segunda-feira, dezembro 29, 2014

O Mercado a disfuncionar

Prestem atenção a uma coisa chamada "derivatives market". Donde destila uma outra chamada "derivatives debt". Parece que não é coisa pequena. Mesmo nada. E atesta dois fenómenos curiosos: 1. Que a economia de casino continua em força (os famigerados CDS, por exemplo, são infestantes na Europa); 2. Que, em boa verdade, ninguém confia no "funcionamento puro e inefável do mercado" a não ser os toinos da paróquia e outros pacóvios neo-deslumbradinhos - e tanto assim é que o "funcionamento do mercado" consiste precisamente, e em larga medida, num acautelar contra o seu "funcionamento puro", ou num especular com certas irregularidades artificialmente induzidas nesse mesmo "funcionamento". Em bom rigor, a disfunção e a rotura  é que dão dinheiro.
Mas vamos ao que interessa...Efeitos disto a curto/médio prazo: aposto noutra crise financeira/económica. Só que agora pior. Eventualmente com socorrismos bélicos à mistura. O que é que eu percebo de economia? Tanto quanto os economistas: nada. A minha vantagem é da ordem da pura sorte ao jogo: até hoje não falhei nenhuma. Isso e a não completa analfabetice perante certos sinais. Se falhar esta, serei o primeiro a congratular-me. E aceito que me felicitem efusivamente. Acreditem que sou o mais infeliz e contrafeito dos espectadores de catástrofes.

8 comentários:

pvnam disse...

Alan Greenspan (18 anos presidente da Reserva Federal - o banco central dos EUA): «acreditei que deixando os bancos auto-regularem a sua actividade, eles próprios estabeleceriam um limite ao risco, de modo a protegerem os seus interesses... ora, o que se passou foi o contrário: foi precisamente em nome da protecção dos seus interesses particulares que os bancos e outras instituições financeiras criaram o sistema de especulação e de risco que entrou em derrocada em 2008 e 2009».



É PRECISO 'CORTAR' COM AS REGRAS DA SUPERCLASSE (alta finança - capital global)
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Um caos organizado por alguns - a superclasse pretende 'cozinhar' as condições que são do seu interesse:
- privatização de bens estratégicos: combustíveis... electricidade... água...
- caos financeiro...
- implosão de identidades autóctones...
- implosão das soberanias...
{uma nota: depois de 'cozinhar' o caos... a superclasse aparece com um discurso, de certa forma, já esperado... veja-se, por exemplo, a conversa do mega-financeiro George Soros: «é preciso um Ministério das Finanças europeu, com poder para decretar impostos e para emitir dívida»}
- forças militares e militarizadas mercenárias...
resumindo: estão a ser criadas as condições para uma Nova Ordem a seguir ao caos - uma Ordem Mercenária: um Neofeudalismo.
{uma nota: anda por aí muito político/(marioneta) cujo trabalhinho é 'cozinhar' as condições que são do interesse da superclasse}
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Para 'cortar' com as regras da superclasse há que:
-1- REDUZIR O PODER DOS POLÍTICOS e uma maior supervisão exercida pelo Contribuinte [um sistema menos permeável a lobbys]: leia-se, votar em políticos não é (não pode ser) passar um cheque em branco... isto é, ou seja, os políticos e os lobbys pró-despesa/endividamento poderão discutir à vontade a utilização de dinheiros públicos... só que depois... a 'coisa' terá que passar pelo crivo de quem paga (vulgo contribuinte)... isto é... deve existir o DIREITO AO VETO de quem paga!!!
{ver blog 'fim-da-cidadania-infantil'}
-2- garantir o DIREITO À SOBREVIVÊNCIA DAS IDENTIDADES AUTÓCTONES... ou seja: há que mobilizar aqueles nativos que possuem disponibilidade emocional para abraçar um projecto de Luta pela Sobrevivência [nota 1: os 'parvinhos-à-Sérvia' (vide Kosovo) que fiquem na sua...; nota 2: os 'globalization-lovers' que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa]
{Separatismo-50-50}

jsp disse...

A História, infelizmente, dá-lhe toda a razão, meu caro
Não leve isto à conta de humor negro , ou simples falta de senso, mas , mesmo atendendendo às circunstâncias, desejo-lhe, e aos seus, um ( tanto quanto possível...) Bom Ano.

José J.Pereira

Anónimo disse...

alguém disse um dia que os historiadores eram profetas que prediziam o futuro olhando para trás.
olhando para o passado encontramos lá todos os ingredientes com que se prepara a tragédia ( ou a comédia) que se anuncia. e estou com o Dragão: com socorrismos bélicos à mistura. sou, também, o mais infeliz e contrafeito dos espectadores de catástrofes

cfr

Vivendi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vivendi disse...

3 pontos a destacar:

-A economia especulativa calcula-se que seja algo em torno de 35 vezes superior à economia real;

- Os EUA em 1971 eram os maiores credores do mundo e hoje são os maiores devedores do mundo;

- A usura é condenada pela lei cristã;

dragão disse...

A questão, ó caro Vivendi, é que um tipo só é devedor se houver alguma força capaz de o obrigar (ao cumprimento da dívida). Donde se deduz, no cenário actual, que os EUA não são devedores. No Bairro (global) do Mundo eles são a mafia. Sem tirar nem pôr. Bom Ano!...

Vivendi disse...

Dragão,

Eu consigo separar a máfia que coordena e comanda Wall Street e o FED do restante povo americano. Um dia a factura irá chegar ao povo americano da mesma forma como chegou ao povo alemão no século passado.

muja disse...

Fala-se, por aí, de um tal "amero" - moeda comum ao norte, centro e talvez sul do continente americano, e nova moeda de reserva mundial.

Os altos-sacerdotes determinam, ou mandam determinar, o valor do graveto - papéis e bits - da mesma forma que escrevem a Lei: arbitrariamente.