A juntar às eleições no Iraque, ao Tsunami nas Maldivas e ao Holocausto da Segunda Guerra Mundial, outro dos grandes problemas nacionais, dos mais prementes e prioritários na agenda política, é a adopção de crianças por casais homossexuais.
Começo por dizer que não entendo, não é compreensível sequer, que os homossexuais sendo tão avançados, tão liberabundos, afrontando tão visceralmente a sociedade num dos seus núcleos fulcrais (a própria família biológica –e que eu saiba, não há outra), se tenham depois contentado com aquela farsazinha burguesa do casal. O maridinho e a esposa, a esposa e o maridinho, quiçá por turnos, numa monogamia tão rançosa quanto a dos piores burgueses de Stendhal. Para cúmulo, como se essa paródia grotesca já não bastasse, agora reclamam o resto dos acessórios, a filharada em comitiva, de lacinho e chapéu, para irem todos -muito dignos e apessoados - à missa, ao domingo. Antes disso, e depois também, é mais que certo que tratarão de mover o céu e a terra de modo a obrigar os padres a casá-los, a baptizar-lhes os fedelhos adoptivos, a dar-lhes catequese, e a ouvi-los –a todos, aos cabrões dos putos e aos estafermos dos pais – em confissão semanal. Menos que isso, ó da guarda, que é discriminação. Uma miséria, enfim! Mandá-los a todos para o caralho seria redundante.
Mas, isto do "casal" intriga-me. De facto, porquê casal homossexual? Porque não trio, quarteto, quinteto, caterva, centúria ou, como até bem mais emblemático seria, comboio? Porque carga de água se lembraram de arremedar a famelga tradicional, estúpida, obsoleta, e não o grupo de jazz, a tuna académica ou o expresso transcontinental? Porquê uma monogamia a todos os títulos gasta, nas vascas, e não uma poligamia, ou poliandria, ou policongresso itinerante?
Como quereis que vos levem a sério, ó bichonas, com essas parelhazinhas de imitação, de pechisbeque, de pacotilha? Casal por casal, o juiz, que não é parvo nenhum, entrega o desgraçado do órfão aos burgueses tradicionais, caga-se nos peregrinos. E acho muito bem. Mal por mal, antes aquele que já se conhece e contra o qual já existe legislação.
Agora imaginem: “Quarteto homossexual”, “comboio homossexual”...É catita, não? O meirinho anunciava: “meritíssimo, está lá fora um “comboio homossexual” que pede para adoptar uma criança, de preferência menino!” Aqui, o juiz, no mínimo, impressionado pelo número, hesitava, suspendia na balança e era forçado a admitir que vinte, ou duzentos (fora os contactos, as liaisons), sempre pesam mais que dois. Mesmo um quarteto ou quinteto, um trio que fosse, já acrescentavam qualquer coisa. Já o levavam a pensar duas vezes. Já o punham a fazer contas de cabeça, a extrair raízes quadradas, co-senos e algoritmos. Nestes nossos dias, a contabilidade é preciosa, vale muito, avassala as mentes. É preponderante. Agora assim, vão duas avantesmas amaneiradas, a cavalo num livro de cheques, de braço dado, e o que é que o meirinho murmura ao juiz? “meritíssimo, estão ali fora duas bichonas, armadas em barbies chocas, a pedirem criancinhas para irem brincar às casinhas!”
Em resumo: um casal homossexual, gay, ou o que lhe queiram chamar, não é digno de adoptar crianças porque é uma anedota de mau gosto, uma bimbalhice abaixo de cão, mais digna até de dó e cuidado clínico que propriamente de apedrejamento ou invectiva.
E se a inteligência e o conhecimento são limitados, a estupidez também deveria sê-lo. Urgentemente. Até por uma questão de higiene e saneamento básico. Quando não, é a própria sanidade mental das sociedades que entra em colapso. Porque em degradação consumptiva anda ela há muito tempo.
31 comentários:
Isto não tem nada a ver... ou se calhar até tem?! Porque constam tantos links de endereços de blogues de ideologia fascista por aqui?
E eu que até estava capaz de assinar por baixo este post.
Trios, quartetos ou quintetos. Essa fauna dá-se bem em grupos. Quantos mais melhor, dizem. Gostam de variar e de arriscar... e os outros que se f*dam.
