Sobre a pandemia ió-ió, que ora vai, ora volta, não pretendo elaborar muito. Esta emoção do Zombistão foi tão grande que, simultaneamente, operou a cura e o milagre. Nem mais; graças a Santo Putin, desapareceu a pandemia, sumiu-se o apocalipse climático, evaporou-se até a fossilofobia que tanto nos urticava e escalvava a passos largos. Num ápice, até o fracking-gas americórnio (altamente dispendioso e hostil ao ambiente ) já era a solução para todos os nossos problemas, a panaceia que nos salvaria (à alemanha, sobretudo) da horrível toxicodependência energética. Ficava muito mais caro, era muito mais sujo, mudávamos apenas de dealer, ficávamos não já parcial mas completamente dependentes, quer dizer, ainda mais vassalos dos Estados Unidos, mas isso agora que importava, eram minudências e pentelhices: Santo Putin até da superstição do Mercado e suas leis nos curara. Para quê pensar no lucro, quando nos podemos arruinar por uma má causa, aliás, nem precisamos de causa nenhuma. Fora o interesse! Só não se avançou a todo o vapor por esse precipício abaixo porque, descobriu-se com pena, faltavam terminais e torneiras onde nos prostrarmos imediatamente em submissão. Mas lá chegaremos. Para compensar desta frustração momentânea, apontámos um revólver de sanções à cabeça (paradoxo e prodígio assombroso, dada a acefalia evidente e monumental) e partimos para a roleta europeia - que, aproveito para esclarecer, se distingue e, claro, opõe à russa, na exacta medida em que se carrega não apenas com uma, mas com seis, ou seja, todas as balas. É infalível, acreditem.
Porém, divago. A pandemia, dizia eu. O copy-paste parece que passou dos humanos para o vírus. Infectado, aturdido, este, terá ricocheteado depois à procedência. E ei-lo a cavalo nas massas. Copy-paste ao quadrado. Televisões em choque, enfermarias inundadas, especialistas em catadupa. Ao menos a gripe ficou suspensa por um ano, vá lá. Mas novo passe de mágica: em tempo record, a vacina. Boa e barata. E desembaraçada duns certos empecilhos arcaicos. O melhor dos mundos já ali adiante. Mas eis que se instala um certo mal estar, uma inquietação surda, rastejante... Quinam que nem tordos alguns infelizes - criancinhas, jovens, atletas, actores (desmancha-paraísos, todos eles, é o que é) - ouvi dizer. A mata-cavalos, a vacina, será que andava também a matar gente?... Angústia... Medo...Mais medo ainda... Perplexidade (nem me atrevo a mencionar, ao de leve que seja, as implicações disto para certas mentes inclinadas à suspeita metódica e à conspiraci.... (engasgo-me só de pensar).
Mas era uma questão legítima. Melhor, é. A ciência, afinal, avança por tentativa e erro; experimentação e melhoramento. O que está mal, corrige-se. Para o problema, procura-se a solução. Em teoria, claro, em teoria.
Pronto, não chorem, tranquilizemo-nos: eles encontraram a solução. Os nossos sacerdotes. Abençoadinhos! E estava todo o tempo bem diante do nosso nariz: «The specific trioxides they have detected – called hydrotrioxides (ROOOH) – are a completely new class of chemical compounds.»
São os/as hydrotrioxides, meus amigos. Desencadeiam anomalias cardíacas... e respiratórias! Mas pior ainda: contribuem para o aquecimento global. Coitado do clima.
A besta Soros, com aquelas fuças que o diabo lhe deu, na sua arenga ao congresso de malfeitores planetários, já deixou o road map: depois de eliminado Santo Putin, volta-se ao combate contra o apocalipse climatérico. A toda a velocidade. E com a maior urgência. Tremam, gambosinos!
PS: Na verdade, ninguém morreu. Apenas deixaram subitamente de respirar. E de aparecer. Exagera-se muito hoje em dia.