De salazaristas a comunistas numa noite.
Saíu-nos um País novo na Farinha Amparo. Por via dum povo caquético, hipocondríaco, alzeimherizado e bipolar...
convulsionário da febre e da tosse
ricochete perpétuo do projéctil
entre a disfunção eréctil
e a ejaculação precoce.
O vira-casaquismo é um fenómeno comum, parece-me, sempre que ocorrem situações deste género.
ResponderEliminarÉ a adesão ao novo Poder de quem futuramente virará de novo a casaca.
Porém, há outro fenómeno mais interessante e que gostaria de perceber melhor:
o daqueles que sendo indiferentes de algum modo ao antigo regime, aderiram ao novo, com afã, convicção e militância.
Estou a referir-me à inflacção de esquerdismo de todos os matizes que inundou a sociedade portuguesa da época e que constituiu uma praga de tal ordem que ainda não foi exterminada.
A França e a Espanha não têm este esquerdismo militante.
ResponderEliminarSerá por serem países mais desenvolvidos economicamente?
A Espanha em 1974 não o era assim tanto.
O fumo dos Ducados não era superior ao do SG Ventil...
Ou Kart, que era a minha marca preferida, até 1980, altura em que deixei os eflúvios.
ResponderEliminarA França não tem? Ora essa, tem, trafica e exporta. Há séculos. Aliás, a França não é flor que se cheire nem sítio que se recomende, nestas matérias...
ResponderEliminarE a Itália, e a Grécia, ainda pior... e a própria Espanha (estriparam-se estropiaram-se em fúria logo na véspera da Segunda-guerra), tem fases.
Cá chega sempre ao retardador, e como todos os retardados mentais, o povingo português é de fúrias cuspinhantes, mas breves e efémeras. A esquerda cá continua, porque é o efeito natural da direita postiça mais toina e estúpida que imaginar se possa. Aliás, esta espécie de gente é o maior seguro de vida e adubo da esquerda que existe.
Faz parte do pacote da Acromiomancia a análise da "ditadura cultural da esquerda". Aí, vou falar de cátedra.
«o daqueles que sendo indiferentes de algum modo ao antigo regime, aderiram ao novo, com afã, convicção e militância.»
ResponderEliminaros antigos bufos da Pide tornaram-se todos comunistas fervorosos. os indiferentes chegaram-se à mesa, à procura de pitéu. Estratégias de sobrevivência e oportunismo rapace.
O 1º deputado da UDP, Américo Duarte, teria sido informador da PIDE - conforme Galvão de Melo sugeria.
ResponderEliminarDepois desta denúncia da 'Reacção', desapareceu convenientemente de cena.
Mais tarde deu lugar ao proletário operário Prof. Dr. Catedrático Francisco Louçã - filho do facista Almirante Louçã...
A França actualmente não tem. O PCF desapareceu. O PS está em frangalhos e o similar syriza não existe.
ResponderEliminarO que existe e em grande ascensão é um ersatz de uma suposta direita que alguns achegam à extrema mas que não o é.
Para concluir isto basta ler a L´Obs ( antiga Le Nouvel Observateur) ou a Marianne. E eu leio quase todas as semanas. A Marianne, desde o nº1 e a L´Obs, desde 1973. È mania dos "pasquins" que já é uma doença endémica.
Porém, se formos a ver, as ideias esquerdistas que temos por cá, em boa medida vieram de lá. Mas são de época antiga, já fossilizada.
E por isso aguardo com expectativa o postal sobre esse assunto.
É dos assuntos que mais me interessa...
O facto de estar em letargia agora não quer dizer nada. Num instante brotam de debaixo das pedras.
ResponderEliminarO povo também virou abortista em pouco tempo, e bastou um sim da Assembleia da República para as sondagens sobre o casamento rosa virarem. A reacção popular em Espanha e em França foi diferente. Parece-me que estes portugueses viram a casaca conforme a opinião de quem está no poder. São muito influenciáveis e mudam conforme o que está no topo da pirâmide. Já há mais de dois mil anos a tribo Lusitana lutou ferozmente contra os romanos mas depois da queda do líder foram rapidamente... romanizados. Deve ser dos ares que respiram à nascença na «Ocidental praia lusitana»...
ResponderEliminarOs anglo-saxónicos até agora estiverem bem imunes ao socialismo. E quando a coisa descambou um pouco veio uma Tatcher pôr ordem na casa.
ResponderEliminarDestino diferente têm tido os povos ibéricos e da América Latina.
A experiência histórica demonstra que o socialismo tem sido um desastre nestas sociedades, e que períodos de elevado crescimento contrastam com estagnação e empobrecimento. Ainda assim insistem numa receita que nunca funcionou e não se percebe bem como. São décadas e década de teimosia e continua a acreditar na banha de cobra. Parecem os membros daquelas seitas exóticas, tipo a Cientologia.
Os palermas da Esquerda portuguesa trazem os nórdicos na boca imunda mas não dizem o que foi feito na Suécia ou na Dinamarca quando ocorreu a crise do Estado Social nórdico, nos anos 80/90. Se por cá se tentassem tais Reformas teríamos os Otelos da vida a pedir golpe de Estado.
ResponderEliminar> O povo também virou abortista em pouco tempo
ResponderEliminarNão, não virou. Foram precisos dois referendos, paleio de treta nas questões, e as elites iluminadas 24x7 a deitar veneno.
> entre a disfunção eréctil e a ejaculação precoce.
"They've got white of egg in their veins, and their spunk is that watery it's a marvel they can breed. - - - D. H. Lawrence, 1912", enraivecido por lhe cortarem o forncimento de bandalheira ao povo.
Cospem-lhe em cima, de barriga cheia, mas a muito resistiu o nosso povo. Quem se vendeu não foi ele. Nunca foi.
Naturalmente, faço minhas as palavras do Euro2cent.
ResponderEliminarE ó José, o PS está de frangalhos, mais ou menos. A ver vamos, como dizia o cego. Os charlies fazem milagres.
O Flamby é capaz de saltar, mas o catalão c'est un autre histoire...
Em qualquer caso, a diferença entre eles e a UMP é pouca ou nenhuma. Ainda menos que cá.
É possível que estejam a fazer a transição para o neo-conismo.
Resta saber se o "nosso povo" é a mesma coisa que o "nobre povo"...
ResponderEliminar> Resta saber se o "nosso povo" é a mesma coisa que o "nobre povo"...
ResponderEliminarClaro que não, um nobre não é povo, isso são tretas peçonhentas de republicanos.
Como é óbvio, um povo é maioritáriamente vilão, e não se vende porque não o querem comprar.
Não tira que seja o nosso, a terra onde tudo toma raíz. Salguem-na, e morremos.