por muito que isso lhe custe, com o Oliveira Salazar. Todavia, é sempre bom sublinhar, que estão lá muitas e gravosas causas, mas não estão lá as causas todos. Até porque esta malta é perita em arranjar e martelar causas sempre novas e ainda mais viçosas.

Anónimo disse...

http://economico.sapo.pt/noticias/reino-unido-lavou-dinheiro-no-valor-de-74-mil-milhoes_250356.html

Olha, afinal os englo-cagalhões narigudo-dependentes são os mais corruptos de todos!

Lá está, como são os "democratas" das "liberdades" não faz mal.
A mafia italiana tem de aprender a arranjar estatuto de vítima, antes de poder fazer os "negócios" como os outros fazem sem ser incomodados.

A bem dizer 71 mil milhões até nem é muito, os outros excrementos (os maiores de todos) manipulam o preço do petróleo e de outras matérias primas.

Anónimo disse...

este facho tem de dar entrada no miguel bombarda

Bic Laranja disse...

O Miguel Bombarda já fechou.

dragão disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
dragão disse...

Não foi bem fechar... Acho que o termo mais adequado é "foi transferido" - ou "deslocalizado", como está na moda dizer. Ali para o palácio do antigo mosteiro de S.Bento. Na fundação era devotado a S.bento da Saúde. Agora foi convertido em espaço laico do Sebento da Maleita.
:O)

prolar disse...

Estes artigos do excelso Dragão são ouro. As histórias da carochinha que versam sobre o "nosso" Estado Novo são como as dos "outros" sobre o Holocausto. Que quanto a mim, fruto da neutralidade, não nos diz absolutamente nada, contrariamente às primeiras, e independentemente de quantos Aristides queiram exumar das campas.

Mas vinha pedir ao Dragão desculpas alheias por terem "shoahdo" a prenda de Natal que lhe tinha oferecido. É pena, tal como é pena as mais recentes leis da UE para abolir o crimepensamento e o acima de milhão de novos recenseados à pressão no UK mesmo a tempo do referendo Brexit. Pena mas não tragédia, que enquanto há code há esperança, que o pêndulo não pára de oscilar, e que a acceleração de 2016 é imparável indo atingir a velocidade cruzeiro na segunda metade do ano. Boas férias a curto trecho, se for caso disso.

Ricciardi disse...

Passei aqui, embuido naquele espírito de camaradagem, para avisar o Dragão que o seu grande e especial inspiração -George Soros- começou outra vez a investir. Agora está a comprar minas de ouro pelo mundo. E tem 30 mil milhões para gastar.

Anime-se portanto, e encha o maçarico outra vez. Se não tiver metano, use o recurso mais à mão: uma combinação de enxofre com um bocadinho de gasolina faz o mesmo efeito.

Não precisa de agradecer.

Rb

Anónimo disse...

Aprende a escrever, pá.

Vivendi disse...

Dragão,

Enviei-lhe um e-mail a propósito da Acromiomancia Ultramarina.


Anónimo disse...

este cagou a cueca como a cagou na mata. comando? só de televisão.

Merridale and Ward disse...

Mas este blog morreu?

muja disse...

Ó da caverna!

Não se faz daí uma esmolinha dum artigo, um postal, um recado? Uma definição nem que fosse...

Maria disse...

Há bocado enviei um comentário, não sei por que motivo não apareceu...

O Dragão foi de férias e foi para ficar, é? Longa ausência que já está a preocupar os seus fiéis leitores. Leitores que desesperam para poder voltar a ler as suas tão magníficas quão insubstituíveis crónicas ou textos. E já tardam.
Como bem sugere o Muja, respeite os seus leitores que tanto o estimam e deixe-lhes ao menos umas palavrinhas para dizer de sua justiça:)
Maria

dragão disse...

Estou de férias. Calma, ainda não é o Fim do Mundo. Não temam: Quando for, eu aviso.

Aliás, para ser mais rigoroso: não estou, estive. E souberam-me muitíssimo bem.