Entendamo-nos. Eu não tenho nada contra a democracia liberal. Em Inglaterra.
Eu não tenho nada contra o Comunismo. Em Cuba.
Eu não tenho nada contra a Social Democracia. Na Escandinávia.
Eu não tenho nada contra o Neo-Liberalismo ou mesmo o Neo-Conismo. Nos Estados Unidos.
Eu não tenho nada contra a cleptocracia. Em Angola.
Eu não tenho nada contra a Teocracia. No Irão.
Em não tenho nada contra a Tecnocracia. No Japão.
Aliás, nem contra, nem a favor.
Que fabriquem, que produzam, que se esfalfem, que exportem, que roubem, que massacrem, que procriem, que se comam uns aos outros ou às outras, pouco me interessa! Que o Diabo os leve ou Deus os transporte, quero lá saber!.
Eu respeito os outros, respeito toda a gente. Eles é que vivem lá, eles que se entendam. Se descobriram naquela a maneira assaz peculiar de se organizarem (ou desorganizarem, tanto faz), pois que sejam felizes, ou infelizes, mas, em todo o caso, que lhes faça bom proveito. Não me custa crer que é assim que se sentem bem. Longe de mim querer impor-lhes os meus modelos ou conceitos. As minhas taras ou fantasias. Não tenho especial fascínio por turismo, muito menos ideológico.
O que não suporto é que eles, quaisquer que eles sejam - ou enviados, eunucos, lacaios, procuradores, clones e delegados deles – me queiram vir impingir a mim o que só lhes diz respeito a eles. Me queiram afogar na felicidade ou infelicidade deles. Me queiram converter às manias ou fobias deles. Me queiram, enfim, encurralar nos currais ou manjedouras deles. Porque não se mudam eles – esses heldéres ao domicílio – para lá, já que aquilo tanto os fascina e obceca? Porque não se transplantam eles para esses paraísos terreais, em vez de quererem, à viva força, de martelo ou compressor, com laivos de paranóia e fervor de birra, importar esses territórios inteiros para cá? Acham que num espaço tão pequeno, tão exíguo, cabem essas traquitanas, essas feéricas babilónias todas?
Eu sou português, caralho! Nasci e hei-de morrer nesse estado, que poderá ser deplorável a muitos títulos, a mil e mais um, mas é o meu. Se Deus me mandou ser português, se ordenou ao destino que aqui me plantasse, que não venha cabrão nenhum apregoar-me o contrário. E tudo o que não seja isso, essa raiz que mergulha aos abismos e essa fronte que se levanta aos céus, é o contrário, é a negação, é o aniquilamento disso.
Mas isto sou eu. Cago-me em ecos e séquitos, passo bem sem companhias.
Os outros, esses que se arrepelam e amarguram com a pequenez e a pobreza do seu próprio pais (o que apenas reflecte a pobreza e a pequenez da ideia que fazem dele e de tudo), esses todos, se querem ser americanos, porque não vão ser americanos?
Se querem ser ingleses, porque não vão ser ingleses?
Se querem ser espanhóis, porque não vão ser espanhóis?
Se querem ser escandinavos, porque não vão ser escandinavos?
Se querem ser chineses, russos, suíços, austríacos, alemães, albaneses, esquimós, marcianos, porque não vão sê-lo duma vez por todas e desatravancam a passagem?!
Por gentileza, não me dou ao requinte de mandá-los de volta para a c*** -digo, vagina- da santíssima mãe deles. Mas, francamente, fico sem perceber porque raio se deram ao trabalho de sair de lá.
20 comentários:
Mas por quem sois, caro Dragão !
Que provocações vos fizeram para que desse chamejante modo reagisseis ? É sempre com apreensão que vejo conterrâneos declararem guerra ao mundo, carago.
Que a calma da gruta, a força da escrita e a genuína e nobre tusa lusa estejam convosco!
Ok! mas podias ter escrito "cona"! Já que escreveste "caralho", caralho! E a palavra "cona" é das mais belas que o mundo tem, por isso é tão protegida e tão escondida também. E ainda bem! Parece-me até que nunca a escrevi, sem ser aqui e agora, aproveitando o momento e mesmo em cima da hora. Não voltarei ao assunto- porque merece reserva e muita estima também.
Por isso fica a elegia- que não é minha, mas é bela; tão bela como a dita que me permite a desdita de a desejar para mim.
