quinta-feira, novembro 24, 2011
Joint Desventure
segunda-feira, novembro 21, 2011
Deste, já posso dizer o que disse do anterior sem errar muito
Aliás, nem caso, nem crise - política? Rigorosamente nenhuma. Apenas de polícia.
Balde de minhocas
sexta-feira, novembro 04, 2011
Dilema, uma palavra genuinamente grega
quarta-feira, novembro 02, 2011
Superstições de conveniência
«Líder mundial de banqueiros não perdoa dívida portuguesa»
avassala-me uma tremenda perplexidade... Mas afinal não eram os Mercados, essas destilarias inefáveis, os nossos sublimes credores?
Mas que Ixionismo vem a ser este?
quarta-feira, outubro 26, 2011
Da intrusão profissional
"Sim, respondi, essa será uma medida que, com grande grau de probabilidade, a porá a salvo dos ladrões menos perigosos.
" Ah, espantou-se ela, então e os mais malfazejos e ferozes? "
"São os profissionais, minha senhora. Esses entram-lhe em casa a qualquer hora, sem passar por porta nem janela."
"Mas entram por onde, então?"
"Ora, é fácil: entram pela televisão."
terça-feira, outubro 18, 2011
Vão acabar connosco se não acabarmos com eles
De tudo isto, com é facil de calcular, resulta um panorama deveras pitoresco:
segunda-feira, outubro 17, 2011
Moral da História
Moral da História: Páre, escute, olhe e não perca tempo com votos - um Pinóquio, de certeza, esconde sempre outro.
Nota editorial: agradecem-se as compilacinhas, respectivamente, aos blogues 31 da Armada e Aventar.
domingo, outubro 16, 2011
Para que Conste - II
sábado, outubro 15, 2011
Para que conste - I
«Bailly, que passa as noites na sua comissão de abastecimento, enquanto Lafayette dá ordens às patrulhas, conhece bem a verdade. Ouviu rondar esse homem invisível que trafica nas épocas de crise: o especulador. (...)
terça-feira, agosto 16, 2011
O Nascimento da Besta
Sendo certo que Maquiavel é visto como um dos teorizadores do "Estado Moderno", não é menos seguro que o "Estado moderno" há muito vinha germinando na realidade concreta. Quero com isto dizer que os pensadores políticos raramente são os pais da criança. Regra geral, limitam-se a tentar compreender e conceptualizar o mundo que os embala. E mesmo aqueles mais visionários e nefelibatas (que não é exactamente o caso de Maquiavel, bem pelo contrário - mas é o de Marx), quando anelam a outros-mundos, é deste que partem, é neste que firmam e montam trampolim. Resumindo: a ideia estritamente política (e uma ideia é estritamente politica quando se esgota no mundano) nunca é fundamento nem fonte da realidade, mas mera excrescência desta, não raramente, destilado subtil ou, ainda mais frequentemente, pura mixórdia tóxica. Não espanta até por isso que tantas vezes os seus crentes se comportem como verdadeiros alcoólicos, vociferando toda a incasta série de grosseiras alarvidades ou ébrias aleivosias.
Dito isto, vamos então ao mundo e àquele que nele, em meu entender, inaugura a galeria prototípica do "estado moderno". Senhoras e senhores, Filipe IV, de França, cognominado "o Belo". Reinou entre 1285 e 1313. Só para relacionarmos no tempo: Maquiavel escreveria o seu "Príncipe" dois séculos depois; e Hobbes apenas publicaria o seu "Leviatã" passados trezentos anos. A descrição que se segue parece-me eloquente. Qualquer semelhança com a actual realidade do "estado" não é mera coincidência.
«(...) Filipe IV, "o Belo", constitui um mistério para os historiadores. Se bem que se conservasse sempre silencioso e letárgico nos bastidores da política, escolheu consistentemente ministros ousados e agressivos, que fizeram tudo para exaltar a coroa, imprimindo uma marca indelével na história da França e da Europa. (...) Esses ministros, que o rei apoiava em todas as circunstâncias, eram quase todos juristas do Midi, homens muito aptos e completamente destituídos de escrúpulos, que não respeitavam outra lei que não a da lealdade ao seu senhor, e que dependiam inteiramente do favor do rei. (...)