A
Caro anónimo,
Lastimo que,pelos vistos, dê mais valor aos "links" que ao que se escreve no blogue. É preterir o essencial ao acessório.
Em todo o caso, penso que existem também outros "links" que não são de "ideologia fascista", pelo que se não gosta destes pode sempre experimentar aqueles.
Aliás,se não me levasse a mal, até lhe agradeceria a gentileza de me indicar quais são esses "fascistas", bem como o tratamento que, em sua opinião, lhes seria mais adequado. Bani-los? Censurá-los? Denunciá-los às autoridades?
Em boa verdade, e para que eu não incorra em risco de tirar ilacções precipitadas, conviria que o caro amigo elaborasse um pouco mais sobre o assunto. Se ter tais "links" é um problema, ou uma virtude; se, sendo problema, porquê?...Enfim, essas coisas. Eu, como já deve ter reparado, não sou lá muito esperto, pelo que estou sempre pronto a aprender.
Portanto, se não abuso da sua benevolência, até lhe proporia um acordo: VªExcª explica-me porque é que este meu blogue não deveria ter tais "links" (se bem interpreto o seu comentário); e eu,em compensação, explico-lhe porque é que eles ali estão (mas adianto-lhe, desde já, que não tinha nenhum deles na conta de "fascista").
ora bem. Dragão seja louvado que também ando com uma vontadinha louca de dizer umas coisas sobre o assunto. Espera aí que agora estou de saída.
Logo volto cá para ler isto com atenção. ehehehe sabe tão bem poder poder partir telhados e balofices politicamente hipócritas em conjunto ":O))
Ai Dragão!
Este é um "testo" extremamente fasssista!
E eu que estava a gostar de aqui me vir!
cruzes canhoto
canhoto sinistro
sinistro esquerda
esquerda direita
Ai!
Assinado: Outro Anónimo.
Ahahahaha clap! Clap! Clap! Fizeste-me o dia, carago. Quem me dera escrever assim para dizer isto que é o mesmo que ando a dizer ao tempo mas mal escrito “:O)))
É mesmo isto, sem tirar nem pôr. Este folclore que agora mudou de nome e fala por siglas.
E eu não diria que são os homossexuais. Esses estão out. Aqueles romantismos e excessos de paixões marginais e contra-culturas e aventuras anti-burguesas, como tu dizes são espécimes em vias de extinção.
Agora o que está a dar é ser-se gay ou melhor ainda: militante de corporações por siglas, que dão muito jeito que se pode acrescentar sempre mais uma aos trans, e bis e les que a natureza ainda não esgotou todos os hibridismos.
Estes LBGTs têm tudo, meu caro. Têm programas de rádio, partido político, circuitos de férias, turismo para gostos mais exóticos e kinkys, arraiais patrocinados, enfim, uma infinidade de benesses sociais e outras de iniciativa própria em que não me admiraria que até se incluísse os cursos de ponto-pé-de-flor para o enxoval e preparação matrimonial. São uma verdadeira alegria alternativa em franshising.
O que lhes falta é tornar isto tudo decente, debaixo da lei Estatal e ao abrigo dos direitos humanos. E aumentar, aumentar o grupo até mais não poder. E aí é que a porca torce o rabo. Então o Estado não é sensível ao efeito afrodisíaco do IRS, das poupanças-habitação e não havia de ser sensível à família tradicional-gay e lesbo?
E há-de ser, paulatinamente e com muito lobbie há-de vir a ser, pois. Todos sabemos que as criancinhas sempre serviram para dar credibilidade à tradição. E se não gostarem que se lixem, afinal de contas já o estavam à partida...
Só me intrigo com uma coisa: porque será que não resolvem isto entre si? Nos tais comboios e em franchising? Porque será que têm sempre de se armar em arautos dos que nem se metem neste folclore?
É claro que a minha pergunta é retórica. A verdade é que agora os partidos também deram para o fracturante. Que isto de política e governo já ninguém se interessa tamanha é a choldra. O que é preciso é “identificação por imagem”. E de muita clientela para lá chegarem - à partilha do bolo na choldra. E o que está a dar é isto, já nem são os bichinhos e a natureza. Esses nem votam... Agora o que é preciso é a tal empatia com o que vai na alma. Coisa muito teen mas também todos sabemos que a política já não é adulta. E é como eu digo. Ainda há-de vir o dia em que será incluído prêt-a-porter oficial do partido no programa eleitoral.
