É um dos registos mais básicos de toda esta rataria ululante, a lacrimejar-se às carradas, pelas pernas abaixo, por 'mor ao Ucranistão fofinho, desgraçadinho, todo ele a escorrer democracia e, ai jasus, os "nossos valores". Quanto aos valores deles, destes oxiúros ideológicos, nada a opor: são exactaqualmente isso. Mais até que lídimos representantes, genuínos e espalhafatosos expoentes de ponta. Torcionarismo militante, hipocrisia descarada, nazismo recauchutado, psicopatia impante, corrupção com fartura, não falta lá nada. Agora, quanto aos "coitadinhos", vamos lá a factos. No quadro adiante, alguns dados comparativos, à partida para a actual Operação Russa de "desmilitarização e desnazificação"...
Portanto, na realidade, as forças do Ucranistão eram à partida, mais bem armadas, preparadas e com experiência de guerra (no Donbass) que os exércitos de Itália, França e Alemanha em conjunto. Em matéria de artilharia, então, superavam os anteriores três e ainda mais os bifes da Grã-Bretanha a cavalo. Superior à chusma ucranicoisa, na Europa, só mesmo a Turquia, porque a Rússia, como sabemos, nem sequer é deste planeta ou espécie, quanto mais do continente.
Para além disso, andaram oito anos a armar-se, a fortificar-se e a treinar-se para serem o colosso temível que, em fevereiro de 2022 se preparava para limpar o Donbass e, numa segunda fase, a Crimeia. Eles, o colosso tremendo, e aqueloutro colosso ainda mais colosso que é a Nato por detrás deles. A bombar. Toda uma joint-venture descomunal, terrífica, invencível. Os ucraniões, devidamente lobotomizados, reprogramados e ensandecidos, lançaram-se, pois, na aventura, cheios de peito. Uma espécie de potência novo-rica, patabrava. Quantos são?... Acontece que os russos não são exactamente a Líbia ou o Iraque. E têm uma propensão ancestral para desmancha-prazeres. Bem como contas a ajustar. E isto quando mete contas antigas... Enfim, eis o anticlímax mesmo antes sequer do congresso.
Nesta altura do campeonato, estamos no seguinte ponto:
1. Os russos destruíram 90% (para não dizer 99) da traquitana ucranicoisa. Como a ucranistona luta por empurrão, os retro-afagadores já se esfalfaram e semi-exauriram todos a abastecer o "desgraçadinho" com quase outro tanto. Os paióis dos ex-satélites soviéticos já se esvaziaram até ao tutano. E mesmo na França, Alemanha, Itália, pouco resta. Metade dos blindados polacos foram, despachados de emergência. Resultado: dois terços da panóplia também já foi à viola - entre destruídos, inutilizados, capturados e, até, comprados. Convém não esquecer que, cerca de metade dos reabastecimentos nem chega à frente de combate. Os russos arrasam uma boa parte durante a viagem de socorro, a corrupção americraniana trata do resto (importa sempre não esquecer que estamos a falar dum dos (vastos) tugúrios mais corruptos do mundo, que herdou uma indústria militar ao nível da russa, mas que arruinou e delapidou entretanto). Quer dizer, os desgraçados dos febras para canhão entoupeiram-se, nas tais fortificações inexpugnáveis, e rezam. Fora os nazis, esses, estão só na retaguarda dos outros, a empurrá-los, a motivá-los e a abaterem quem tenha a veleidade de tentar sobreviver... retirando. Estes tremendos ouriços defensivos parecem ser muito suculentos e nutritivos: a artilharia russa chama-lhe um figo. Têm lá um guloso especial, sempre à cata de marisco, que despeja umas munições termobáricas que parecem ser um espectáculo digno de se ver. Excepto para os infelizes que recheiam os ditos propugnáculos indestrutíveis. Em Pesky, a coisa não terá demorado dias, nem horas: apenas minutos. Assim, e sempre no nosso espírito benemérito e pedagógico, convém reter em mente que os russos não precisam de andar a gastar gasolina desnecessária a perseguir ucranistões através do imenso território. Basta-lhes montar um balcão para aniquilação e abate, e eles correm a apresentar-se. Isto tem muitas vantagens, a mais pequena das quais não é certamente o evitar expor colunas de abastecimento alongadas à guerrilha do inimigo. Com isto, calcula-se que cerca de 90.000 (este é o valor por baixo) de ucranistões desceram ao Hades; e feridos irrecuperáveis é multiplicar por três. Mas que é isto para os nossos geostratoinos de sofá, para as nossas claques de açougue, sempre fofinhas e a transbordar dos melhores e mais pasteurizados sentimentos? Nada. Cabe na cova dum dente. É toda uma bondade insaciável. Como o tal TOS-1, das termobáricas carícias. Portanto, quanto à "desmilitarização", os russos não vão bem: melhor seria difícil. Se pensarmos, sobretudo, que estão a pagar, no máximo, a 1 por 10 - traduzo: uma baixa por cada baixa causada ao inimigo - isto, num combate em que os outros é que estão super-entrincheirados, é obra. Para figurar nos anais da história militar e ser estudado como paradigma no futuro. Ou seja, o atrito está a funcionar às avessas. Também já era alturas do "às avessas" funcionar em prol da humanidade. E é ouvi-los guinchar todos os dias, aos valentões: Mais armas! Mais armas! Segurem-nos senão desgraçamo-nos!...E por aí fora. E logo tudo amplificado, ao enésimo decibel, sem sequer repararem que, a maior parte do tempo, esguicham uma coisa e o seu contrário.