«Filipe e os seu ministros eram hábeis na arte da propaganda, recorrendo agora a esses talentos de forma muito arguta, se bem que pouco escruppulosa. Insistiram com vigor na independência da coroa francesa o que ia ao encontro do sentimento nacional e agradava também a um anti-clericalismo nascente - (nota: independência moral do rei em relação ao Papa e dispensa consequente dos serviços vicariais deste: o rei passa a representar directamente Deus, tornando-se o real capricho emanação incontestável da "vontade celeste" - e registem que Henrique VIII de Inglaterra só copiará este precedente dois séculos adiante. Mas mais gritante ainda: a dependência moral do rei ao representante legítimo de Cristo na terra, após as manobras de Filipe e dos seus ministros - através da eleição manipulada dum papa francês e dum colégio de cardeais quase todo gaulês-, converteu-se em sujeição política do papado ao rei de França) -.
(...)«O efeito de todos esses conflitos e das grandes despesas por eles ocasionadas sobre as finanças de Filipe foi porém desastroso. Os rendimentos feudais que o costume atribuía ao rei eram francamente insuficientes para cobrir as despesas. Foram pois reforçados por suplementares por levas ocasionais, que se tornaram permanentes, e pelo lançamento de novos impostos. O clero era frequentemente obrigado ao pagamento de dízimas, apesar da resistência oferecida por Bonifácio VIII. Os nobres tinham de pagar pesadas taxas militares, em substituição da prestação do serviço militar obrigatório. Em 1292 foi lançado um novo imposto sobre todas as vendas (nota: um proto-IVA?), que incidia sobre produtos de primeira necessidade, como o trigo, o vinho e o sal, e que se tornou permanente. Como tudo isso não fosse ainda suficiente, o rei contraiu grandes empréstimos junto de banqueiros italianos e franceses. Filipe adquiriu a reputação de ser um "moedeiro falso", pois recorreu frequentemente à prática da desvalorização da moeda, com algum lucro imediato para a coroa e grande prejuízo a longo prazo para os seus súbditos. Quando por duas vezes (1306, 1313) causou igualmente grandes prejuízos ao reino, atrapalhando os negócios. Era impossível encher a bolsa cronicamente vazia do rei, e nem mesmo os expedientes mais desesperados resultaram. Em 1306 os judeus foram expulsos do reino, em 1307 o rei apoderou-se dos bens dos Templários, em 1311 foram igualmente expulsos os banqueiros italianos do rei. Os bens das vítimas de tais medidas eram imediatamente confiscados, e os seus credores passavam a sê-lo do rei (nota: proto-nacionalizações?).»
- in "História da Idade Média", de C.W. Previté-Orton
Uma nota final: onde se lê "coroa"ou "rei", julgo não errar muito se disser que, pela primeira vez, pode começar a ler-se "estado". "Estado" no sentido desse mesmo "estado" que hoje nos mastiga e regurgita e que, como avisou certo filósofo, "acaso exista ainda um povo, esse nada compreende do Estado e odeia-o como ao mau olhado, como a um pecado contra a moral e o direito.»
O povo, devo reconhecê-lo, duvido que exista. Restam alguns fragmentos... Indivíduos.
quarta-feira, agosto 10, 2011
É o paradigma, estúpido!
