quinta-feira, agosto 06, 2015

O MAL



Experimentar uma bomba atómica sobre alvos militares é um acto abjecto. Experimentá-la, sem aviso, sobre uma cidade civil, destituída de qualquer interesse militar ou estratégico, tem outro nome. Que, para cúmulo, tenha sido perpetrado por aqueles que já tinham a guerra completamente ganha, não podendo portanto alegar desespero ou necessidade maior, torna a coisa especialmente monstruosa. 
Não é o mal absoluto, mas é a absoluta desumanidade.

27 comentários:

marina disse...

também vi o documentário .e diz o Phi , lá em baixo , q somos espécie a parte , pois somos , foi o q pensei enquanto via o q fizeram os salvadores do universo americanos.

Josephvs disse...

Antiamericanismo primario (Dresden nao fica no Japao)
Churchill’s Policy of Deliberately Bombing German Civilians – A British War Crime
http://nonas-nonas.blogspot.ca/2015/06/os-bombardeamentos-criminosos-civis.html

Euro2cent disse...

Oh, mas, mas ... foi por uma boa causa. Ao contrario do Mengele, que não.

Acho que o Platão desculpa isso.

Anónimo disse...

tanto fel . A guerra não estava ganha no pacifico. Se até os japoneses se tornaram no maior aliado americano na ásia, vem agora com histórias pretendendo ser mais papista que o papa.

Vivendi disse...

Inteiramente de acordo.
Importa também lembrar Dresden.

Ricciardi disse...

Houve um aviso:
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Declaração_de_Potsdam
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Rb

Ricciardi disse...

Os militares envolvidos na operação Olympia q se destinava a fazer capitular o Japão de vez, estimavam baixas elevadíssimas. 800 mil baixas para os aliados e 4 milhões para os japs.
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Foi com base nestas estimativas terriveis q se formou a convicção de q seria melhor usar a bomba atómica e fazer a operação acabar de imediato, como veio a acontecer.
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Portanto, se não usassem a bomba atómica o número de baixas seria ou imensamente superior.
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O q me leva a perguntar: como é q cada um de nós decidiria se tivéssemos estas informações?
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Estimativas são estimativas, mas pela forma como os japs se preparavam para defender o ataque dos aliados (mobilizou 20 milhões de civis para além do exército) e sabendo q são um povo q considera como desonra a Capitulação, é provável q o número de baixas fosse mesmo muito muito elevado.
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Rb

Ricciardi disse...

O imperialismo tem destas coisas. O povo é que acaba por sofrer as maluquices dos imperialistas. O Japão fartou-se de invadir países. Praticamente tomou conta da Ásia. Da Coreia até às Filipinas e China. Como ainda tinha o apoio da Rússia foi colonizando países para lhes extrair matérias primas.
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Cometeu a nabice de atacar uma base americana, inicio da derrocada. A Rússia tira-lhe apoio. Os Gringos resolvem acabar com o imperialismo japonês. Obrigam o Japão a capitular e por fim ao imperialismo. Enviam montanhas de dinheiro para o japao q se reconstrói a todo o vapor e se desenvolve como nunca antes visto. Os americanos asseguraram a defesa do Japão.
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Recentemente os gringos desmobilizaram as bases q lá tinham. Um erro, na minga opinuao. O Japão tornar-se brevemente e novamente numa potência militar porque tem de assegurar as rotas das matérias primas até agora asseguradas pelos gringos. Vai/está a investir fortemente na frota naval.
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Rb

Anónimo disse...

A questão só se "justifica" de uma forma: dar uso ao orçamento gasto de dois mil milhões à época, é fazer as contas com a actual inflação...

O beato Ricciardo, entre os dentes sabujos, diz tudo:

"Estimativas são estimativas, mas pela forma como os japs se preparavam para defender o ataque dos aliados "...

Exactamente, a questão para os japas, já não se resumia à vitória, mas sim unicamente à defesa da soberania do território...

" Obrigam o Japão a capitular e por fim ao imperialismo. Enviam montanhas de dinheiro para o japao q se reconstrói a todo o vapor e se desenvolve como nunca antes visto. Os americanos asseguraram a defesa do Japão."

Correcto, eu pessoalmente chamo a esta bomba, não menos nuclear, Big Boy ou Boi, tanto faz... Sim, os gringos asseguram a "escravização" do Japão...

A base continua lá, chama-se dívida pública...

Não me vou alongar mais, que o Dragão é capaz de estar a preparar um lança-chamas histórico, se não, é ir pesquisar o que foi o "incidente" do Golfo de Tonkin e o Pearl Harbor. Que de incidentes, não tiveram nada...

