Dizem que morreu o Coutinho
Coitadinho
Do vendedor.
Pois ei-lo que enfim jaz
A adubar pasto, a criar erva.
a nutrir siamesa caterva
Que o digere em paz!...
Já não destila ódios
Nem liberta vícios
Apenas gás.
Rejubila a goela obscura
Na antevisão do banquete.
A terra, porém, abomina o frete:
títere com alma de serradura.
Morreu, o Coutinho?
Foi apenas ter com o paizinho
Dele e da sempiterna selva
Que nos burila e perfaz.
Aqueles que o diabo traz
O diabo leva.
O papá que agora o ature
O cure,
O curta, laureie e recicle
O passevite, o asse, o torre!
Condecorado a escarro, ungido a manguito
Morreu, dizeis? Não acredito.
A merda não morre.
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