Toda esta anarquia tumultuária que irrompeu subitamente lá pela ilha dos Doidos, além de não me comover grande coisa, não me espantou minimamente. Parece-me até uma pura consequência lógica dum fenómeno muito simples (e dispenso já vossências de todas essas antropologias e sociologias mais ou menos sonsas, velhacas ou meramente imbecis - que vão desde o coitadinhismo da praxe até ao armagedorrão da civilizacinha ). A verdade parece-me bam mais prosaica e resume-se ao seguinte: houve uma mudança de paradigma. Cá está, vêem?, a palavra mágica: paradigma. Em caso de dúvida não há que enganar: a culpa é sempre do paradigma ( esse primo pato-bravo do arquétipo). O paradigma anterior consistia em o Estado, com aquela magnanimidade pilhantrópica que o caracteriza, espoliar, pilhar e pelas formas mais incríveis extorquir as pessoas comuns (os otários que trabalham por príncipio ou mera ocupação quotidiana) para distribuir à escumalha supra e infra. Agora, no novo paradigma, o Estado aumentou cinicamente o espólio, mas só trata da distribuição pela camada supra - a camada infra que se desenrasque. Ou seja, que vá cobrar directamente às pessoas. Ora, foi isso que eles fizeram e que a ternura conivente das autoridades, às escâncaras, tanto quanto atestar, abençoou. Não se trata apenas de mera incompetência ostensiva ou pusilanimidade entranhada: é premeditação mesmo. Não há outra explicação possível. Para o Estado, reparem bem, é uma triplo-win situation, se assim me posso exprimir (posso? Não se importam?...} Por um lado descomprime as tensões sempre nefastas e imprevisíveis na escumalha infra; por outro, desvia de si e da escumalha supra sua mentora (leiam: mentecaptora) o protesto sempre indesejável e maçador dos infras e demais lumpanagem mais ou menos ocasional; finalmente, e como corolário mavioso de ambas as alíneas anteriores, lança as pessoas comuns numa mistificação ainda maior e mais proveitosa, convencendo-as da necessidade de mais investimento em maior protecção e segurança, ou melhor dizendo e traduzindo, da implementação dos poderes e prerrogativas do Estado para espoliar, controlar e manipular a seu bel-prazer as pessoas comuns.
Estas, entretanto, a duras penas e por constrangimento das próprias emergências, lá vão aprendendo qualquer coisa. Em Inglaterra já aprenderam um quesito básico: que têm que ser elas a unir-se, armar-se e organizar-se para se defenderem da escumalha infra. Darão um passo de gigante para o futuro da civilização e da humanidade, quando perceberem que é exactamente isso que têm que fazer para se defenderem do Estado e da escumalha supra que por lá, cronicamente, se recreia e refastela.
sexta-feira, agosto 05, 2011
terça-feira, julho 19, 2011
Trabalhar pró bronze
quinta-feira, julho 07, 2011
Sacrifícios humanos, já!
terça-feira, julho 05, 2011
Os imarcescíveis abortos
sábado, julho 02, 2011
Entrevista com a Esfinge - III
O que importa já não é tanto afirmar a soberania do indivíduo na sociedade, como proporcionar a cada um a base material e culturalnecessária para poder ser cidadão participante e consciente na vida pública.
- Marcelo Caetano, "Depoimento"
sexta-feira, julho 01, 2011
Entrevista com a Esfinge - II
- Franco Nogueira, "Um político confessa-se (Diário: 1960-1968)"
terça-feira, junho 28, 2011
Prece
Entrevista com a Esfinge
- Onde estaria Portugal se não fosse o 25 de Abril de 1974?
- Para que serviu, realmente, o 25 de Abril de 1974?
É sobre estas questão que me debruçarei nos próximos tempos. Sistematicamente.
Sobre a primeira, deixo apenas, e para já, uma sibilina memória, daquelas que ficam a pairar, lugubremente, ao jeito de mau presságio. Ocorre no Paris-Match de Junho de 1963. Na forma dum grander artigo, assinado por Raymond Cartier, sobre a política portuguesa da época. Uma frase, sobretodas, fica como que o epitáfio para um destino funesto, daqueles que se agitam e tecem, lá, nas estranhas do tempo, presidindo às tragédias:
«O fim da aventura marítima e colonial é para Portugal uma descida ao túmulo.»