Phi

Anónimo disse...

Modus operandi, isso sim...

É isso, e entrar nas guerras quando já estão vencidas e ficar com os louros...

Sabujos americanóides...

Phi

Ljubljana disse...

daqui: http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/historia/70-anos-da-bomba-nuclear-em-hiroshima-alguem-consegue-defende-la/

Uma outra opinião.

Zephyrus disse...

A estratégia é simples.

Destrói-se um país.

Mete-se um governo fantoche.

Depois fazem-se os negócios da reconstrução.

A reconstrução da Síria e do Iraque será no futuro bem lucrativa para os do costume.

Tal como foi a da Europa.

E não gosto que metam os ingleses ao barulho. Eles também foram vítimas do mesmo carrasco. Afinal de contas, perderam o Império e o projecto da Commonwealth não é o que deveria ser.

Zephyrus disse...

Aqui não se fala noutra coisa senão na saída da Europa e no retomar do projecto da Commonwealth.

Os ingleses têm tudo para serem grandes sem a UE.

Nós também poderemos ser grandes com o mundo português.

Um pé na Europa, outro no Mundo.

Por que motivo esquecemos Goa, Malaca, o Uruguai, Irão, Quénia, Indonésia, e tantos outros países por onde passámos? Aqui em Inglaterra quando me cruzo com gentes dessas terras falam-me logo na grandeza de Portugal com um brilho nos olhos. Há uma certa alegria quando dizem que os portugueses foram os primeiros europeus a passar por lá.

Não digo que abandonemos a zona comercial europeia. Em parte o choque do mercado único só nos fez bem. Mas nos planos político e financeiro, se podemos «mandar», porque haveremos de ser criados de outros? Apenas por comodismo e conforto?

Zephyrus disse...

E acrescento: pelo que vou ouvindo, há muita gente que detesta Israel e os EUA. E votaram no Cameron.

Anónimo disse...

"É isso, e entrar nas guerras quando já estão vencidas e ficar com os louros...

Sabujos americanóides...

Phi"

Exactamente, sem tirar nem pôr. Mas atenção, não confundir o povo norte-americano no seu todo com os respectivos governos que se vão sucedendo uns atrás dos outros, sempre eleitos - se e só - com o beneplácito de quem efectivamente governa nas ante-câmaras do poder e elege os políticos-fantoche que personificam o que Phi refere, desde o início da respectiva Fundação como País. Se dúvidas houver basta atentar nos vários Presidentes assassinados ao longo dos séculos, os mesmos que se opuseram terminantemente ao governo paralelo, destruidor dos verdadeiros valores sociais e civilizacionais, propagonizado por aqueles que são os efectivos donos do País* (e, como hoje é sobejamente conhecido, de todas as restantes democracias do Planeta), a maçonaria sionista/governo mundial.
Maria

* Quando os norte-americanos começaram finalmente a acordar para a sua tenebrosa realidade política através do livre acesso à internete, a maioria do povo e os muitos movimentos pró-democracia, que se foram entretanto organizando, têm vindo a revoltar-se contra a "ditadura comunista" (segundo palavras proferidas em directo por um cidadão entrevistado há anos numa rua de Nova Iorque) e ano após ano a manisfestarem-se por todo o país cada vez em maior número.

Ricciardi disse...

O Japão estava a perder a guerra. Mas teimava em não se render. Pior, recrutou mais de 20 milhões de civis para... morrer.
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Os massacres q fizeram pela Ásia não podiam continuar. Os Aliados quebraram o ímpeto maléfico daquela ditadura diabólica.
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Embora estivessem a perder a guerra, ninguém dúvida q termina-la significaria muitos milhões de mortos. Japoneses e aliados. Os líderes japoneses queriam lutar até à última vida. Por diversas vezes foi proposta a rendição, sempre recusada.
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Isto parece coisas de criancas. E é mesmo. Os militares são criancas grandes. Só quando o adversário se rende é q acaba a luta. Eu lembro-me qdo era rapaz e lutava com outro rapaz. Só qdo um de nós dissesse q se rendia é q soltavamos a gravata à volta do pescoço.
-Rendes-te?
-não Cabrão.
Apertava mais um bocado o pescoço e...
- rendeste agora?
Com falta de ar o adversário acaba por render-se.
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Excepto o meu primo. O Cabrão parecia japonês. Por mais q lhe apertasse o pescoço o moço não se rendia. Eu tinha de larga-lo e fugir para não ter q lhe apertar mais.
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Rb

Ricciardi disse...