Isto anda tudo a brincar às casinhas, meu caro...
ainda não parei de rir ":O)))
"meritíssimo, estão ali fora duas bichonas, armadas em barbies chocas, a pedirem criancinhas para irem brincar às casinhas!”
ahahahaha
É justo e oportuno o teu post, ó Dragão.
A adopção de crianças por homossexuais é pedofilia elaborada. Enquanto forças tiver para voltear este montante, te garanto que fufas e paneleiros só adoptarão animais (cães, gatos porcos, hamsters e outros que tais). Uma criança jamais deverá poder ser condenada a preencher a fantasia de um casal de bichas ou sapatões.
Permitir isso é mandar às malvas anos de civilização e pactuar com quem não só não se suporta tal como é, como o quer impor aos outros.
Este gajo consegue "ler" sempre tudo da maneira mais cretina...
Mais um 'post' soberbo! FilipeBS
Eu não costumo escrever nas entrelinhas; só queria mesmo saber o porquê dos tais links para blogs ideologicamente fascistas, marcarem quanto a mim, uma presença tão vincada por aqui. Hipocrisia não é o meu forte. Querer impor as minhas ideias em blog alheio também não. Por outro lado detesto bufos e quejandos; sou apenas mais um ingénuo que vai sobrevivendo e que até costuma gostar de ler o que se escreve no Dragoscópio. Pelos vistos temos apenas critérios diferentes no avaliar das ideologias.
José Carlos
Concordo plenamente com as seguintes frases deste post:
"E se a inteligência e o conhecimento são limitados, a estupidez também deveria sê-lo. Urgentemente. Até por uma questão de higiene e saneamento básico."
Frases que por acaso se aplicam que nem uma luva ao autor. Parabéns, pois, pela clarividência.
Fernando
ó zazie, além de perceberes à brava do assunto e dele falares com incontinente entusiasmo, escuta:
franchising é com "ch". Ou será que foi a minha "maneira cretina de ler" o que escreveste ?
Caro José Carlos,
Continuo sem saber exactamente a que links se refere. Blogue declaradamente fascista conheço um -o "Fascismo em Rede"-, e devo dizer que posta até textos interessantes. Isto, porque não sendo eu narcisista, não aprecio sobretudo reflexos e ecos. Todavia, não está aí linkado.
De qualquer modo, e abreviando, a resposta à sua pergunta encontra-a integralmente neste mesmo blogue, no dia 26 de Outubro de 2004. O post chama-se "Links e Anonimato". Recomendo-lho. Se não quiser perder tempo com isso, adianto-lhe uma síntese do mesmo:
«Quanto às ideias e opiniões de todos eles, os que linko, não me meto nisso. É lá com eles. Repito: Se são democratas, socialistas, liberais, fascistas, salazaristas, salazarentos, comunistas, stalinistas, nazis, o diabo que os carregue, ou o que muito bem lhes dê na real gana, não sou polícia. Muito menos do pensamento. Um blogue, como vazadouro positivo, pode ser uma boa forma de exorcismo. Do que sei, com certeza, é que nenhum deles, desses todos, está totalmente certo nem totalmente errado. Politicamente, se ainda não perceberam, sou aristotélico; e, consequentemente, nietzschiano: estou “para lá do bem e do mal”, ou, traduzindo para crianças: para lá da “esquerda e da direita”. Portanto, o obsoleto e anacrónico não sou eu. Nem o patetinha alegre.»
de facto escrevi uma vez com erro e outra bem. Foi erro meu e gosto de ler só para o lado que interessa.
E não, felizmente é coisa que não conheço por experiência própria.
Apenas conheço por experiência própria a estupidez dos inquisidores do politicamente correcto.
E a esses costumo dizer: podem vir com a raquete: I confess!I confess!
Ó Dragão, isto para ser ouro sobre azul só faltava agora um post sobre o “assumir” e as fobias. As fobias da moda. Eu gosto muito dos idiotas do “é preciso assumir”e das fobias alternativas.
Ok zazie. Fim de hostilidades. Chateou-me que considerasses cretina a minha leitura.