G. Moustaki - C´est lá
"C'est là que le monde commence
C'est le début de l'infini
Jardin secret couleur de nuit
Royaume d'ombre et de silence
Terre promise île déserte
Refuge crypte et oasis
Jardin de nos plus doux délices
Source toujours redécouverte
C'est là le centre de la terre
Où se rencontrent nos envies
C'est là que se donne la vie
Royaume d'ombre et de mystère
C'est là que commence le monde
Là où ta main guide ma main
Pour mieux lui montrer le chemin
Au coeur d'une forêt profonde
J'y découvre des paysages
D'étranges fleurs d'étranges fruits
Dans cette étrange galaxie
Où me conduisent mes voyages
C'est là le centre de la terre
Le saint des saints le lieu précis
Où de naguère à aujourd'hui
Je me noie et me désaltère
C'est là que le extase commence
C'est le début de l'infini
Jardin secret couleur de nuit
Où tu recueilles ma semence"
Como isto é bonito!
E como isto é redutor...e apenas parafraseante!
C´est Là!
Tudo dito e bem dito. QUE SE FODAM!
A
Vamos (pro)seguir então este prescrutante raciocínio:
Eu também não tenho nada contra o cristianismo, na palestina.
Nada tenho contra o fascismo, em Itália.
Nada tenho contra a paella, em Espanha.
Nada tenho contra a monarquia, lá no sítio onde a inventaram.
Nada tenho contra a república, lá no buraco onde a pariram.
Nada tenho contra o automóvel, lá na terra do Engº Benz.
Nada tenho contra a electricidade, lá no obscuro quarteirão onde dela tiveram necessidade primeiro.
Nada tenho contra a escrita, lá na Suméria.
Nada tenho contra a filosofia, na Grécia.
Nada tenho contra os caractéres móveis, na trrinha do Gutemberg.
Nada tenho contra os computadores, nos EUA.
Nada tenho contra a TV, lá na aldeola do sr.Baird.
Nada tenho contra o rádio, na casa do sr.Marconi.
Telefones?! Tudo bem, lá no sítio de onde veio o sr.Bell.
Raios.
Que havia de dar na cabeça da Humanidade de, ao longo de milénios, ter andado em trocas económicas, culturais e filosóficas, adulterando assim as suas raízes irremediavelmente!!!!!
Maldição!
Que maldito fado o nosso, termos ido por esse mundo fora a obrigar os pobres nativos a gramarem connosco.
Eles não nos chamaram, coitados...
Pior. Muito pior foi termos sequer saído daqui.
Um horror.
Levantai-vos Velhos do Restelo, pois tendes razão.
Ergamos muros à volta dos nossos países (parece que entretanto voltou a ser moda) e fechemo-nos a tudo e a todos.
Abaixo o turismo, essa distração abjecta e violadora das nossas mentes e identidades.
O glorioso sol (e exemplo) ergue-se na Albânia.
Sim.
Enver Hohxa também desprezava (quase) tudo o que não fosse albanês e assim deu alegria infinita ao seu povo, preservando-o de perniciosos e maléficos estrangeirismos.
Mas...
Será que o que o Dragão 'pede' também não é.......uma imposição?
Seguindo este raciocínio, quão grandiosa teria sido a gesta da Humanidade!!!
Oh sim!! Agora não estaríamos aqui, por exemplo, a enfadar-nos uns aos outros.
Estaríamos todos em Lascaux (ou tugúrios similares) pois, ao que parece, nada temos a aprender uns com os outros.
Ergamos o muro, pois então.
Mais uns pontos para o Dragão!
FilipeBS
Agora que veio um frio p'lo ar do catano, lá isso veio.
Caro "anónimo",
Devo presumir que considera grandiosa a actual gesta da humanidade. Tem grandesas e misérias, acho eu, mas não tenho a certeza. Já quanto à gesta da sua santa mãezinha, abençoada seja apesar de tudo, e tendo em atenção o chorrilho de frescuras que o rebento aqui acaba de verter para amostra, não me restam quaisquer dúvidas: é confrangedora.
Não!
Não considero a actual gesta da Humanidade grandiosa (seja lá o que isso for)..
Como poderia sê-lo?
É o que é: tem coisas 'boas....e 'más'....naturalmente.
O Homem, ser naturalmente imperfeito, não pode nunca dar-à-luz a 'perfeição'.
O grande drama do curso inexorável do tempo têm sido aqueles que se acham 'mensageiros' da perfeição.
