O sol não evoluiu nada nos últimos milhares de anos. Ao contrário do homem, que, evoluiu duma forma assombrosa, nunca vista...o campeão das galáxias! Pelos vistos, agora já não evolui mais, porque atingiu o zénite, a perfeição económica (a única que interessa, afinal). Mas, caramba, até que foi uma cavalgada emocionante.
Pois, o homem está sempre a mudar. De ideias, então, é pior que os trapos: umas de manhã e outras à tarde. Até porque quem veste o alheio nunca anda descansado. Já o sol, pobre coitado, não muda. Nem pensa. Deita-se e levanta-se todos os dias à mesma hora. E brilha.
Não, obstante, tudo gira à volta dele. Até os negócios. E é por tudo girar como um relógio, ou seja, é por a mudança cumprir regras cósmicas anteriores e superiores ao homem que a vida é possível. Qualquer pastor, agricultor ou pescador tradicional percebe e intui isto com relativa facilidade. E respeita religiosamente.
Mas no dia em que o sol, cansado da sua completa ausência de liberdade, decidir evoluir, nesse dia, aí sim, é garantido, terminará a "evolução" do homem.
Embora para muitos homúnculos encerrados diante de ecrã, ela, mais até que acabado, já entrou em regressão ao troglodita descrito por Prometeu, segundo Ésquilo, como o pré-antropóide: "viviam em cavernas, como formigas, sem entendimento...olhavam e não viam".
Se calhar, faz parte do ciclo. O fim da evolução é voltar ao incío. Uma revolução completa.
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