segunda-feira, junho 13, 2011
Da Estrangeirina Milagreira
Quem foi Pinheiro Chagas? Actualmente é uma avenida de Lisboa. Há dois séculos atrás, distinguiu-se, entre outras coisas, aquando da chamada Questão Coimbrã, pleitando contra os "realistas" modernizantes e "anti-românticos". À frente destes, pontificavam Teófilo Braga e Antero de Quental. O único ponto alto e digno de registo de tão pífio contencioso ocorreria em Fevereiro de 1866, no local de Jardim da Arca d'Água, no Porto, quando Ramalho e Antero se bateram em duelo de espada. Sobre o mesmo há uma saborosa reportagem de Camilo:
domingo, junho 12, 2011
A Tara Ancestral
A este último assunto recusa-se porém a minha pena; a novíssima geração literária tem por tal forma fustigado a pátria, que eu começo a ter remorsos de contribuir para a flagelação.
sexta-feira, junho 10, 2011
quinta-feira, junho 09, 2011
O Nada Admirável Mundo Novo
quarta-feira, junho 08, 2011
A bem da auto-estima
A ressaca das orgias
- Fernando Pessoa, "Páginas de Sociologia Política"
terça-feira, junho 07, 2011
Punheta de bacalhau
- Fernando Pessoa
domingo, junho 05, 2011
À espera do Milagre
Em palavras mais simples: Como é que a mesma cegada que nos transportou ao abismo é, ao mesmo tempo, a mais capacitada e clarividente para nos retirar de lá? Como é que com a mesma máquina de fabricar sapos queremos agora fabricar príncipes?
Somos mesmo, como dizia Fernando Pessoa, uns perfeitos bolchevistas militantes: uma espécie tardia e gora de cristãos sem Deus, mas com uma crença obsessiva e redobrada no milagre. Só que, ainda por cima, o milagre por obra exclusivamente humana. A Santidade ao alcance das massas. Uma classe toda ela santa e angélica... Santa imbecilidade!
E de modo a que não falte inspiração a mais um dia de fúnebre peregrinação gaiteira, aqui deixo uma reflexão extremamente apropriada:
«Nas sociedades tradicionalistas são talvez os Mortos que mandam; nas sociedades democráticas, porém, é a própria Morte.»
- Fernando Pessoa
quinta-feira, junho 02, 2011
De limpa-neves e em força!
Cessem do vígaro judeu e do cigano
as defraudações grandes que fizeram;
Cale-se de Madoff, Rothschild e Ponzi fulano
a fama das falcatruas que a esmo deram;
Que eu canto aqueles que venderam ao angolano
os limpa-neves e solários que bem entenderam
Cesse tudo o que a Bolsa rota e vafra canta
que outr'empresário mais subtil se desplanta.
terça-feira, maio 31, 2011
Xenomania Frenética
(...)
Que ideias gerais temos? As que vamos buscar ao estrangeiro. Nem as vamos buscar aos movimentos filosóficos profundos do estrangeiro; vamos buscá-las à superfície, ao jornalismo de ideias.»
- Fernando Pessoa, "Sobre Portugal"
domingo, maio 29, 2011
Onanolepsia
A Reserva Federal andou a subsidiar os grandes bancos.
Dodó...lar
«U.N. sees risk of crisis of confidence in dollar»
sábado, maio 28, 2011
Massacre por uma Bagatela
Mas como eu também gosto é de chatear, aqui fica, em primeira mão (isto não basta querer, é preciso poder), um trecho inédito das "Bagatelles", um opúsculo que é um puro gozo, uma estreita hipérbole, mas que, convenhamos, tem a sua piada.
Prometido é devido. E vale mais tarde que nunca.
«(…) Ferdinant, estás transformado num fanático, num partidário ... mas previno-te, aviso-te, os judeus são muito inteligentes …. Acontece que em França lêem livros, documentam-se, têm canudo … armam-se com conhecimentos, ocupam agora todos os lugares, têm a polícia nas mãos, sabem tornar-se populares … de resto, são bons p`ró povinho, olha as 40 horas, são a sua coroa de glória … e depois as férias … vais fazer com que te prendam … com que te cortem às postas, sem dúvida ….