Em nome das utopias dos 'mundos perfeitos' e dos modelos (ditos) finais e 'perfeitos',noções detidas pelos 'donos da razão absoluta e universal' (houve tantos destes...) jazem milhões de cadáveres semeados ao longo da História.
Não devemos ter (porque haveríamos de ter?) demasiadas expectativas quanto à 'gesta'.É um erro. Uma estultice. É, acima de tudo, absolutamente inútil.
O mundo é o que é. O Homem é o que é, ou seja: é um indivíduo da espécie 'Homo-Sapiens' com fato, gravata, e carro mas que, retirando-lhe isso tudo, é o mesmo Homem que viveu nos tais tugúrios cavernícolas de Lascaux. Carrega e carregará SEMPRE, os genes que o UNEM à Natureza, os seus instintos primitivos, por mais engalanado e engomado que se apresente.
O problema do seu 'raciocínio' é que é isolacionista.
Só o que aqui foi criado é que pode ser nosso.
O resto que se lixe.
Então que se lixe D.Afonso Henriques também, nascido aqui, filho de 'emigrantes',de uma galega e um francês.....à luz da sua sapiente rejeição total de todo e qualquer 'internacionalismo'....
Não, isto não é nacionalismo, de modo algum.
Isto é o muro, ou então o Dragão expressou-se de forma infeliz...
Se podemos prescindir das ideologias polítcas e económicas....podemos também (PORQUE NÂO?), prescindir daquilo (e até de mais 'coisas') que enunciei.
Não entendo a adjectivação (negativa) que me dirige nem porque chama à liça a minha progenitora.
De qualquer modo, não lha 'devolvo'.
Não é por aí.
"anónimo"
uauu!!! agora temos rap ":O)))
e que tal musicar esta cena?
e o nelson devia conhecer aquele outro velho adágio popular que diz que na reprodução das ideologias o rebento sai bode ":OP
Olhe, ó Nelson, se não quer ser tratado como burro, não lhe vista a pele. O que é facto é que Vocelência treslê e debita uma "disquete" ("cassete" são os outros seus primos não-liberais) que, mais que um atentado à minha paciência, é um atentado à sua própria inteligência.
Discorde de mim à vontade. Argumente, mas argumente algo de seu. Pense, homem. Ou, pelo menos, leia com atenção, tente perceber o que os outros dizem. Não venha de preconceitos em riste, com a mochila cheia de enlatados a que chama ideias, e despeja no mundo feitas desarrincanços cintilantes.
Você, pelos vistos, sente em si uma vocação, um chamamento poderoso, superior, que o convoca à liça em defesa do ricos e poderosos deste mundo, na armadura reluzente de paladino do status-quo!
Que diabo, não acha isso patétic? Acha que eles precisam de si para alguma coisa? Isso não lhe sabe a eunuco de guarda ao harém?
Isso, em rigor, ainda é mais fruste, mais coninhas que os gajos de esquerda - os bloquistas, por exemplo, que tanta raiva lhe causam. Eles, ao menos, disfarçam-se de cordeiros, de beatolas, mas lá por baixo são lobos ferozes. Servem-se dos desgraçados como trampolim, para se promoverem, para alcançarem espaço junto à gamela do Poder. Querem alterar o status-quo, na singela medida em que almejam instalar-se nele, ascenderem, tornarem-se barões. De resto, não tem sido esse o motor do progresso que você tanto estima: Homicídio, genocídio e, sobretudo, parricídio?
Você nem isso. Contenta-se em ser uma arremedo auto-mutilado dos Delgados da praça. Contenta-se em fazer de cão de guarda ao palácio das grandes glórias do momento. Já reparou que está de quatro e não vai de jipe?
Você vive, ou faz que vive, essa fantasia dos bons e dos maus, dos cow-boys e os índios. Há uma literatura que é quase do tamanho da vida, mas não é certamente a BD nem os argumentos das séries do faroeste.
Bem no fundo,o que o que você ainda não percebeu é que a guerra que está a ter, verdadeiramente, é consigo, não é comigo. É a luta entre dois instintos: o bípede e o quadúpede.
Confio que o primeiro, após épica refrega, triunfe. Ou não teria perdido este tempo todo consigo.
PS: Nòs, os dragões, como bem deve saber, somos quadrúpedes perpétuos. Mas nós temos asas.
Olha! Uma polémica! Não a deixem fugir...
O meu comentário anterior é apenas um intermezzo. Não o leiam com olhos de ordinarice, pois não está lá essa meretriz do gosto e que cativa quem a procura.
Quanto ao assunto central do postal ribombante, fico a meio da ponte.