Mas concordo q lançar um bomba atómica é como fazer o papel de Deus. Selecionar quem morre e quem vive. Uma porra.
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O argumento antiamericano primário não me agrad nem me faz luz. Gostava de perceber como decidir entre um mal e um mal menor, sendo q o mal menor é imoral.
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Rb

Phi disse...

Caro Ricciardi, desde já, deixe-me felicitá-lo pela a aguçada inteligência e tenacidade que demonstra. Faz sempre falta , seres humanos, como o sô, por este globo terrestre...

Penso, que não não posso discordar de uma única linha, de tal pensamento, por si exposto...

Se bem, que a questão moral, digo ética, que me atormenta, é se uma rameira que deixa as pernas abertas num comício de abusadores, pode ser considerada imputável de crime de assédio sexual:

https://en.wikipedia.org/wiki/Pearl_Harbor_advance-knowledge_conspiracy_theory

https://en.wikipedia.org/wiki/McCollum_memo

Deixando também, os mais sinceros agradecimentos, ao/à Ljubljana pelo link exposto, e o autor que desconhecia, mas acho que se pode traçar os devidos paralelismos com a nossa Clara Ferreira Alves, se bem que esta, já adentrou no comício bildebergiano. O Rodrigo, pelo contrário, parece se esforçar, para alcançar tal...

Por exemplo, desconhecia que a ditadura nipónica, apesar de ter as linhas de combustíveis cortadas, estar cercada, grande parte das cidades destruídas, ainda tinha no erário público, verba para corromper 100 milhões de mártires, de dangos explosivos a tiracolo, acompanhados de wasabi tóxico à lapela, tudo a ser transportado, para terras selvagens americanas, por aviões a pedal, barcos a remo e submarinos a vapor... Deus me livre, de imaginar a consolidação de tal plano diabólico....

Só um apontamento, que não posso deixar em branco:

"Mas concordo q lançar um bomba atómica é como fazer o papel de Deus. Seleccionar quem morre e quem vive. "

Julgo que, com muito pesar meu, vª exª Ricciardi, ainda não percebeu a mecânica do projéctil nuclear, aquilo não escolhe quem vive ou quem morre, têm um meio de acção, mais democrático, vá lá, vai tudo a eito...

Pessoalmente prefiro a bomba de nêutrons que tem acção mais focada na destruição dos organismos vivos, e que garante que a estética das estruturas fique intacta.... preferências... Gostos não se discutem...

dragão disse...

«Por exemplo, desconhecia que a ditadura nipónica, apesar de ter as linhas de combustíveis cortadas, estar cercada, grande parte das cidades destruídas, ainda tinha no erário público, verba para corromper 100 milhões de mártires, de dangos explosivos a tiracolo, acompanhados de wasabi tóxico à lapela, tudo a ser transportado, para terras selvagens americanas, por aviões a pedal, barcos a remo e submarinos a vapor... Deus me livre, de imaginar a consolidação de tal plano diabólico....»

Ahahahahah, ou, para ser modernaço, LOL (triplo LoL, aliás)

dragão disse...

E tem piada que qualquer denúncia de maquinações (algumas óbvias e mais do que explícitas e documentadas) anglofónicas é logo despejado no cesto da "teoria da conspiração", mas as justificadelas mais rastejantes e alucinadas em defesa do indefensável (desde que americoiso) são ostentados como sólida e fundamentada argumentação. De tal modo condimentada e grelhada que entra logo nas cadeias do fast food histórico.

Phi disse...

E já agora, sem querer abusar, peço que o digníssimo Dragão, me deixe sanar a mais recente polémica que está a assolar a blogosfera:

"O secretário de Estado dos EUA deixou inclusive um aviso disfarçado de recomendação: o Vietname nunca irá usufruir em pleno da parceria com os Estados Unidos e dos benefícios das leis internacionais a menos que sejam respeitados em absoluto os direitos humanos, tal como acontece no país de Barack Obama: "Apenas os cidadãos vietnamitas podem determinar o sistema político do seu país e abordamos esta matéria com alguma humildade, porque como pode ser visto e lido, temos estado a trabalhar arduamente para tornar o nosso próprio sistema perfeito"."

Em: http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-08-07-John-Kerry-A-guerra-do-Vietname-resultou-de-uma-profunda-falha-de-visao-politica-e-diplomatica

Ora, para aqueles, que discorrem de tal afirmativa, e acorrem a acusar o regime democrático dos EUA de falta de isenção, reacendendo o caso de execução de bruxas pelo Regime Saudita:

http://www.amnistia-internacional.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=818:arabia-saudita-decapitacao-por-acusacao-de-qfeiticariaq-e-chocante&catid=19:noticias&Itemid=77

Quero dar a conhecer, que o Malleus é amplamente reconhecido, a par da Declaração Universal dos Direitos do Homem, como forma de julgamento por tais crimes corriqueiros... Nomeadamente, a cláusula 11/9-2001, em comum entre os dois tratados, referente à segurança do espaço aéreo nacional.

dragão disse...