2. Alguns números adicionais para um bom entendimento (embora pedir isto a certos calhaus de excremento carbonizado seja pedir água a uma pedra). Os americórnios gastaram em toda a guerra do Iraque (a conquista), 5.000 projéteis de artilharia. Os russo gastam isso por dia, no Donbass. Às vezes, mais. Nos melhores dias, as baixas ucranicoisas rondam os 1.000/dia (mortos e feridos incapacitados). Neste momento, proporção de artilharia ronda 30-40/1. Por cada peça dos fofinhos, os ursos despejam 30 ou 40 das ásperas. E estamos a falar de toda uma panóplia que chega aos obuses acima de 200mm, passando por baterias de lança-roquetes, os mais avançados superiores ao tão cantado HIMARS americano: lançam o dobro, com maior alcance e a mesma precisão. Quanto à aviação ucraniana é um não assunto. Seja o que for que eles levantem, os outros deitam abaixo. A que tinham já foi, a que vão recebendo, dos tais ex-satélites, vai indo pelo mesmo esgoto.
3. No principal teatro de operações, o Donbass, o grosso da acções militares são desempenhados por tropas ucranianas -LPR/DPR (cossacos, a maioria), chechenas e o Wagner group. Os russos apenas fornecem apoio de artilharia, aviação, reconhecimento e alguns batalhões de reserva e choque (que vão rodando). No início do SMO, os russos avançaram com cerca de 200.000 tropas, de segunda linha, com armamento de segunda linha (o armamento mais avançado e as tropas de primeira linha russos têm sido mantidos em reserva, pró caso dum conflito aberto com a NATO). Segundo a doutrina militar, qualquer força atacante, mais ainda com intuitos invasores, deve atacar, no mínimo, a 3 contra 1; sendo o ideal 5/6 contra 1. Ora, os russos atacaram com 1 contra 3 e têm mantido essa discrepância. Na tomada de Mariupol, os atacantes eram em menor número que os defensores, por exemplo. A operação figurará como um caso de estudo no futuro e pode ser considerada, nos últimos cem anos, como a mais eficiente operação de guerra urbana.
4. A actual Nato, com os americórnios e tudo, não aguentaria, em ambiente de guerra convencional, mais que três semanas/1 mês contra as forças russas. A previsão de baixas na primeira semana seria da ordem dos 40.000. O oxidente não tem, à presente data, uma indústria de guerra capaz de assegurar uma guerra de largo espectro, alta intensidade e longa duração com um adversário equivalente. Por isso, o Oxidente, como é da doutrina dos últimos 60 anos, desde a Guerra Fria, teria que saltar para o patamar nuclear. MAD, lembram-se? Mutual Assured Destrution. Sendo que, neste momento, quem tem os principais trunfos, em matéria de mísseis e defesa anti-mísseis, não são os Estados Unidos. Estes, como derradeira carta de valor, apenas retêm a arma submarina. E estes dados são oriundos dos próprios americanos.
5. Os russos não pretendem conquistar a Ucrânia: apenas pretendem destruir-lhe as veleidades de potência militar hostil, estabelecer zonas tampão e caçar um certo número de facínoras. E isso foi sucinta e comprovadamente declarado à partida. O resto vai por arrasto e efeito dominó. Designadamente a mudança de regime. No fim do dia, muito provavelmente, a Novarrússia regressa à Rússia e o Donbass ou regressa ou torna-se independente. E entre ser uma região russa ou uma neocolónia americana, perguntem aos séculos e ao sangue o que é que faz mais sentido e tem mais peso? É uma luta, se calhar até à morte, entre o sangue e o cuspo.
PS: Segundo os russos, até hoje, destruíram:
268 aviões
148 helis
4377 Tanques
3335 Peças artilharia
818 Sistemas multi-rocket
5024 viaturas blindadas
1796 Drones
Portanto, os meus números são muito abaixo disto.