De um lado, a reivindicação de uma maneira de ser nossa e bem nossa, com séculos de experimentação.
Desde há muito que nos abastardamos. Se calhar desde sempre.
Uma pessoa vai a Sintra e a Vila Viçosa e que vê?! Cópias pífias de palácios franceses do séc. das luzes.
Versailles em miniatura; pinturas de cópia; roupas de modas emprestadas; arquitectura estrangeira.
Uma pessoa vai a museus da indústria nacional antiga e que vê? Máquinas importadas da Inglaterra e Alemanha!
Uma pessoa olha para as pontes que temos e que observa em balanço? Os nomes de Eiffel em várias e o do Cardoso do Porto em algumas, mas recentes.
Uma pessoa passeia em certos sítios e pisa a calçada de macadam colocada por cima das pedras romanas e recalcada em betume comprado a espanhóis de tecnologia importada.
Cá por mim, caro Dragão, não me importa este internacionalismo de trocas e baldrocas.Tem vantagens e começou logo no período que tu exaltas como o de grandeza portuguesa- a época da gesta dos Descobrimentos. Estou enganado?
Que fizeram os intrépidos marujos de quinhentos? Largaram amarras para agarrar as pimentas e os piri-piris. E que bons que eles são! E não são nossos. As batatas também não. E o arroz idem. E nós somos um povo de batata e arroz.
O azeite é nosso? Partilhamos com os espanhóis de quem não gostas.
O que é nosso verdadeiramente? O
Tem razão quem disser que a xenofobia começa da diferenciação do outro por ser estranho á terra.
Olha! Uma polémica! Não a deixem fugir...
O meu comentário anterior é apenas um intermezzo. Não o leiam com olhos de ordinarice, pois não está lá essa meretriz do gosto e que cativa quem a procura.
Quanto ao assunto central do postal ribombante, fico a meio da ponte.
De um lado, a reivindicação de uma maneira de ser nossa e bem nossa, com séculos de experimentação.
Desde há muito que nos abastardamos. Se calhar desde sempre.
Uma pessoa vai a Sintra e a Vila Viçosa e que vê?! Cópias pífias de palácios franceses do séc. das luzes.
Versailles em miniatura; pinturas de cópia; roupas de modas emprestadas; arquitectura estrangeira.
Uma pessoa vai a museus da indústria nacional antiga e que vê? Máquinas importadas da Inglaterra e Alemanha!
Uma pessoa olha para as pontes que temos e que observa em balanço? Os nomes de Eiffel em várias e o do Cardoso do Porto em algumas, mas recentes.
Uma pessoa passeia em certos sítios e pisa a calçada de macadam colocada por cima das pedras romanas e recalcada em betume comprado a espanhóis de tecnologia importada.
Cá por mim, caro Dragão, não me importa este internacionalismo de trocas e baldrocas.Tem vantagens e começou logo no período que tu exaltas como o de grandeza portuguesa- a época da gesta dos Descobrimentos. Estou enganado?
Que fizeram os intrépidos marujos de quinhentos? Largaram amarras para agarrar as pimentas e os piri-piris. E que bons que eles são! E não são nossos. As batatas também não. E o arroz idem. E nós somos um povo de batata e arroz.
O azeite é nosso? Partilhamos com os espanhóis de quem não gostas.
O que é nosso, verdadeiramente? O que é que nos caracteriza como povo singular? A cortiça? Os Lusíadas? Nem essa obra: Petrarca teria uma palavra a dizer!
O Eça? C´mon! Esse tipo viveu na Inglatessa e em França tempo suficiente para conhecer Vítor Hugo e outros Dickens.
Tem razão quem disser que a xenofobia começa da diferenciação do outro por ser estranho à terra.
Eu nesse aspecto sou mais hippie: paz! harmonia!Concórdia! Vivamos todos debaixo deste mesmo tecto que se chama Terra, cada um com as suas diferenças e todos sem incomodar os outros que pensam diferente de nós.
A não ser que nos queiram incomodar. Nesse caso, ribombas para cima, em legítima defesa. Só nesse caso.
Porra! Duas vezes! As desculpas.
Aproveito para relançar o balanço na ponte imaginára e olhar para o outro lado.
Vejo assim que a dicotomia pode ser feita. De um lado o que é genuíno da nossa pequena e ditosa pátria, que nos calhou em rifa na mistura cósmica de genes. E de genuíno, a nossa pátria tem o povo que por cá tem andado. Que veio de muitos lados e formou uma identidade no modo de falar e nos costumes.