… Quê? Inteligentes? … Insurjo-me. Eles são racistas, eles têm o ouro todo, eles apoderaram-se de todas as alavancas, eles estão colados a todos os comandos … é isto a sua inteligência? … Não há sítio em que não estejam! … Seguem admiravelmente a marcha do pelotão, eliminam, enojam, atormentam, cercam … tudo o que possa rivalizar … fazer-lhes a mínima sombra … é a sua cruzada contra nós, a cruzada para a morte … é esta a sua inteligência! … O bom pitéu, metem-no à bolsa … açambarcam, expulsam dum só golpe ou aos poucos tudo o que não é inteiramente judeu … sordidamente judeu … judengo … pro ydisch … seca de judeu … É a magistral técnica do cuco … Para dizer tudo, para ilustrar bem as coisas, se Einstein não fosse judeu, se Bergson não fosse mestiço, se Proust fosse apenas Bretão, se Freud não tivesse a marca distintiva … não se falaria muito nem duns nem doutros … Não seriam estes génios que fazem com que o sol se erga! … Posso garantir-te … A mínima manifestação de descontentamento do judeu é um estrépito! Nos nossos dias, meu amigo, uma revelação instantaneamente admirável! Pelo efeito automático da maquinaria judaica mundial … Milhões de cascavéis que se agitam … monta-se nesta pobre bufa como num milagre! E a galope! Quer seja pintura de Cézanne, Modi, Picasso e todos os outros … Filmes do Senhor Benhur, música de Tartinowsky, de repente tudo se torna um acontecimento … o enorme preconceito favorável, mundial, precede, preludia, toda a intenção judaica …. judeus, todos os críticos do universo, todos os cenáculos … todas as informações! … Ao menor rumor, ao menor sussurro de produção judenga, todas as agências judaicas do mundo se põem a escarrar os raios do Trovão … e a publicidade acusada de racismo contra os judeus ecoa maravilhosamente … Todas as trombetas tiram a rolha, de um extremo ao outro dos continentes, saúdam, entoam, estilhaçam, lamuriam o maravilhoso Hosana! Ao sublime enviado do céu! Obviamente um judeu, incomparável na paleta! No écran! Na rabeca! Na política! Infinitamente mais genial! Mais inovador, sem contestação, do que todos os génios do passado (evidentemente todos Arianos). A epilepsia apodera-se dos goymes grotescos, como uma tromba de água. Eles aclamam em coro estes cucos. Atacam violentamente no coro, com toda a força da sua estupidez. Rebentam com tudo! … O triunfo do novo ídolo judeu! … Para os satisfazer basta que se lhes ofereça um pouco de merda judaica para chafurdarem … contentam-se com pouco … perderam todo o instinto … já não sabem distinguir o morto do vivo … “o orgânico” do superficial, o papelão do sumo puro, o falso do autêntico, a patranha de preferência à verdade … eles já não sabem nada … mamaram demasiado lixo, desde há muitos séculos e eras, para poderem perceber o autêntico … regalam-se com falsidades … confundem a lixívia com água pura … e acham-na bem melhor! Infinitamente superior. Estão em sintonia com a impostura. Evidentemente, a consequência é infelicidade, bordel! Todo o indígena que dê nas vistas por um qualquer dom original, por uma cantilena própria … uma pequeníssima tentativa! Torna-se logo suspeito, detestado, completamente maldito pelos seus irmãos de raça. É a lei dos países conquistados que nada em tempo algum deverá sacudir do seu torpor de horda escrava … Tudo deverá cair rapidamente … em ruminações de ébrios … São eles, os irmãos de raça, que se encarregam encarniçadamente da obstrução metódica, da difamação, da asfixia. A partir do momento em que um indígena se revela … os outros da mesma raça insurgem-se, o linchamento não anda longe … Na prisa, as sevícias mais asquerosas são infligidas pelos próprios forçados … Entre si … mil vezes mais cruéis que o carcereiro mais atroz …