Em primeiro lugar abomino o politicamente correcto. Sou monárquico, e em Portugal não há nada menos politicamente correcto do que ser-se monárquico. Pelo menos desde 1910. Em segundo lugar a minha forma de "ler cretina" só o é quando se dá o caso de o objecto da leitura ser o que a cretina escreve. O que não é o caso. Em terceiro lugar, prefiro rir-me com o que se escreve do que entristecer-me com a interpretação disso.
As minhas desculpas pela minha antipatia.
Francamente, ó Zazie, isto não é um blogue de discos pedidos (ainda te lembras do "quando o telefone toca?")!...:O))
Mas intrigas-me: que raio é isso do "assumir" e mais coiso e tal?...:O/
(especifica melhor para ver se me interessa...:OP)
É pá vá lá, se for preciso eu recito o reclame “:O)))
Então é assim (para ficar também na moda): andam para aí umas luminárias que usam o verbo assumir num sentido que sempre me intrigou. Lembro-me que há séculos já o MEC falava na coisa. Os gajos não assumem cargos, ou coisa que o valha, os gajos dizem que assumem quando a questão é avaliada com uma vergonha. Na volta fica mais ou menos assim: eu cá sei que sou uma besta mas assumo plenamente esta condição. Ou assim: eu cá até sei que sou um vigarista e um ladrão mas não tenho vergonha nenhuma na cara: se for preciso assumo-o já”
É muito giro. Porque agora andam para aí as patrulhas do politicamente correcto à cata dos que não assumem. E depois é uma vergonha. E chamam-lhes nomes como homofóbicos. Ora toda a gente sabe que fobia vem do grego e quer dizer medo, pânico. Assim como a agorafobia ou a claustrofobia. E também todos sabemos que este pânico é uma coisa ofensiva, abominável, ou como agora se diz, uma coisa repugnante e execrável; um tremenda ofensa a quem a não tem. O que fazer? dar-se-lhes uma boa de uma lambada nas trombas que a fobia passa logo? Ou obrigá-los a assumir a coisa para bem da sanidade pública?
Sobre este assunto da paneleiragem e assunções correntes de estados civis, pouco posso dizer e muito menos devidamente reflectido, pelo que o que se segue, fica sujeito a desconto, em época de saldos.
No meu tempo de rapazola, a paneleiragem era um assunto marginal e acantonado a uns tantos indivíduos conhecidos na comunidade e apontados a dedo escondido. Eram os notórios pederastas, homosexuais públicos e que existiam nos meios pequenos como os habituais "tolinhos", tolerados por todos, desde que de costumes circunscritos.
Apesar de tudo e com toda a evolução televisiva, ainda hoje é mais ou menos assim. O que mudou essencialmente, foi a exposição pública do fenómeno- que não dos protagonistas.
Devo confessar que também a mim me causa uma certa impressão pouco favorável, a defesa pública da causa, feita por prosélitos tipo Vale e Almeida, na tv, como se a reivindicação de um estado civil minoritário e paralelo ao que normalmente se espera, conferisse o estatuto de guardador de margens.
Os poucos paneleiros que conheço ou julgo conhecer, não me incomodam por causa da opção pessoal de dormir ( eufemismo, para não ser ordinário) com pessoas do mesmo sexo. Mas na verdade, ainda milita cá dentro o preconceito em desfavor dessa diferença fundamental.
Não devia ser assim- mas é. Tento que não seja.
E talvez por isso comungue da ideia dragoniana de que não será muito normal nem natural a adopção de crianças por homosexuais. Mas há casos e casos. E meios e meios. No meio artístico, por exemplo, e que é aquele onde se acantona o maior número de pessoas diferentes na natureza das preferências, incluindo a sexual, o fenómeno não me repugna. O essencial é que a criança adoptada seja bem tratada e respeitada na sua integridade física e moral , seja lá o que isso for.
Aqui há uns anos, duas fufas americanas quiseram gerar filho comum. Devido às incompatibilidades naturais, acordaram com o grande músico David Crosby a doação do esperma necessário à fertilização e assim compuseram o ramalhete dos seus desejos íntimos:
"Melissa Etheridge announced the news during an exclusive interview with "Rolling Stone" magazine, saying that Crosby helped father both of her two children, a three-year-old daughter, Bailey, and one-year-old son, Beckett, via artificial insemination.
Etheridge's long-time partner, film director Julie Cypher, physically carried and gave birth to the two children, although the couple had until now refused to identify who the children's biological father was.