Fez casas, casarões e palácios. Será original aqui, neste acastelar de pedraria? Acho que não.
As catedrais começaram algures na Occitânea. A religião também veio de Roma. Os reis nasceram algures e só depois de radicaram por cá. Os castelos também foram de arquitectura copiada e os palácios que se seguiram com panos, madeiras e pinturas não são sinal distintivo de um povo: há mais e melhor noutros lados, lá para as beiras da Toscânia. Muito melhor!
Nas artes e literatura o que nos distingue identifica?! A custódia de mestre GOnçalves? O que está no museu nacional das Janelas Verdes? Os painéis de S. Vicente?
Frades, tivemos como houve antes no sul de França e reinos de Itália: beneditios e até Templários!
Escritas em palimpsesto não faltam mas não chegam aos de outros lados, mais antigos e que nos inspiraram, lá nos lados de Constantinopla. Da Grécia e de Roma aprendemos a pensar.
Então qual o outro lado sombrio e para onde também não quero ir? O da cópia abastardada.
Na escrita, nas codificações, nas ideias peregrinas que permeiam as propostas legislativas!
Aí, dou-te razão, carao Dragão! A cópia, o plagiato puro e simples de ideias alheias sem atender à especificidade de quem se habituou a comer caldo de farinha e a salgar o porco em arcas de pedra.
O plagiato de quem traz para cá a ideia de que o sucesso a qualquer preço é o bem supremo do liberalismo económico; ou a ideia de que os pobre que se fodam porque podem sempre comer feijões, como dizia o Reagan!
Essas ideias em peregrinação também me lixam.
Então na Justiça, é vê-las a medrar como cogumelos na humidade! Ideias alemãs, francesas etc, são tidas como o expente máximo da nossa inovação legalizadora.
Sem qualquer vergonha, pois os próprios plagiadores dão conta disso nos preâmbulos que organizam nos códigos.
É ler o preâmbulo do Código Penal de 1982. Ali vem a menção ao Parlamento alemão!
Enfim.
Pois eu li este rap do Dragão de modo muito diferente. Que proliferem as teorias que bem entenderem mas não nos imponham normalizações em nome da salvação da pátria. Foi só isto. E não me pareceu que ele estivesse a falar das famosas “especificidades da originalidade tuga” a não ser na figura de uns estrangeirados de jornal que andam sempre muito prontos a impingir os seus magníficos planos da magnificência planetária que estupidamente parece recusar as suas dicas...
Mais non! C´est tout a fait la même chose.
Je parlais...da mania bem portuga de importar ideias estranhas aos nossos arreigados costumes.
Algumas pegam; outras nem por isso. Mas o que me parece criticável, por prejudicar uma evolução que se quer positiva e isto significa possibilitar melhor nível de vida material e espiritual para todos, é a absorção osmótica de ideias copiadas de latitudes oblíquas.
As leituras e ensinamentos estrangeiros têm muito peso nessas opções espúrias.
E isso acontece porquê? Porque não temos "inteligentsia" suficiente para produção autónoma e própria.
Alguma vez tivemos? É aí que "la boucle est bouclé"!
Tome lá, que há muito não me exprimia na língua de Descartes. Se calhar irracionalmente, mas com alguma lógica, parece-me.
A mais oui, ça c’est vraie. Mais je parlais de ceux qui ont se croie la vraie inteligentsia de la patrie parce qu’ils ont découvert qui tout le monde parle en prose
":O.
DEus te abençoe, Zazie! Haja alguém que entende o humilde escriba. Enfim, humilde não é lá muito!...
Mas, de facto, esta malta fez pr'aí umas leituras arrevezadas que me transcendem. E eu a pensar que tinha escrito simples, curto e grosso.
Dragão: somos alminhas gémeas nesse campo: feio, curto e grosso é comigo ":O)))
Olha lá ó Nelson, que se lixe o Afonso Henriques o camandro! Que se lixe o Afonso Henriques o camandro!
Dei a minha vida para construir uma Nação livre e independente, herdeira do tesouro dos Templários (eu próprio o fui, como simpatizante claro, não como filiado, como o atesta o modo como as minhas luvas de combate estão arrimadas na minha tumba)e que com esse tesouro e a Cruz transformada desse novos mundos ao Mundo, ouvistes? Ques se lixe Afonso Henriques é pior que pintar bastos na bandeira nacional, como o fez o prostituto Oneto António, do clube do Soares e outros.
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