Odeio Pop com todas as minhas forças. É algo que me dá vómitos. Excrementos como os U2, Blurr, Radiohead, Coldplay e porcarias dessas - que me irritam ainda mais por se quererem fazer passar por algo mais que a rasquice estética e melopoia que são - despertam em mim instintos sombrios e uma urgência de acabar com aquilo por qualquer meio ou arma. Perdeu-se uma grande oportunidade de bombardear o concerto dos Coldplay em Coimbra - sim, sobretudo aquele onde o morsa desdentada bateu palminhas! Desiludem-me muito, os russos, mais os seus mísseis preguiçosos. Nunca aparecem onde são realmente precisos. Bem, na verdade, até vão aparecendo, mas é lá demasiado longe para as nossas necessidades mais prementes.
Sou um fundamentalista anti-Pop, um taliban popfóbico? Pois sou. Constitui mesmo uma das minhas regras de vida. Mas, claro, como todas as regras, vazadas a formas de metal fundido pelas colunas do Tempo (rapturei esta a mestre Pessoa, quando delirava acerca da maçonaria) tem uma excepção.
Que é a que se segue. Com uma dedicatória especial às leitoras. E coroada duma moral implícita muito óbvia: a perfeição, mesmo vestida de pop, é sempre deslumbrante. Porque rara.
Faltou dizer uma verdade intemporal: sempre invejei este gajo, sobretudo as miúdas do coro deste gajo. E viva a Vida!
O Dylan, já agora, escreveu algumas grandes musicas (desde que, em muitos casos, não interpretadas por ele). Esta, só para acabar, foi mesmo escrita para o Ferry. Revelou-se agora. E fez-se-lhe justiça. Grande album, by the way... Dylanesque.
A mulher... a eterna e misteriosa mulher. Que nos traz ao mundo e nos faz peregrinar através dele. O Céu e o Inferno na mesma estação.
3 comentários:
Ora bem... um inglês no melhor que brota por lá (em todos em sentidos)
Na verdade, minha cara senhora, são vários ingleses da melhor qualidade musical. Eu diria mesmo que o canto de cisne do British Empire foi literalmente de índole melódica. Sob a batuta duns tais Beatles e tudo o que deles decorreu. Foi a última vez em que a Britain foi Great again. Agora anda micro de todo. RIP.
Prazer em revê-la!... :O)
Vejo que foi tingido pelo imperialismo cultural anglófono. Mas, musicalmente, de facto temos de concordar que o "canto do cisne" produziu coisas muito interessantes ao nível da música ligeira jovem. Em 1979, com The Wall, acabou-se. Depois disso, só uma ou outra coisa no Metal. Ainda às vezes se apanham coisas notáveis, mas vindas de fora. Veja os noruegueses Wobbler.
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