Os irmãos de raça estão bem amestrados … Para o alcoólico, a água pura é um veneno. Odeia-a com todas as forças … não a quer ver à mesa … ele quer bosta engarrafada … em filmes, em livros, em tiradas, em canções de amor, em mijo … Só compreende o Judeu … tudo o que sai do esgoto judeu … regala-se com isso, pasma-se com isso … e nada mais! Os Arianos, sobretudo os franceses, já não existem, já não vivem, já não respiram, senão sob o signo da inveja, do ódio mútuo e total, da maledicência absoluta, fanática, máxima, do mexerico furioso, mesquinho, da bisbilhotice delirante, da alienação maldizente, do julgamento cada vez mais baixo, campónio, obstinado, vil e desprezível … completos escravos, agentes de provocação entusiásticos, carneiros, falsos como judas, cretinos de permanência e de taberna, admiravelmente adestrados pela polícia judaica, as delegações do grande poder judeu … Já não há qualquer sentido racial de entre-ajuda. Qualquer mística comum. Os judeus nadam adoravelmente neste mijo … Esta enorme e permanente velhacaria, esta traição mútua de todos contra todos, encanta-os e preenche-os … a colonização torna-se uma fonte de riqueza. Sobre esta venalidade mesquinha, absoluta, da costela campónia dos franceses, os judeus regalam-se, exploram, agiotam às mil maravilhas … atiram-se a este cadáver em decomposição abracadabrante como a hiena à tripa podre … Esta podridão é uma festa, o seu elemento providencial. Eles só triunfam na gangrena total.»
- Céline, "Bagatelles pour un massacre"
A Vingança do Chinês
«China to buy Portuguese bailout bonds. Euro ralies.»
Os américas devem estar capazes de morder tapetes.
quinta-feira, maio 26, 2011
Impagável
Só não vê quem não quer. Ou por desonestidade simples ou estupidez agravada.
Analogicamente falando, o momento actual equivale a uns tipos que decepam as pernas a outro e depois pretendem estancar-lhe a hemorragia aplicando-lhe um torniquete pelos joelhos.
No fundo, partem dum misto de presunção e fantasia: a de que as pernas dos países se regeneram à maneira das caudas dos répteis.
Divinas marquises
- Fernando Pessoa, "Páginas de Sociologia Política"
Quando todos mentem inconscientemente, todos des-São, se assim posso dizer. Este Des-Ser resulta, por exemplo, na actual Descida colectiva. Ao abismo.
terça-feira, maio 24, 2011
Quem pode não deve
Em todo o caso, convém recordar que o Paraíso Terreal não está exactamente - em mera questão de finanças estatais - muito melhor que nós. Os tipos pedem emprestado à media de 125 biliões/mês. A quem? Bela questão. Parece que funciona mais ou menos assim: pedem à Reserva federal. Esta vai na máquina de imprimir notas que tem na cave, imprime mais uns biliões, emite títulos, e já está. Distribui o guito pelos do costume e vende os títulos aos chineses. E tiveram estes gajos o descaramento de prender o Madoff, imaginem só!...
Doutores & engenheiros
«Scientists in Israel have demonstrated that it is possible to fabricate DNA evidence, undermining the credibility of what has been considered the gold standard of proof in criminal cases.
Motivo para hesitações? Pelo contrário, agora é que a prova de ADN vai entrar na berra. Quanto mais não seja, a bem das estatísticas e das premências eleitorais.
segunda-feira, maio 23, 2011
Questões prementes
Bem digo eu que a substituir o lema "orgulhosamente sós" improvisaram à pressão o "alguém que tome conta de nós". E se não forem os espanhóis, hão-de ser, por algum desígnio ou vocação súbitos, os brasileiros ou, cereja no topo do monturo, os angolanos.