"We just got so tired of this secret," Etheridge told the magazine, "it wears you out. And keeping this big secret goes against how [Julie and I] are choosing to live our lives -- very openly."
Há casos e casos e o dos paneleiros não é diferente dos casos mais straight.
Há no entanto, um fenómeno que já me incomoda de algum modo: hoje em dia, é difícil não esbarrar com estes assuntos de paneleiragem em qualquer lugar que se leia ou que se veja.É demais! É exposição a mais, paleio a mais sobre um assunto que atingirá uma percentagem significativa da população mas ainda assim, muito minoritária. E mesmo respeitando esse direito das minorias a se fazerem ouvir, já cansa tanta conversa de paneleiragem. Chega! Deixem lá o Portas ou o Sócrates ou o sei lá quem! Se forem paneleiros, é lá com eles! Que se amanhem. Fazer a diferença por isso, seja pela positiva, seja pela negativa da chacota pública, não me parece de bom tom.
Quanto a mim, deveria ser assunto circunscrito à intimidade de quem seja diferente e não tenha possiblidade de escolha por pessoa do sexo oposto; seja por natureza, seja por opção sinuosa.
Pois bem José,
Também partilho de algumas ideias que acaba de expor e por isso mesmo também não gostei da leitura que já se estava a fazer do texto do Dragão.
Simplesmente eu vejo a coisa de outro modo. Não faço a mínima ideia quem são os homossexuais não militantes que desejam o que os gays exigem. Não faço porque os que conheço não só não estão interessados como até detestam o folclore gay.
No outro dia houve aí um festival qualquer dos gays e quejandos e convidaram o Cesariny, como não podia deixar de ser. Contaram-me que este os deixou de rastos. Começou logo por perguntar o que era isso de gay que no tempo dele o que havia era homossexuais e depois as bichonas. E aí desata fazer trejeitos e paçinhos de dança no palco, agitando a bengala e gozando com aqueles idiotas todos. E acabou declarando que gay era a palavra mais triste que conhecia. Contaram-me que se fez silêncio na plateia. E o gay de serviço que teve de andar também aos pulinhos para não levar com a bengala ficou sem palavras.
E é disto que eu gosto. Agora o que não me agrada é tornar-se a palhaçada em programa político partidário e, muito menos, tratar-se tudo como se fossem direitos deles. A adopção é um direito de uma criança e nunca deveria sequer ser invocada como mais um direito de gay ou de lésbica.
Também conheço homossexuais que até têm filhos e não têm de ser pedófilos ou depravados. Simplesmente estes filhos também têm mãe. Têm pai e mãe. Foram formados com estas duas figuras parentais. Não foram abandonados num qualquer orfanato para depois terem na sina uma qualquer adopção gay ou lésbica. Porque, é claro que uma lésbica ou gay tem o direito que bem quiser em procriar. Mas não é desse que os militantes das organizações falam. O que eles querem não é ser pais ou mães. O que eles querem é consagrar na lei mais direitos em nome da sua bandeira e como porta-vozes de outros que nem sabemos quem são.
O que mais me incomoda nesta treta toda é a subserviência oportunistas como os políticos agarram estas coisas e fabricam causas e casos sociais que a existirem é mais por contágio de moda.
P.S. e quanto a alergias pessoais essas até são secundárias. O que eu dispenso mesmo são aqueles que não o sendo mais valia que fossem...
Vsamos lá ver se não encanamos a perna à rã. Gosto pouco de paliativos. O meu postal reflecte, irónica e sarcásticamente, sobre algo específico: a adopção de crianças por casais homossexuais. Reflecte o que eu penso, não esprime a opinião de Deus. O meu departamento, aliás, é mais subterrâneo.
Agora o que o meu postal não analisa, de maneira nenhuma, é a homossexualidade genericamente. Mas as pessoas, em vez de se aterem à questão específica, foram a correr devanear sobre o problema genérico.
Se formos por aí, então devo dizer que achei confrangedores os devaneios. Dizer que há homossexuais bons e homossexuais maus é o mesmo que dizer que há heterossexuais correctos e heterossexuais incorrectos.
A mesma lógica, não sei se já perceberam, conduz ao critério do politicamente correcto ou incorrecto.