«Acho que o Platão desculpa isso.»

O caro Euro2cent confunde claramente o Plutão com o Platão. Mas note que culpar o Platão é como culpar os pais que originam filhos génios, filhos imbecis e filhos psicopatas. Eu agradeço-lhe muito (ao Platão) o Aristóteles.
Deixe lá o Platão. Por essa ordem de ideias, vá directo à fonte: Deus.

Ricciardi disse...

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Crimes_de_guerra_do_Japão_Imperial
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Penso que até os antiamericanos mais primários concordarão que a guerra para travar os ímpetos imperialistas japoneses foi justa. No link acima podem fazer o favor de ler o q era o Japão naqueles tempos. E o que fazia às pessoas por onde ia passando .
Nesse link vários historuadores dizem q o exército japonês foi responsável por dezenas de milhões de vidas. Tiradas de forma cruel, de barbarie insolente no género do exército nazi. Tempos do diabo.
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Os aliados intervieram. Tarde, mas intervieram.
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A guerra para acabar com os demónios foi justa e moral. Justificou -Se e foi para o Bem. Pelo contrário, por ex, a guerra contra o Iraque (a2a) não foi justa. Foi falsa com falsos pretextos. Não chega a ser imoral ou inetica porque nem passou pelo teste da justiça.
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Não chegam fezadas. Bastam as certezas. Temos a certeza como funcionavam os líderes japoneses.a maldade q lhes corria no sangue arrastaria o sangue do último inocente. Foi isto q pesou na decisão de enviar a bomba.
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Alguém em cima falou em prostitutas. De facto o exército japonês fez das mulheres dos países q ia massacrando escravas sexuais para animar os militares. A partir dos 10 anos já serviam. Tipo os fanáticos do Estado Islâmico.
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Rb

Phi disse...

Ricci, novamente, concordo.

Não só a guerra foi justa e moral, como também nos colocou na vanguarda da ciência...

Atente, pff:

"Alguns dos experimentos mais cruéis com humanos durante a Segunda Guerra Mundial foram realizados pela Unidade 731 japonesa a mando do comandante Shiro Ishii.

Em tais experimentos, perpetrados em nome da investigação biológica, extremidades de corpos humanos foram amputadas e depois costuradas em outras partes do corpo; as extremidades das vítimas foram congeladas e voltaram a se descongelar, resultando em gangrena; diversas bactérias e doenças foram injectadas em prisioneiros para estudar seus efeitos, etc.

Após a Segunda Guerra Mundial, Ishii foi preso, mas nunca chegou a pagar por seus crimes, já que o general estadunidense Douglas MacArthur lhe concedeu a imunidade em troca de informação bacteriológica obtida por meio desses experimentos macabros."

Amaldiçoo, do fundo do meu ser, tal repugnante ditadura nipónica...

Fonte: http://www.diarioliberdade.org/artigos-em-destaque/400-reportagens/55733-13-experimentos-macabros-com-seres-humanos-realizados-pelos-eua.html

Phi disse...

Do seu artigo:

"Uma das técnicas favoritas dos torturadores japoneses era o afogamento simulado, no qual água era derramada sobre a cabeça da vítima imobilizada, até ela sufocasse e perdesse a consciência. Era então ressuscitada de forma brutal (geralmente, com o torturador pulando sobre seu abdômen, para expulsar a água) e em seguida, submetida a uma nova sessão da tortura. O processo inteiro podia repetir-se por cerca de vinte minutos. Curiosamente, embora os Estados Unidos tenham condenado estas práticas, notoriamente durante o Julgamento de Tóquio, as suas forças armadas usaram a mesma técnica várias vezes no âmbito da Guerra ao Terror. Passaram então a negar que o afogamento simulado fosse tortura, opinião compartilhada por pelo menos um órgão influente da grande imprensa, o The Wall Street Journal, que em 12 de novembro de 2005, pronunciando-se sobre a tortura de supostos terroristas da Al-Qaeda, publicou um editorial negando que a técnica tivesse …qualquer proximidade com tortura.[36]"

Dois pesos, duas medidas...

Anónimo disse...

Caro Phi

então e o MK Ultra da CIA?

Anónimo disse...

É referido na última ligação, que postei...