Quanto a mim, se é da hossexualidade que querem falar, não a considero uma doença: considero-a um sintoma. Um sintoma claro de decadência, de necrose e mal-estar social. Em si, entendo-a como uma espécie de impotência, do incapacidade de amar o "outro", o "diferente". Porque o "outro" genuíno, autêntico do homem é a mulher e vice-versa. O impotente contenta-se com o "mesmo", com o espelho, com o onanismo a dois (ou três, quatro, etc).
Por outro lado, a homossexualidade em promoção cada vez mais descarada, surge como conveniência da homogeneização, da terraplenagem do mundo, da barbárie barbie que lentamente vai submergindo o mundo. O Homo-belicus, o viris, só dá problemas; o Homo-sexualis é muito mais maleável, plástico, adesivo. Em suma: emplastro. Faço notar que entendo a homossexualidade, neste contexto, apenas como mais uma perversão. Adianto ainda, como brinde gratuito, que a mariquice é cada vez mais endémica na gadeza masculina; e não se trata de levar no cu apenas, ou de dormir com outros gajos, é a incapacidade de erecção: a começar pela erecção da própria coluna. É o "sim, mas..." ou o "não, se bem que..."
Tudo isto, levando sempre em consideração que sou, como muito bem diz um comentador aí algures, um portento de estupidez, um ferrabrás nada sensível, enfim, um putanheiro militante.
Às vezes, acho que se fosse falar com as paredes, tinha mais sucesso.
Bem, a homossexualidade não a vou comentar porque até creio que existem vários tipos de homossexualidade e não apenas uma. Agora quanto à homogeneização de acordo. Era disso que estava a falar na nota final. È a masculinidade que faz com que as mulheres se sintam mais mulheres e vice-versa. Atribui identidades, ao contrário do que agora se diz. E creio que isso é tão notório na efeminização da sociedade como na da linguagem. O “assumir” é disso que fala: legitimar tudo desde que as fronteiras se dissolvam.
Quanto à virilidade creio que entendo o Dragão. Eu até a vejo como uma "ética", passe a expressão e é óbvio que não estou a falar de sexo ":O))
Mas aproveito para deixar aqui uma pergunta ao José. Para adoptar uma criança é necessário ser-se casado? Devia saber isto mas não sei “:O.
E creio que até é pertinente para a questão.
E a mariquice de que tu falas, os salamaleques, a falta de coluna, as pieguices, o paleio, os saltinhos para o que está mais à mão as bajulações, por aí fora era do que falava quando disse que as minhas alergias iam para os que não o sendo mais valiam que fossem.
Casados, sim! Et pour cause...
Quanto à problemática, do lado dos homosexuais, ver aqui:
http://ilga-portugal.oninet.pt/glbt/gip/adopcao.htm
...e também casados de facto, há mais de 4 anos- mas só para heterosexuais. Daí o problema e a discussão.
Thanks José. Segui o link e o que li foi que também é permitido que uma pessoa singular maior de 30 anos possa adoptar uma criança.
Pergunto-me se uma pessoa singular significa um eremita ou um cenobita que esteja impedido de ter relações sexuais.
Pelo que me parece que tudo depende dos inquéritos às condições que alguém pode oferecer para adoptar uma criança.
O que eu pergunto é se existe alguma alínea na lei que especifique que essa pessoa singular não possa ter relações sexuais com o mesmo sexo. A pergunta é retórica porque é óbvio que eles mal têm técnicos para avaliar se a ama é criminosa como a outra e às vezes até sabem e entregam.
Por isso o que li mais uma vez me parece uma vontade de marcar pontos na dita causa de ilgas e opus que satisfação de súbitos desejos maternais na população portuguesa.
Por mim que casem, por igreja ou em Las Vegas que não me aquece nem me arrefece. Agora entregar crianças abandonadas... não me agrada a ideia.
Só não entendi uma coisa: os lobbies defendem que só os casais homo deverão adoptar?
É que a coisa parece-me cada vez mais rebuscada. Então todos sabemos que se entregam crianças a homosexuais em processo de divórcio, assim como não existe nenhum impedimento legal para os fazerem. Se não forem casados (como não podem ser) também se podem candidatar, uma vez que a lei não diz o contrário. Então afinal o que falta?
Que o Estado, repito, o Estado, reconheça a família homossexual e para tal permita que casem e lhes entregue crianças abandonadas?
Este artigo é um aborto, este blogue é um aborto.... Não compreendo como é que um anti-aborto consegue ter isto! HIPÓCRITA
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